Ela me encarava com os olhos amplos de surpresa.
— Alan... você enlouqueceu? — questionou abismada. — Por que me trouxe para cá?
Eu estava ofegante enquanto a observava.
Não sei o que me deu anteriormente, mas também não estava arrependido. Agir por impulso naquela situação facilitaria as coisas. E eu poderia conversar com Louisa sem que ela precisasse me evitar ou fugir de mim como vinha fazendo ultimamente.
— Responde. — pediu, afastando um fio de cabelo do seu rosto.
— Eu te trouxe aqui porque preciso esclarecer algumas coisas. — confessei, recebendo um olhar confuso.
— Esclarecer o quê?
— A situação recente. Porra, Louisa! Por que tem me evitado? Por que tem parecido tão retraída quando estou ao redor? Explique e vou entender. Que caralho eu fiz de errado?
Quando me dei conta, Louisa estava bem próxima de mim e levou seus dedos delicados até minha boca.
— Não fale palavrão. — repreendeu com a voz suave.
— Não gosta que eu fale? — perguntei quando ela afastou os dedos, parecendo envergonhada.
— Não muito. — disse, encolhendo os ombros.
— Eu vou parar se você disser "por favor". E então poderei fazer o que você quer. — sussurrei, chegando mais perto. — O que você quiser.
Eu estava louco.
Que espécie de fantasia maluca era aquela?
Mas eu apenas queria ver como Louisa pareceria tímida ao falar o que eu desejava ouvir.
— Por favor, Alan. — pediu meigamente, também sussurrando.
Levei meus dedos até seus lábios, acariciando a pele macia e ouvindo seu suspiro.
— Por favor? Pede de novo. — ordenei; a voz bem mais rouca que o normal.
Após um suspiro, ela disse:
— Por favor.
Porra, aquilo quase parecia um gemido.
Excitante.
Quando me dei conta, afastei meus dedos de seus lábios e...
Eu os substituí pela minha boca.
Sim, eu beijei Louisa.
Beijei aquela boca tentadora enquanto ouvia seu suspiro surpreso.
Um beijo roubado? Talvez.
Porra, aquilo era bom demais.
Enquanto movia meus lábios contra os dela, imaginei que Louisa me afastaria e fugiria de mim.
Mas eu estava errado.
Ao invés de me empurrar, Louisa simplesmente entreabriu seus lábios para meu acesso; para que minha língua pudesse adentrar aquela suavidade irresistível.
E então...
Louisa apenas se rendeu a mim e deixou que eu a beijasse.
O beijo suave se tornou ardente.
Línguas, saliva e lábios se encontravam enquanto eu puxava Louisa para mais perto.
Aquilo não era como imaginei que seria beijá-la.
Não, era muito melhor.
O mundo poderia desabar lá fora e eu não me importaria. Não quando tinha Louisa em meus braços.
Minha mão apertava sua cintura enquanto a outra segurava seu rosto. Em meio ao beijo gostoso, a mão desceu da cintura para a bunda macia mais embaixo. Apertei a pele, ouvindo o suspiro suave que Louisa deixou escapar. Suas pequenas mãos estavam em meu torso e ela parecia completamente entregue a mim.
Completamente.
#*#
Louisa
O beijo tinha gosto de álcool e menta.
Era avassalador.
E estava me deixando de pernas bambas.
Eu estava completamente derretida contra Alan enquanto ele me apertava e movia sua língua contra a minha.
Aquilo era intenso.
Muito.
Meu primeiro beijo.
Alan roubou meu primeiro beijo e eu não estava reclamando.
Nem um pouco.
Eu apenas queria mais...
Muito mais.
Estava apreciando a sensação de entrega; a sensação das mãos protetoras e possessivas de Alan sobre mim.
Ele parecia querer me devorar ali mesmo.
E eu apenas queria que aquele momento se prolongasse.
Sim, teria se prolongado se eu não tivesse recordado a noite da corrida clandestina; a cena onde Alan foi embora de carro com uma garota bonita.
Sua suposta namorada.
Eu me senti repentinamente mal.
E se ela fosse realmente a namorada dele? Então aquele beijo seria uma traição. Eu poderia ser a segunda opção? Não, nem pensar.
Eu virei meu rosto, empurrando Alan lentamente.
Ele parecia envolvido em alguma espécie de transe e só se deu conta da minha reação segundos depois.
Alan recuou com o semblante torturado.
— Louisa...
Lamentei a interrupção do beijo, mas não poderia agir como uma inconsequente.
— Eu... não podemos fazer isso.
— Mas por que não?
— Porque... — suspirei e fiquei um pouco hesitante. — Não preciso explicar. Você sabe do que se trata.
Alan esboçou um semblante confuso e eu decidi deixá-lo ali, enquanto passava por ele e praticamente corria para fora do apartamento.
🔥👀
MARATONA 3/4
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Beijos Roubados
RomanceFilho de alguém rico e influente de Illinois, Alan Gustafson não se encaixava na imagem de garoto certinho e não fazia muito esforço para mudar isso, mesmo que ainda se importasse com o julgamento do seu pai exigente. Quando ele conheceu a humilde L...
capítulo 15: apenas agindo
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