capítulo 8 - Monstro

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— Pode falar, chefe! — Diz se sentando.

— Lembra que mandei você pesquisa sobre a família novata? Me diga o que conseguiu?

— Senhor elas são filhas de um grande milionário, ele perdeu a riqueza em jogos, a Camila sempre foi a certinha e a Carolina é a que só pensava em curtição, a mãe uma perua. Eu sei que a Camila estava trabalhando em um escritório de contabilidade e ela perdeu todas as oportunidades dela quando negou o amor do filho do seu chefe. — Ele diz isso e quando penso em responder a Angélica aparece ali.

— Monstro! — Ela paralisa ao ver o Rato.  — Me perdoe, eu invadi sua sala e sei que isso não é permitido! — Ela diz e eu me levanto.

— Não tem problemas, só me diz que encontrou ela? — Digo sério

— Não, ela não está em casa, eu acho que levaram ela, eu acho que ela aceitou casar com o homem, o tal Fernando. — Diz abaixando a cabeça e as lagrimas molham seu rosto.

— Rato, eu quero que ache esse, Fernando! Faça alguma coisa! Não se preocupa, Angélica. Só deixa comigo. Eu resolvo agora.

— Ta bom, só salva a minha amiga. — Ela pedi

— Eu só te peço que não diga isso aqui para ninguem, vai ficar entre nos três! — Digo e ela sai dali com o Rato. Eu me levanto e pego minha moto, eu paro ela na praça e com o tempo o KL aparece ali.

— Fala, mano! — Ele diz e eu olho para ele.

— Você gosta ou não da Camila? — Pergunto na lata.

— Que pergunta é essa? — Ele devolve outra pergunta.

— Me responda! — Digo sério.

— Eu acho que tem algo aqui dentro, pois eu fico triste quando estou longe dela. — Ele diz sorrindo.

— Então você precisa salvar a Camila, acho que aconteceu alguma coisa com ela, acho que ela vai casar com uma pessoa que ela não ama! Se gosta dela faz o favor de salvar a garota do abismo. — Eu digo e ele me olha.

— Ela me disse que iria casar, ela me disse que essa era a escolha dela. — Ele me diz e eu balanço a cabeça.

— Você é um babaca, você não merece essa garota, não merece ficar com ela! — Digo me levantando e ele toca meu ombro.

— Do que está falando? —Pergunta e eu lhe dou um empurrão.

— Você não merece a Camilla, você não a ama de verdade, você não está disposto a lutar por ela. A mina não quer casar, eu tenho certeza disso. — Digo saindo dali, eu pego minha moto e vou para minha casa, eu tomo um banho e me deito na minha cama, mas não consigo dormi, eu sei que tem algo errado acontecendo com a Pequena, ela precisa de ajuda, o KL não vai fazer nada, ninguém vai fazer nada para salvar ela. — Penso e logo começo a me drogar, com o tempo eu pego no sono. Desperto com uma dor de cabeça da porra, eu preciso manter minha postura de durão, como eu vou salvar essa garota? Se eu fizer isso todos vão saber que me importo, mas eu sou o Monstro, o terrível e frio dono do Alemão, que não ama, que não sente. — Porra, Camila! Como você conseguiu se colocar em perigo de forma tão fácil. Eu sou um Monstro, uma fera, porém você está se tornando a minha fraqueza e eu nem te conheço direito, a minha consciência, meu coração. Tudo em mim está pedido para que eu te salve. — Digo para mim mesmo, eu tomo um banho e visto uma camisa, eu coloco uma calça, pego minha pistola e coloco na cintura, eu coloco meu boné e saiu dali disposto a ir para a boca, mas meu coração e minha mente não me deixa seguir. Quando meu dou conta estou parado na frente da casa dela.

Eu abro o portão e entro, assim que chego na porta eu bato e logo a Carolina sai para me atender.

— Oi gatinho, veio me ver? — Ela me pergunta e eu entro de vez.

— Sua mãe, cadê ela? — Digo sério.

— Ela está na cozinha. — Diz eu concordo.

— Sua irmã, onde ela está? — Pergunto

— Está lá em cima, ela está dormindo. — Diz sem graça.

— Ta bom, eu vou lá ver ela. — Digo e vou caminhando para a escada. — Onde fica o quarto dela? — Pergunto e ela corre tentando me impedi.

