Capítulo dez

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— Sim, temos, claro. Mas eu não me apaixono, nunca me apaixonei e vou permanecer assim.


— Você não é o cara que estava ansioso para me beijar?! — me aproximei do dele fingindo uma expressão de surpresa.


— Você não é a garota que perguntou se a Rashel era a minha namorada?! — ele devolveu na mesma moeda e abaixou-se, nossos rostos ficando na mesma altura.


Fingi socar o seu braço e ele se afastou, agarrando uma maçaneta de uma grande porta cinza.


— Você é um idiota!


— Já escutei muito isso. Venha, tenho uma coisa para lhe dar.


Konnor adentou um grande escritório, as paredes eram escuras e duas grandes janelas permitiam que o sol de fim de tarde adentrassem o ambiente. Tudo era tão elegante e másculo, uma biblioteca ao fundo deixava tudo tão lindo e a grande mesa no meio da sala trazia um sentimento de esplendor.


— Vai me presentear por ser uma ótima humana?


Ele caminhou até a mesa com suas pernas longas, abrindo uma gaveta e tirando de lá uma caixinha avermelhada de veludo. O choque percorreu todo meu corpo, realmente parecia um presente caro. Não seria muito difícil de se imaginar isso, olhando para o resto da casa do Konnor. Ele sempre fora rico?


— Abra! — ordenou quando entregou a caixinha em minhas mãos. Quis rejeitar logo de imediato, mas a curiosidade martelava o meu coração exigindo que eu abrisse a caixa. Abri e encontrei um pingente lindo, correntinha fina e uma pedra roxa com molduras de flores.


— É uma ametista.


— É lindo! — Jamais recebia presentes de alguém, principalmente alguém estranho. Não havia laços o suficiente para que o Konnor me desse algo tão valioso. — Não posso aceitar! — estendi a caixa de volta para ele.


— Você deve aceitar, precisará disso para que não suspeitem que você é uma humana. Olhe — ele pega o pingente e segura a pedra, vi quando a mesma brilhou intensamente em seu interior. — Não é simplesmente uma jóia, nela há um feitiço suficientemente eficaz para que você não sofra com a comida daqui. Os humanos costumam ser muito fracos para aguentarem ao nosso alimento.


Arregalei os olhos, assustada.


— Não se preocupe, contanto que use isso, você não terá problemas! — Tentou me tranquilizar — E tem outra, coisa. Nessa pedra, foi colocando certa potência de poder. Algo não muito intenso para que você não se fira ou machuque alguém.


Arqueei minhas sobrancelhas com essa informação valiosa. Poder? Parecia algo irreal para mim, nunca nem mesmo vi o Konnor usar seus poderes, e não havia visto nada irreal o bastante se não for contar aquele assassino sanguinário ou o tal portal que me trouxe a esse lugar.


— Poder? — agarrei a pedra e passei a analisá-la. — Que tipo de poder?


Protetora dos destinos: O Despertar Do Poder (Livro 1) Pausada!Onde histórias criam vida. Descubra agora