— Revolução a essa hora da manhã? De novo?— Baekhyun se apoiou no meu ombro. A visão da porta era quase um 360° e dava para ver a sala toda, cômico demais.
— Você não consegue falar nada que preste, né Baekhyun?— Reclamou Jongdae.
— Guardem suas revoluções, protestos, ou qualquer outro ato democrático para as eleições, já disse isso. Não vão mudar nada fazer esse show de coach. — Baekhyun caminha até Junmyeon e o olha de baixo, soava até um pouco infantil por Junmyeon estar bem mais alto que ele por conta da cadeira.
— Você é tão pessimista, que me faz não querer viver.— Junmyeon da um peteleco na testa de Baekhyun e desce da cadeira.
— Ai! Não me culpe pela sua vontade de morrer, só estou sendo realista. Morremos na miséria, morremos em guerra e destruição que foi causada unicamente pelo nosso orgulho e ganância. É assim que nós vamos morrer. Concordam?— Novamente a sala se calou para ouvir o discurso de Baekhyun. Sua frase era melancólica, e faria bastante gente refletir.
Jongdae olhava incrédulo para Baekhyun, ele não gostava desses seus discursos sobre morte. Parecia que ele tinha um pouco de receio sobre o que Baekhyun pensava sobre isso.— Tu tem o cu no lugar da boca? Só fala merda.— Jongdae pulou no pescoço de Baekhyun, tentando o fazer cócegas, mas dessa vez Baekhyun estava sério.
— Ei, eu estou falando sério! A vida é um sopro, hoje mesmo um de nós pode ser atropelado e acabar morrendo, e de que vai ter adiantado as horas que o Junmyeon gasta estudando historia? Ou as horas que você e eu gastamos jogando? Ou os trilhões de livros que o Kyungsoo lê? Nada, vai ser tudo irrelevante. São sete da manhã, vamos aquietar o facho e continuar sendo NPCs. Estou quase entrando em depressão pensando nesse governo lixo que nós vivemos.— Baekhyun termina seu discurso e se senta em cima da mesa, como de costume, e começa a jogar em seu telefone. Nem parecia que tinha feito o discurso que Jongdae mais odeia, o que fala sobre morte.
Saí da brecha da porta, e entrei puxando Suho e Chen para sentarmos todos juntos
— Baek ficou bolado. Mas é, vamos deixar isso para eleições em que o Junmyeon se candidatar, e o nosso querido Jongdae como seu vice. Mas é ótima essa energia de vocês tão cedo, nem parece que ficaram até altas horas discutindo sobre pokemons.
— Eu dormi no meu horário, esses dois nerdolas que ficaram até de madrugada discutindo, como sempre.— Reclamou Suho.
— Estávamos entretidos. Não é, Baekhyun?— Perguntou Chen enquanto cutucava o garoto que estava muito concentrado em seu joguinho. Nós nunca entendíamos esse seu vício.
— Calma, seu viado! Eu estou em ranqueada!— Baekhyun disse tentando afastar a mão de Chen. Todos nós nos juntamos para fazer cócegas em Baekhyun, que estava gritando escandalosamente para o deixar em paz.
Ainda era uma amanhã comum, mesmo depois de Baekhyun lançar seu lado melancólico as sete da manhã.ㄴㄴㄱ
Eu estava na fila da cantina com Jongdae. Estava inquieto, e olhava ao redor procurando por Jongin, que até agora não tinha ido falar comigo. Quando uma pessoa rica vem falar com você sobre dinheiro, política e religião, saiba que algo ruim o espera.
— Estou achando o Baekhyun estranho, Kyungsoo. Você também notou algo de diferente nele?— Jongdae me tirou de meus pensamentos sobre o que supostamente Kim Jongin, ou Kai, como alguns o chamam, queria falar comigo.
— Recentemente ele me disse que estava com prisão de ventre.
— Ele é naturalmente entupido, cabeça. Estou falando sobre o humor dele.— Ele disse me dando um tapinha nas costas. Era verdade, frequentemente Baekhyun dizia isso.
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Quase Sem Querer
Romance「kaisoo」 "Sem querer? Talvez quase?" - Ora, mas todos sabemos que foi culpa do Byun! [ @morgnn4 & @vizzino ]
Capítulo III
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