- Foi mal- diz.

- Pelo que?

- Por tudo que possa ter te magoado.

- O que você quer de mim?- olho pra ele que fica em silêncio.

Dou uma risada irônica.

- Você quer me comer?- pergunto novamente, ele da um sorrisinho de lado.

Nego com a cabeça e volto a encarar a água.

Em todos os encontros que a gente teve nenhum foi pra ter alguma conversa que não envolvesse teor sexual ou que a gente não acabasse transando.

E minha maior raiva era essa, caras que só puxavam assuntos comigo pra conseguirem algo.

Porra, será que é demais pedir uma conversa boa sem envolver sexo? Tem tantos assuntos bons pra serem falados, mas não, em TODOS precisa ter.

Não, eu não sou uma emocionada que quer que ele me dê flores e me trate como uma princesa, longe disso, e não tô dizendo isso só por conta dele e sim por todos os outros caras que me vêem como um objeto. Não só eu, mas várias outras mulheres.

Eu tô cansada, cara, eu parei pra pensar nisso e me dei conta que eu já fui tão trouxa na vida.

Realmente é uma boa hora pra morrer afogada nessa piscina.

- Layla?- ele me chama.

- Oi.

- O que foi?

Olho pro rosto dele e sinceramente? Preferia ficar apenas cogitando a ideia dele ser um babaca e não ter a certeza disso.

O fato dele ter feito isso hoje me abriu os olhos, eu vi ele indo pro banheiro com a menina, certamente transaram, tá tudo bem, eu não tô nem aí, mas eu não posso?

Ele falou pros caras não ficarem comigo como se eu fosse propriedade dele. Isso não desce, não dá!

- Eu sou sua fã- digo e ele me olha meio confuso- sou fã do jogador foda que você é, o jeito que você infla a torcida e tem conexão com ela é do caralho, meu pai é seu fã, meu irmão é seu fã e milhões de outras pessoas são. Só que são fãs do Gabigol.

Olho pra água novamente e respiro fundo.

- O Gabi ou Lil Gabi como você mesmo diz é diferente. Muito diferente.

- Eu não sou diferente.

- Você é diferente- olho pra ele- não é porque a gente ficou algumas vezes que você simplesmente pode falar pra outros caras não ficarem comigo.

- Se você quiser ficar com eles vai lá.

Passo a mão no meu cabelo.

- Mano, você não entende que eu tô pouco me fudendo pelo fato de não ficar com eles? Eu tô puta pelo que você disse, cara, onde já se viu me tratar como uma propriedade sua onde ninguém pode tocar? Vai tomar no seu cu, a gente transou? Sim, foi bom pra caralho? Muito bom, mas eu não sou sua! Você não é meu dono e não pode fazer isso.

𝗣𝗟𝗔𝗡𝗢𝗦•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora