Capítulo 17 - O beijo que não estava nos planos - Parte II

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Não era como se fosse fazer diferença alguma, afinal Mon  estava molhada, mas algo em si exigiu que a calma viesse do toque do dedo até a língua, finalmente começando a desenhar o contorno daquela boca.

De todas as que beijou nenhuma foi como aquela. Nenhuma tão macia, nenhuma tão ansiosa e receptiva. Nenhuma que decidisse que a dança era de duas e não só sua.

Mon  segurou a blusa de Sam. Era sua chance de se afastar se quisesse, mesmo sabendo que não poderia. Não queria. Dos poucos beijos que teve na vida não lembrava um que quisesse tanto.

Sua pernas trêmulas buscavam amparo nos ombros da menor que oferecia segurança mesmo que seus lábios fossem o mais perigoso precipício.

Era antagônico, mas tão aterrador quanto poderia a explosão dos opostos quando duas línguas subvertem a ordem de tudo para estar juntas.

Não era o mais correto. Elas eram tão diferentes. Não deveriam se beijar. E se beijaram. A língua de Sam se enroscou na de Mon  e o encaixe imediato desafiou o certo e o errado.

Não um ou outro, mas os dois. Não queria estar do lado da lógica, pois era falha, negava o instinto, pois a carne era tão ínfima. Tinha um cosmo, um quê de indefinido e um desejo sendo despejado de forma tão febril que nem muitas linhas poderiam explicar.

Os lábios de Mon  não conseguiram afogar o gemido que emergiu no momento que Sam rodeoou sua língua, como se fizesse um laço que ia da sua boca até sua calcinha que em outro contexto já estaria abaixada.

Assim tentou outra forma de se defender. Devolvou o domínio com outro, com unhas fincadas por dentro do casaco, com as garras ardendo na pele que a fez grunhir e agarra-lhe com mais força, descendo a mão até sua bunda e puxando ainda mais para si.

Sam a queria longe dali. A queria sem roupa, urgentemente. Queria morder sua boca e depois fodê-la com um vibrador até que Mon  fosse só aquele gemido tímido e cheio de vontades.

Mordeu o lábio inferior de Mon  descontando o que podia naquele ato, recebendo de volta os seus presos entre os da outra morena que seguiu com seus dedos para a nuca, puxando seu cabelo.

Sam devolveu o som sem perceber para o cumprimento dos anseios de uma Mon  mais inexperiente que ousava sonhar com dia onde teria Sam por debaixo de si, recebendo sua raiva e sua luxúria, tudo isso enquanto tinha seus dedos dentro.

Queria Sam em sua cama. Aquela noite ou que não demorasse. Mas não sabia se poderia ir tão longe uma vez que conhecia a sensação dos seios de Sam roçando nos seus toda vez que respiravam de forma pesada.

Não sabiam se eram as condições do clima ou de suas próprias e respectivas calcinhas, mas era um fato que suas mãos não podiam se controlar.

Alguma árvore chegou a ser vítima e elas nem sabiam como chegaram até ela no meio do escuro. O fato era que agora Sam estava encostada nela e Mon  abaixava seus beijos ao pescoço, lambendo as marcas de suas unhas.

O arrepio de Sam foi inevitável quando a mulher fez isso. Prendeu os dedos na base da blusa e quando Mon  retornou aos seus lábios estava com as mãos em seus seios, estimulando os seios conforme gemiam as duas ao mesmo som.

Estavam rígidos e Sam poderia jurar que não era somente ali que Mon  estava tão entregue. A morena, portanto, os agarrou com as mãos bem preenchidas e beijou Mon  de novo puxando os biquinhos enquanto fazia aquilo.

Eram pequenos e impertinentes, Sam morria por tê-los na boca, portanto. Precisava daquilo como se fosse seu último desejo, só não podia ser ali.

Ultrapassaram o limite até do que poderiam e num único lapso de juízo a mulher de olhos verdes se conteve ao finalizar o beijo.

Mon  ficou com um bico nos lábios e sem entender nada viu a mulher em sua frente simplesmente parar o beijo com um selinho demorado. Só não desconfiou que havia algo errado porque recebeu uma outra deliciosa apalpada em seus seios.

— Eu quero você na minha cama — Falou Sam olhando dentro dos olhos negros de Mon  que ao tempo que parecia ter sua respiração entrecortada parecia ter recuperado boa parte da consciência.

Estava numa via pública. Haviam carros passando a todo momento. Sam a tinha beijado. Ela não tinha dito que não. Foi o melhor beijo da sua vida. Sentia que poderia de fato cumprir sua promessa de mais cedo com aquela mulher.

Todas as suas expectativas foram superadas com somente um beijo. A mulher beijou sua boca melhor do que homens que tentaram dar-lhe prazer na cama. Mas não podia.

Não podia porque aquilo assustava como o inferno e ela só estava começando a colocar sua vida no lugar.

— Não posso — Ela disse com o peito subindo e descendo. Saindo correndo novamente até de volta ao restaurante, onde tudo havia começado.

Dessa vez, Sam não teve forças para segui-la. Fizera tudo o que podia, se expôs inteira uma vez depois de tanto tempo. Se arriscou numa fala sem ter certeza da recíproca. Foi rejeitada, outra vez...

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