A diretora estreita os olhos, olhando para ela.

-- isso parece pessoal.--

-- nao é. Me desculpe passar essa impressão. -- ela diz, colocando a xícara sobre a mesa e apoiando os braços na poltrona -- apesar de Sadie ser uma das minhas alunas prediletas, não estou no intuito de defende-la por algo a mais. Tenho certeza que ela não fez isso de propósito. --

olho para ela e tento segurar um pequeno sorriso, mas não pude impedir meus olhos de brilhar. Abaixo a cabeça, sentindo minhas bochechas quentes.

-- como pode ter tanta certeza de que não? --

-- porque conheço Sadie o suficiente para saber que ela não faria tal ato. Ela é basicamente uma das pessoas mais quietas e inteligentes que eu já pude ter a honra de dar aula. Acredite em mim, diretora, Sadie pode ser capaz de grandes feitos, mas não de manchar o seu histórico escolar com uma bobagem tão fútil. Acidentes acontecem! --

A diretora olha para S/n por alguns segundos, e S/n não desvia o olhar e nem abaixa a cabeça em nenhum momento, demonstrando que não se sentia intimidada.

-- certo. -- ela diz por fim. -- esta irá passar, senhorita Sink. Vá para sua sala. --

Assinto rapidamente e me levanto.

-- obrigada. -- falei e corri em direção a porta, logo saindo.

-- e então? -- meus amigos, que ainda esperavam, perguntam em uníssono.

-- me safei. -- falei e vi eles comemorarem.

-- eu disse para manter a calma. -- diz Finn.

-- na verdade, eu estava surtando. -- falei.

-- e como se livrou? -- Millie pergunta, confusa.

-- S/n me defendeu. -- falei e sorri, lembrando de como ela agiu naquela sala.

-- NÃO BRINCA! -- Millie diz, pulando e batendo palminhas -- NA FIC QUE EU LI, ISSO ACONTECEU! --

Dei risada.

-- para de gritar, bocó. Estamos na porta da diretoria. -- Diz Noah.

-- você precisa para de ler fanfic. -- diz Finn, nos seguindo assim que começamos a andar -- está afetando seus miolos. --

-- o que? Você já experimentou? -- ela pergunta.

-- não. -- ele deu de ombros.

-- então não pode ter uma opinião sobre isso. -- Noah e eu demos risada da cara emburrada de Finn.

-- SENHORITA SINK! -- ouvimos alguém me chamar e paramos de andar, olhando para trás.

S/n corria em nossa direção e para assim que chega perto o suficiente.

-- me chamou, professora? -- perguntei.

-- chamei. -- ela sorriu para meus amigos em forma de cumprimento -- posso falar com você? --

Assinto e olho para meus amigos, esperando que eles nos deixassem a sós. Millie entende.

-- vamos para a sala, estamos perdendo o conteúdo. -- diz e pega a mão deles, os arrastando para longe, logo sumindo de nossa vista.

-- aconteceu alguma coisa? -- pergunto para S/n.

-- não, na verdade. -- ela disse e sorriu, parecendo envergonhada -- gostaria de saber se você está bem.

Sorri para ela.

-- estou. Eu agradeço de verdade pelo que você fez por mim na diretoria. Eu não sei o que faria se isso me prejudicasse. --

-- aquilo? Não foi nada. -- ela deu uma leve risada -- tenho certeza que realmente não fez de propósito. Sinto muito que tenha sido colocada nessa posição. --

-- eu também. -- digo, seguindo ela assim que começamos a andar. -- eu surtaria se isso ficasse marcado no meu histórico. --

S/n me olha. Não estava sorrindo.

-- diga-me, senhorita Sink: por que se cobra tanto? --

Sua pergunta me pega de surpresa. Fico em silêncio por vários segundos, apenas pensando no que responder.

-- tenho medo do futuro. -- resolvo ser sincera com ela. Sentia que pudia ser. -- tenho medo do meu presente influenciar de forma negativa o que tenho para viver daqui uns anos. Por isso tento dar o meu máximo. --

S/n sorriu em compreensão.

-- está se saindo muito bem se esforçando. -- ela diz -- mas a pressão que coloca sobre si para viver um futuro planejado, às vezes, é a razão de você afundar. --

-- como assim? --

-- você está esquecendo de viver o seu presente, senhorita Sink. -- diz -- quer ter uma vida onde vai se orgulhar lá na frente, mas quando perceber, o tempo estará acabando e você não viveu como deveria. --

-- acho que irei enlouquecer. -- falei e ela deu uma leve risada.

-- não irá. Apenas lembre-se de que pode fazer seu futuro valer a pena, mas que não vai conseguir mudar o seu passado. Mas você ainda tem chance, porque o seu passado lá na frente, é o seu presente agora. --

-- então o que devo fazer? -- perguntei.

-- Se viver para o seu futuro, esquecerá de viver para o agora. A vida vai passar e você não poderá fazer nada para mudar o seu passado. Deixe o futuro para o futuro. Viva o agora. -- ela sorriu mais uma vez para mim assim que chegamos na porta da minha sala. Ela toca meu ombro e diz -- no fundo, sabe o que fazer, Sadie. -- sorriu uma última vez, antes de continuar o seu caminho em direção a sua sala.

Uau...foi a primeira vez que me chamou pelo meu nome.

Eu não sei de onde tô tirando criatividade pra escrever a S/n

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Eu não sei de onde tô tirando criatividade pra escrever a S/n.

SUBSTITUTE TEACHER (SADIE SINK) Onde histórias criam vida. Descubra agora