— Oi, meu amor. — Anne quase se jogou dos meus braços, para os braços do pai. — Papai estava com saudade também. — Beijou a cabecinha da garota.

Era lindo, tinha o sorriso perfeito, poderoso demais, e ainda fofo com a filha?

O status de homem perfeito foi atualizado e agora qualquer um que surgisse em minha vida, teria que ter no mínimo metade da altura daquele homem, senão nem teria o direito de falar comigo. Talvez pudesse ser um pouco menos rabugento.

— Vamos? — Mike questionou.

— Sim. — Assenti, e peguei a bolsa da garotinha. 

Saímos do quarto, e o homem foi a minha frente me dando uma visão espetacular da sua bunda. Eu ia pecar, Deus. E também ia ser demitido, porque era impossível não olhar para a bunda daquele homem.

Pervertido, era isso que estava me tornando. Um babá, pervertido, que deveria estar preocupado com a bebê que olhava, mas não, eu estava preocupado em olhar a bunda daquele homem sem que ninguém me pegasse desprevenido.

Descemos a escada, e logo nos encaminhamos para a saída, antes que eu pudesse atravessar a soleira da porta Mary me barrou. E eu jurei por tudo que era mais sagrado que ela tinha me visto olhando para a bunda de Mike.

Mas por um milagre divino, ela só queria me dar um aviso.

— Querido, o senhor Wheeler não quer que eu o acompanhe. Então, preste atenção em tudo que a doutora falar, para podermos desenvolver com Anne, tudo bem?

— Sim, pode deixar comigo — respondi, quase ajoelhando e pedindo desculpas por estar sendo um pervertido.

— E sente no banco de trás, ele vai te avaliar nessa pequena viagem.

Engoli em seco, assentindo em seguida. Logo saí da casa e caminhei até uma Land Rover de cor grafite, sentei-me no banco de trás, ao lado da cadeirinha de Anne. Coloquei meu cinto, e observei, enquanto Mike tomava o volante.

Pelo jeito ele iria mesmo me avaliar, pois eu sabia que havia um motorista que andava com ele para cima e para baixo, só que não estava presente.

Deixei de prestar atenção no homem e voltei meus olhos para Anne. Peguei o Stitch que a menina adorava, e entreguei a ela, que sorriu para mim.

Comecei a brincar com Anne, o que a fez gargalhar, e não pude deixar de acompanhá-la, mas foi com menos intensidade. Já que eu não podia soltar minha real gargalhada, pois eu iria passar muita vergonha na frente do patrão.

Não percebi quanto tempo havia se passado, só vi que tínhamos chegado, quando o carro estacionou na calçada de uma clínica renomada.

Saí rapidamente de dentro do automóvel, peguei a bolsa de Anne, e depois soltei o cinto da sua cadeirinha, mas ouvi Mike murmurar:

— Pode deixar que ela eu vou levar.

Rapidamente assenti e me afastei para dar espaço, para que ele pegasse Anne dentro do carro. Caminhamos para dentro da clínica e logo fomos informados para aguardarmos.

Enquanto esperávamos, percebi que um dos seguranças ficou afastado. Já havia visto que a casa era cheia deles, mas nunca imaginei que eles nos acompanhavam para cima e para baixo.

— Anne Wheeler. — Desviei minha atenção do segurança, assim que a bebê que eu era responsável fora chamada.

Parti para o consultório junto com o senhor Wheeler, e quando entramos na sala da doutora vi a forma que ela olhou para Mike.

Sinceramente, acho que todas as pessoas olhavam para ele daquela forma.

Era nítido que o homem era um deus grego, possuía um feromônio que deixava qualquer pessoa alterada.

𝘕𝘢𝘯𝘯𝘺 𝘐𝘯 𝘛𝘳𝘰𝘶𝘣𝘭𝘦 Onde histórias criam vida. Descubra agora