— A Camila está cansada, ela chegou agora, ela trabalha na noite e você sabe como é a vida de quem trabalha assim! — Ela diz e logo depois grita a mãe dela. — Mãe, vem aqui!

— Oi minha filha! — A senhora aparece ali.

— Tem algo errado aqui, cadê a Camilla? O que vocês fizeram com ela? — Pergunto e a senhora logo diz.

— Não fizemos nada, a Camila ela foi para a casa do noivo! Só isso! — Diz sem graça.

— Onde fica essa porra? — Pergunto friamente.

— Não sabemos. — Diz a Carolina. Eu pego meu revolve e tiro o cartucho e começo a contar as balas.

— Acho que dar para fazer um estrago grande com a quantidade de bala que tenho aqui, O suficiente para estragar o enterro. — Digo e a Carolina começa a tremer.

— Ele mora em uma mansão, a mamãe tem o endereço anotado ali naquele caderno. — Ela diz nervosa e eu logo me aproximo e pego a folha com o endereço. Saiu dali e monto na minha moto, eu vou até minha casa e pego meu carro, eu pego duas pistola e uma metralhadora, não sei o que vou enfrentar pela frente, mas tenho que está preparado para tudo. — Penso e logo sigo para o carro, eu dirijo em alta velocidade até a tal mansão.

Assim que chego percebo que não será tão fácil entrar para tirar ela. O lugar é cercado e eu tenho que ter um plano, ou eu vou perder minha vida, eu nunca pensei em me arriscar para salvar alguém e agora estou eu aqui prestes a perder um Camaro. Eu entro no meu carro e tomo distancia, eu piso no acelerado com toda brutalidade do mundo, o carro chega a 100 km/h, eu vou de vez e coloco o portão abaixo eu saiu do carro com uma metralhadora na mão e troco tiro matando os 4 seguranças que estavam ali, eu dou uma pesada na porta e um homem bem vestido e jovem levanta a mão.

— Leva o que você quiser, só me deixa vivo. — Diz e eu percebo que é o filho da puta. Eu lhe dou um murro na cara.

— Você é o filho da puta que está tentando fazer mal a Pequena! Eu vim aqui e eu quero ela! Onde ela está? — Pergunto raivoso.

— Ela quem, do que você está falando? — Se faz de desentendido.

— Estou falando da Camila. — Dou um murro no espelho cortando a minha mão, eu pego um pedaço de vidro cortado e coloco perto do pescoço dele o ferindo. — Onde ela está?

— Está lá em cima?

— Cadê a porra do contrato, me mostra esse caralho! — Digo e ele me mostra o papel e de fato estava escrito: O Senhor Carlos Antônio deve uma quantia de 500 mil reais ao senhor Fernando e em troca disso o mesmo deverá entregar sua filha mais nova Camila para se casar com o senhor Fernando! Eu rasgo ele ali na frente dele e digo. — Acho bom nunca mais na sua vida encostar na Camila, no dia que fizer isso eu vou te capar, eu vou mostrar a lei da favela e você não vai gostar de conhecer, agora levanta e me leva até ela. — Digo e ele levanta se tremendo, o mesmo segue na minha frente e eu vou atrás. Ele abre a porta do quarto e o que vejo me parte em pedaços, ela estava encolhida chorando. Eu fui me aproximando e me sentei do lado dela.

— Me deixa em paz, já disse que não vai conseguir o que quer! — Ela diz

— É para eu ir embora e te deixar aqui? — Eu pergunto e ela me olha incrédula.

— O que está fazendo aqui? — Ela pergunta enxugando as lagrimas.

— Eu vim te salvar, algo me disse que isso não é o que de fato você queria! — Ela abre um sorriso e eu me levanto estendendo a mão. — Vem comigo? — Pergunto e ela diz que sim com a cabeça. A mesma pega na minha mão e eu percebo que ela estava fraca, eu a carrego e desço as escadas, a mesma coloca a cabeça no meu ombro. Eu saiu dali com ela e a coloco no banco do carona, entro no do motorista, mas ela estava tão fragil, ela estava triste. Eu sabia que eu precisava ajudar ela por isso a levei para a minha casa em Ipanema, mesmo me arriscando.

A Escolhida do TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora