Como não vai adiantar de qualquer jeito, apenas pego os dólares e os coloco dentro de minha bolsa, a fechando em seguida para sair do meu quarto, olhando para todos os lados sem conseguir ver mamãe. Estranho, depois do almoço ela sempre vem assistir Tv, nem mesmo nos dias que estávamos brigadas, ela assistia, por que hoje é uma excessão? Balanço minha cabeça para tirar isso de minha mente e faço uma lista mentalmente do que preciso comprar enquanto abro a porta de casa e a tranco por fora com minhas chaves, indo em direção ao elevador.
Bem, preciso comprar as comidas básicas para sobreviver, no caso, vegetais; legumes; massa; proteína. Pelo menos é isso que como para sobreviver... ah! Não posso me esquecer das frutas! Comprimento a Srª. Agnes quando passo pelo hall de entrada e dobro direto a esquina, tentando lembrar onde fica o supermercado mais próximo.
Por incrível que pareça, pela primeira vez em muito tempo, me sinto sozinha. Não no sentido da palavra, mas no sentindo de não me sentir vigiada, seguida. Desde aquele dia com "Meu Maior Fã", na praça, não tenho mais me sentindo mal quando saiu na rua, pelo contrário, agora parece que sair distrai meus problemas, os leva juntos com os ventos que sopram em meu cabelo, me deixando totalmente leve e "flutuando". Não sinto mais como se alguém me seguisse ou olhar estranho sobre mim, realmente me sinto bem, mesmo tendo olhares em mim de vez em quando, porém, não são olhares ruins, e sim bons, de fãs de verdade, pessoas que pelo menos aparentam gostar de minha pessoa.
E estranhamente acho isso estranho, afinal, por que parei de me sentir assim? Não reclamando, mas... por que agora..? Tão de repente? Por que me sinto bem de uma hora para a outra? ... talvez esse seja os efeitos de sair de casa ao ar livre— nem tão livre— da cidade. Ouço as pessoas dizerem que sair de casa e ver gente faz bem pra gente! Afinal, devemos conviver com as pessoas, não ficarmos sozinhos no canto do quarto, estudando freneticamente ou por que simplesmente não quer sair por algum motivo! Mesmo que não pareça, como agora eu entendo, não é tão ruim quanto parece sair de casa! No início, quando aquela opinião está enraizada em nossa cabeça, isso pode parecer o fim!!
Mas, depois que você se acostuma com a rotina monótona, na qual você já não se importa com que você faz ou deixa de fazer, essa ideia de sair de casa não parece tão irreal como a um tempo atrás, por isso: Saiam. Você não tem nada a perder! Só a ganhar. Se não gostar, tudo bem! Não vai matar você sair de casa, o que realmente pode matar, é sua própria mente ou algum stalker louco, por isso, aproveitem em quanto estão vivos.
Chego ao supermercado e pego um carrinho de compras, já andando rápido para voltar para casa logo e fazer alguma comida, pois estou morrendo de fome!! Chego primeiro ao corredor das massas, pegando alguns variados tipos de massas, jogando tudo no carrinho, só que com consciência, é claro, já que não tenho muito dinheiro. Virando o corredor, não tem muita coisa que me interessa, andando a fundo pelas corredores até chegar nas sessões dos vegetais, pegando uma sacola para colocar cogumelos, pimentão, cenoura e entre outros dentro da mesma, colocando no carrinho.
[• • •]
Termino de reunir tudo que minha lista mental pedia e movo o carrinho em direção ao caixa, esperando pacientemente a atendente passar minhas compras, pagando tudo em seguida. Deu poucas sacolas, em torno de cinco sacolas médias, na qual eu estou realmente me esforçando para as carregar. Três em um braço, e duas no outro.
...
