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Capítulo 4

- O Serkan mulherrr!!! o teu esposo está aqui. Ele já se encontrou com a kiraz, eu estava louca atrás dessa menina, achei ela justamente conversando com o pai dela no saguão do hotel, eles estavam tendo uma conversa muito agradável, eu cheguei e a puxei para mim e desconversei qualquer que fosse o assunto e então a trouxe. Deixei ela com o Sizam e vim correndo até você.

Eu continuo olhando para Ella sem reação, a boca está aberta, mas não saí som algum, minhas mãos estão suando, meu coração está acelerado, minha respiração entrecortada, o medo está presente.

Se ele me vê? O que ele vai fazer? Qual vai ser a sua reação?

Eu ainda não estou preparada, eu ainda não posso vê-lo.

- Ella!! Estou tremendo e sinto meus olhos encherem de água.
- E-eu não posso vê-lo hoje, me ajuda por favor. Eu precisamente estou tendo um ataque de ansiedade, era óbvio.

- Ella, me tira daqui, eu não consigo respirar, eu não consigo vê-lo hoje. Choro muito.

- Ele me odeia, Ella. Não posso vê-lo, você recebe o prêmio em meu nome, por favor. Choro muito. - Eu vou embora, diz ao senhor Sizam que traga kiraz.

- Eda, calma, respeira e inspira. Vamos fazer os exercícios rapidinho.

- O que você consegue ver? Me diz Eda, olha nos meus olhos. E eu olho e digo:

- Você, o sofá e a mesa de centro do camarim. Falo respirando e inspirando.

- Agora, que cheiro você sente?

- Eu sinto o cheiro do seu champoo, a fragrância do teu perfume e a briza suavemente que vem das flores. Inspiro.

- Isso, agora o que te deixa mais feliz? Ella pergunta.

- Kiraz fazendo mágica, ver ela desenhando e comendo sorvete, ela se suja toda. Sorrio lembrando.

Suspiro e me acalmando.

- Muito bem, agora vamos nos ajeitar e você pode ir para casa. Depois desse pequeno episódio, você não pode mesmo encará-lo. Balanço a cabeça em concordância.

Ella é a terapeuta que me acompanhou durante a minha estadia no hospital e me auxiliou bastante e ainda continua me ajudando, ela meio que se tornou a minha melhor amiga.

Durante a gravidez, fiz várias sessões de terapia e ela me motivou a não desfalecer e me manter firme para conseguir dar a luz a minha pequena cerejinha.

Desde aquele ano até hoje ela vem me acompanhando, ela deixou o hospital e veio junto comigo para Itália e logo depois para a França onde o Sizam era constantemente requisitado, visto que a cede da interpol se encontrava lá.

Ele me pediu para ir junto, pois seria mais fácil cuidar de mim e da kiraz, de perto. Ele foi meu anjo da guarda, ele me manteve perto por causa da proteção a testemunha.

Eu presenciei coisas grandes, um crime organizado, fabricação e distribuição de drogas. Alpikin está na sua mira a alguns anos, e não tem sido fácil pegar esse homem.

Existe várias cabeças encobertas nessa organização e o senhor Sizam tem me mantido a salvo por longos cinco anos.

Contei para ele o que ocorreu comigo e por incrível que pareça o serkan era um grade amigo dele. Quando soube o que houve comigo e como o pai dele foi uma pessoa horrível com seu amigo também, ficou furioso e se dispôs a me ajudar.

Me aconselhou a não voltar, não era viável voltar, se eu voltasse perderia a vida e colocaria em perigo a vida do serkan, visto aquele pedaço de merda não tem consideração nenhuma com ninguém.

Saio do meu torpor quando ouço vozes ao redor.
Andei tão absoleta as minhas reflexões que nem me dei conta que já estava perto do estacionamento do hotel.

Ando com rapidez até o carro e continuo esperando o senhor Sizam trazer a minha pequena cerejinha dentro dele.

Demora praticamente três minutos quando o vejo. Ele está vestido elegantemente com um smoking preto e sapatos igualmente pretos, está com uma garotinha segurada em uma de suas mãos.

Não posso negar, Sizam é um homem extremamente bonito, ombros largos, peitoral inchado, seus tricepes torneados, os quadriceps femorais aparecendo na calça apertada do smoking. Ui, Enfim... ele é um homem gostoso.

Ele só tem um problema, ele não é o meu serkan.

Sinto tanta saudade daquele homem. Do cheiro, do beijo, do sexo, do sorriso, do cafuné antes de dormir, de suas mãos em minha bunda quando deitavamos para dormir, do jeito que ele me pegava na sua sala e me fazia gritar de prazer.

Do jeito que me fazia gozar em seus dedos, do jeito que sua língua me levava a ver estrelas, de como ele ficava de frente para mim e faziamos amor em pé, ele olhava nos meus olhos e eu sempre me via nele.

Que saudades de você homem, você está tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe.

Sinto meus olhos arderem outra vez, seco antes que elas caiam e olho para o lado.

E é bem aí que está o meu erro... nunca deveria ter olhando para o lado, eu verdadeiramente não estava preparada para isso.

Abaixo a cabeça no volante do carro, coloco o chapéu que está no porta luvas. Serkan vai em direção a Sizan para cumprimentá-lo, ele olha em direção ao meu carro, abaixo a cabeça outra vez.

Ele está tão bonito, aliás ele está maior, acho que todos esses anos, ele se dedicou mais ainda a exercícios na academia.

Será que ele seguiu em frente? Será que ele a esqueceu? Ele parece alegre em ver o Sizan. Ele abaixa na altura da minha baixinha e lhe dar um lindo sorri. Suspiro com isso e sinto meu peito arder, e lágrimas saltam de meus olhos.

Sinto odeio mortal por queles que fizerem com que ela se separasse dele, ela nunca os perdoará, por tudo que ela passou.

Ela estava ofegante e sentia que poderia morrer ali mesmo.

Deus como ela tinha vontade de correr para ele e o abraçar, dizer que o amava, que em toda sua vida fora daquela cidade, desejava ardentemente voltar para ele. Eu já não conseguia parar de chorar.

Eles estavam tendo uma conversa tão animada, ela teve inveja dos dois ali. Mas teria que espera pacientemente para que o seu plano de retorno pudesse sair bem.

Ela respirou fundo, ajustou a respiração e se acalmou; sua vida dependia dela mesma, ela tinha que ser forte, não podia se dar ao luxo de fraquejar, ela estava determinada a trazê-lo de volta para ela, ela teria sucesso, nem que isso a machucasse mil vezes. Mesmo que ele tivesse outra, ela iria reconquistá-lo custasse o que custasse. Pela sua filha, e por ela mesma.

Olá, olá.
Mais um capítulo para vocês, espero que gostem.
Desculpem os erros, não tive tempo de revisar.
Esse capítulo é uma visão de como a Eda ainda está instável psicologicamente para reencontrar com seu grande amor.
Estou preparando algo legal para o reencontro.
Tem poucos diálogos eu sei, mas eu quero que entendam como ambos se sentem primeiro.
Até mais.