capítulo 18: consequência

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Após o beijo, apenas fiquei recostada contra seu torso, sentindo seus lábios em minha cabeça.

Ficamos abraçados naquele carro, como se fosse o melhor lugar do mundo.

E era.

Um sorriso sincero despontou dos meus lábios durante aquela experiência, pois eu me sentia em paz pela primeira vez na vida. Eu me sentia uma adolescente normal e feliz, vivendo algo belo e extraordinário.

Abracei Zachary mais apertado, apreciando o seu calor.



#*#





Uma hora depois, eu voltei à realidade.

Senti certo temor e avisei Zach que era o momento de irmos embora.

Ele ficou meio decepcionado, mas não insistiu pelo contrário. Com certeza notou minha apreensão.

— Vamos!

E então partimos para a casa de Jordan.

Segundo Zachary, Jordan pediu antecipadamente que o carro fosse devolvido em sua casa, pois o mesmo pegaria uma carona com alguém depois da festa.

Descemos do carro e Zachary bateu na porta da casa. Em alguns segundos, um homem mais velho atendeu e cumprimentou Zachary. Pela breve conversa, aquele era o pai amigável de Jordan e a devolução do carro foi realizada.

Em seguida, Zachary me surpreendeu ao agarrar minha mão para que pudéssemos seguir para a minha casa.

— Não se preocupa comigo. Minha casa não fica muito distante da sua. — disse após ver minha cara.

— Fico mais tranquila em saber disso.

Continuamos caminhando.

Minutos depois, avistei minha casa e...

Uma viatura da polícia.

Franzi o cenho, tensa.

Um alarme soava em minha cabeça e Zachary franziu o cenho.

Mesmo assim, nos aproximamos e quase pedi para que Zach fosse embora. Eu não queria vê-lo encrencado, mas ele decidiu me acompanhar assim mesmo.

Além da viatura, mamãe e papai estavam na frente da casa.

Eu agradeci o fato de os vizinhos ainda não terem aparecido e me aproximei.

Para não piorar a situação, soltei a mão de Zach. Não queria que ele se prejudicasse por minha causa.

Mamãe estava conversando com os dois policiais e ampliou os olhos no momento que me olhou.

— Esther! — se aproximou rapidamente; os olhos crispando. Sua raiva se acentuou no momento que percebeu a presença de Zach. — O que significa isso? — ela o encarou com aborrecimento. — Explique-me o que está acontecendo!

— Mamãe...

Ela agarrou meu braço com certa violência e fiz uma careta.

Zachary cerrou os olhos para isso.

— Sua... menina malcriada! — mamãe disparou, encarando-me com profunda raiva. — Onde estava? Roy me ligou desesperado do cinema, sem saber de seu paradeiro.

— Eu...

— Ela estava comigo, senhora. — Zachary se pronunciou firmemente.

O efeito do álcool parecia ter desaparecido e ele não parecia nada feliz enquanto observava a reação da minha mãe sobre mim.

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