- Preciso de mais cerveja – Aspen disse, levantando.

- Responda – pedi.

- Longos banhos – Carter respondeu, quando Aspen estava sentando ao meu lado novamente.

- Ah nojo – ele reclamou.

- Esperava que tivesse outra opção – falei.

- São só quarenta dias jovem, relaxa.

- Espera, já se passaram quarenta dias – Aspen disse.

- Pois é. Mas ela continua recuando – falei, colocando a garrafa vazia na mesa.

- Porque? – Carter perguntou.

- Está sempre cansada. Ou com medo de machucar, não sei.

- De um desconto, ela acabou de ter dois filhos – Aspen disse – seus filhos.

- Eu sei. Mas será que é por isso mesmo?

- Você precisa perguntar a ela – Carter disse.

- Quando? Sempre que tento falar com ela, o momento dura dez minutos.

- Bom, você precisa tentar. Chega e pergunta logo – Aspen disse – não fique enrolando. Se você tem dez minutos, precisa usar isso.

Dei de ombros e voltei a assistir televisão. Em alguns minutos, já tínhamos enchido a mesa de centro com garrafas vazias e sacos de comidas.

- Ah sério? Eu acabei de arrumar isso tudo.

- Desculpe sogrinha – falei, levantando e a abraçando apertado – Mas só assim para você vir pra perto de mim.

- Pare de me bajular Maxon, não vai adiantar.

Continuei a abraçando até ela rir.

- Ah, fiquei com ciúme – America disse, logo atrás dela.

- Meri, preciso falar com você – falei, soltando Magda.

- Mesmo?

Assenti e indiquei a porta de entrada para ela. America deu de ombros e saiu, sendo seguida por mim.

- Antes de qualquer coisa – comecei, assim que fechei a porta – quero que saiba que te amo.

- Ah não. O que você fez? – ela perguntou, cruzando os braços.

- Eu? Nada.

- Então?

- Eu só queria te fazer uma pergunta.

- Pode fazer.

- Porque você está fugindo de mim?

- Como?

- O resguardo já passou e você continua me evitando. Já tem dois meses.

- Max, eu não estou te evitando, mas eu no momento não consigo pensar em sexo. Estou muito ocupada, não sei se você notou.

- Claro que notei, mas..

- Mas nada Maxon, você precisa entender. E respeitar meu tempo.

- Eu respeito. Mas estou preocupado.

- Não precisa ficar preocupado. O começo é difícil mesmo. Depois volta ao normal.

- Espero que sim.

- Agora eu preciso entrar. Estou meio melada e preciso de um banho.

- Tudo bem.

Ela sorriu e me deu um beijo rápido antes de entrar e me deixar sozinho na varanda. Quando entrei, vi que todos estavam na sala. Subi de fininho, indo para o quarto dos bebês. Eles estavam dormindo. Fiquei na beira do berço, olhado para eles juntos ali.

A Seleção - Uma vida normalOnde histórias criam vida. Descubra agora