Depois de respirar fundo e arregalar os olhos de tanto cansaço, o elevador finalmente para, praticamente arrastando as sacolas no chão pela minha respiração ofegante, passando a chave na tranca para abrir a porta, jogando as sacolas no chão da sala, suspirando agora de alívio. Passo pela porta e a fecho, carregando as sacolas para a ilha de mármore da cozinha, afinal, não posso simplesmente chegar e deixar a comida que eu vou comer no chão! Mesmo que ele seja limpo e estejam cobertos por suas embalagens e sacola. Ao colocar as sacolas na ilha pela forma brusca que as joguei, um papel médio voa a em direção ao chão, o pegando para saber a respeito do mesmo.Não tenho que ter o trabalho de o abrir, já que o mesmo está aberto, me escorando na bancada para lê-lo...
"Effie, aqui quem escreve é a mamãe, quero dizer que agora, não se sinta culpada, afinal, tudo é culpa minha, admito. As palavras cruéis que usei a você não te rotulam, você não é preguiçosa ou folgada, você é apenas uma criança ansiosa e com problemas reais sérios que não dei a devida atenção... me desculpe, querida, me desculpe não te dar a devida atenção em toda sua vida, me desculpe por fazer você largar sua curta infância, me desculpe fazer você agir como uma adulta, sendo que você era apenas uma criança inocente que queria me agradar... me desculpa meu bebê, minha filha..."
... Por que...? O que... tá acontecendo? Por que mamãe...
Deixei a carta cair no chão e corri de forma desajeitada até o quarto de mamãe. Na porta, acabo por cair e deslizar sobre o chão, gemendo em dor pelo meu joelho dolorido, com a respiração desregulada de tanta aflição. Levanto e manco entrando no quarto de mamãe, o vendo totalmente revirada e bagunçado, como se um furacão tivesse passado pelo mesmo, com o colchão sem fronha e lençóis, closet escancarado e sem roupas... ela...
— Mãe!
Grito por ela já sentindo minha garganta tampar, sentindo meu mundo girar, indo de encontro com o chão mais uma vez. Ela não fez isso... ela não pode ter me abandonado... por que ela fez isso..? Foi por causa da nossa briga? Por que ela precisa tomar uma atitude tão drástica? Ela é tão cruel... eu posso ter brigado com ela, mas isso não é motivo para abandonar sua filha, a qual ela viu andar, falar... como ela pode... não... não posso acreditar nisso... deve ser apenas uma brincadeira dela...
... não... isso não é uma brincadeira, mas por que? Não consigo entender... sempre passei minha vida me dedicando a ela.. a ganhar dinheiro para a mesma, abrindo mão de toda minha infância e gostos para agrada-lá... queria tanto comprar uma boneca naquela época... mas deixei de comprá-la por que mamãe queria muito uma bolsa nova.. já que para ela, suas bolsas no mês passado, já estavam ultrapassadas. Sempre fui sua garotinha.. passamos por tanta coisas juntas, o abandono de papai, a doença da vovó... fui uma filha tão má assim? O que fiz para merecer isso, s-sempre tentei ser o melhor de mim, para ela... por ela... por que ela..
— Mamãe..!
Lágrimas borram minha visão e não tento lutar contra elas, me deitando no chão em posição fetal, chorando alto, colocando tudo para fora. Meu choro e soluços ecoou por toda a casa, sentindo um misto de emoções dentro de meu coração por causa dela... não entendo, não consigo achar um motivo plausível para a mesma ter feito isso.. ela falava tanto de papai, por que foi hipocrita e fez o mesmo comigo. Ela gosta de me ver sofrer...?
É isso...................?
Autora:
Oiii
Dois capítulos em um dia só ;)))))
Espero que gostem!!!!!
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1900 palavrasBjsssssssssssssssssssssssss🪻🪻🪻🪻
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Stalker à Solta
Mystery / Thriller- Por que está fazendo isso? Por quê! - Por que..- passou os dedos nos lábios da garota, a olhando de baixo, no chão acorrentada, lambendo os lábios pelas correntes elétricas que dançam pelo seu corpo toda vez que olha para a garota tristonha, senti...
XIII
Começar do início