"Pele macia, ai, carne de caju

Saliva doce, doce mel, mel de uruçu"

- Especial porque? - perguntei no seu ouvido.

"Linda morena, fruta de vez temporana

Caldo de cana caiana, vem me desfrutar!"


- Porque é bem ali que eu vou matar a vontade de te beijar - falou com a voz rouca e eu sorri ansiosa por esse momento.


"Linda morena, fruta de vez temporana

Caldo de cana caiana, vou te desfrutar!"


- Morena tropicana, eu quero teu sabor - eu cantava sussurrando no seu ouvido enquanto ela me levava até o local que havia apontado.

Ao chegar na árvore eu soltei a sua cintura, ela se virou de frente para mim e me encostou contra, depositando uma mão no tronco sobre a minha cabeça. Ela roçou os lábios nos meus entre sorrisos e sussurrou: "Morena tropicana, eu quero teu sabor", quando eu fui beijá-la ela afastou um pouco e segurou o meu rosto, me encarou e se aproximou lentamente, mordeu meu lábio e puxou. Eu arfei na sua boca e ela aprofundou o beijo que eu tanto esperava.

Agarrei o seu cabelo na nuca firme e puxei-a pela cintura ao sentir a sua língua entrando na minha boca e tocando a minha. Valentina desceu a mão até a minha cintura, quadril, coxa e agarrou, puxou para encaixar uma das suas pernas entre as minhas.

O nosso beijo era forte, cheio de desejo, nossas mãos demonstraram esse sentimento compartilhado descontando em nossa pele com apertões e alguns arranhões. Ela passou a beijar o meu pescoço, ela chupava e mordia me fazendo arrepiar enquanto pressionava a perna na minha intimidade com cuidado.

Desci as mãos até a sua bunda e apertei em mim, hoje eu decidi que não desperdiçaria a oportunidade de explorar o que me desse vontade. Eu queria sentir o seu corpo e eu faria isso.

Valentina beijava o meu colo até o limite do tecido do vestido, por vezes ainda baixava um pouco para ter acesso a mais, me fazendo desejar que ela pudesse tirar tudo e eu sentisse a sua boca em todos os lugares ainda cobertos. A sua mão agarrou a minha coxa e puxou para a volta da sua cintura e eu a apertei ainda mais em mim, ela chupou meu pescoço ainda mais intensamente fazendo um gemido escapar disfarçado entre os suspiros. O contato da sua perna no meu centro estava me tirando a sanidade, minha vontade era esquecer do mundo ali mesmo. Achei melhor interromper antes que fosse tarde.

Ela subiu os beijos até meu queixo, onde arranhou com os dentes e me encarou, talvez pensando o mesmo que eu.

- Vamos embora - pedi sussurrando com a respiração pesada.

Ela se afastou lentamente me dando um sorriso diabólico, me puxou pela mão para perto dela e deu um selinho demorado e em seguida assentiu e me guiou pela mão em direção a saída. A partir de agora não tinha mais volta.

Caminhamos em silêncio até a pousada, na metade do caminho eu passei a mão pelos seus ombros, entrelaçamos os nossos dedos e ela enlaçou a minha cintura com o outro braço. Chegamos na pousada e entramos pela lateral, onde estava destrancado, estava tudo escuro devido ao horário, ela caminhava de costas pela recepção escura me encarando. Apesar da escuridão era possível identificar a malícia no seu olhar sobre mim.

Ela caminhou até o sofá da recepção enquanto eu a seguia como se ela fosse capaz de me puxar apenas através do seu olhar. Era a prova que domínio não tinha nada a ver com o físico, ela sequer estava me tocando ou falando e me induzia a fazer o que ela queria e era uma sensação de poder maravilhosa. Ela sabia o poder que tinha e não tinha o menor receio de usá-lo.

A alcancei no limite do assento do sofá e ela sentou. Eu fiz o mesmo e ela aproximou a boca da minha, talvez tivesse percebido o meu nervosismo pela situação, mas eu sei que ela não faria nada demais ali, o que me deixava mais tranquila.

Aproximei meu rosto do dela e ela fez um beijo de esquimó, esfregou todo o seu rosto no meu lentamente, deu alguns beijos pela bochecha, nariz, tocou a minha nuca com a mão de forma delicada onde acariciava de leve. Eu sentia todas as sensações com os olhos fechados, sua boca chegou até a minha e iniciou um beijo apenas com lábios, apenas depois de um tempo senti a sua língua tocando meu lábio inferior, o qual ela chupou. Gemi baixinho na sua boca e ela reagiu puxando uma das minhas pernas para o seu colo.

Aprofundei o beijo puxando-a pela nuca, ela apertou firme a minha coxa e tornava nosso contato cada vez mais intenso. Enquanto nos beijávamos eu desci a mão até seu seio, toquei de leve e em seguida agarrei, tateei o bico com o polegar, estava duro de excitação, o que me fez pulsar, eu não tinha noção o quanto aquilo era capaz de aumentar o meu tesão.

Com a mão livre afastei seu cabelo, desci beijando o seu pescoço enquanto a mão dela subia até meu quadril por baixo do vestido, pressionei seu seio entre meus dedos com um pouco mais de intensidade ao passo que suguei a sua pele no pescoço entre meus lábios. Valentina gemeu baixo e apertou a mão no meu quadril me fazendo arrepiar inteira.

Ela me puxou para que ficasse ainda mais encaixada nela, sua mão apertava cada vez mais a minha pele. Ela agarrou a minha bunda e me puxou para o seu colo. Sentei de frente para ela, agarrei os seus cabelos pela nuca a fazendo me olhar de baixo e ataquei a sua boca. As suas mãos me incentivaram a me movimentar aumentando o atrito da minha intimidade nela.

Separamos o beijo e ela me encarou do rosto até embaixo, ela jogou meu cabelo para o lado e beijou meu colo em direção ao meu seio. Eu queimava por dentro, queria mais dela, ela mordia e chupava a minha pele sem a menor delicadeza, seus toques eram cada vez mais intensos assim como o seu olhar e respiração entregavam que estava explodindo de vontade assim como eu.

A empurrei contra o encosto do sofá e olhei seus olhos com as pupilas dilatadas tornando o verde quase inexistente. Passei a mão no seu rosto e aproximei a minha boca da dela.

- Vamos pro seu quarto? - pedi com a boca colada na dela e me afastei esperando a sua resposta.

Ela deu um sorriso malicioso que me causou um frio na barriga, era impossível não reagir dessa forma aos seus olhares que entregavam tanto desejo. Era simplesmente a melhor sensação que eu já havia sentido, ter uma mulher como Valentina me desejando sem fazer a menor questão de disfarçar.

Ela assentiu e eu levantei, ela fez o mesmo em seguida. Pegou a minha mão, entrelaçou os nossos dedos e me levou em direção a escada. Ela subiu o primeiro degrau e parou virada para mim, coloquei as duas mão na sua cintura e ela colocou as dela no meu rosto.

- Tudo bem? - sussurrou.

- Sim - respondi assentindo.

- Tá bom.

Deu um selinho e desfez o nosso toque para começar a subir. Fui atrás dela, pelo corredor onde caminhamos silenciosamente até a última porta. Ela abriu e entrou me dando passagem para fazer o mesmo.

O quarto era grande, assim que entramos ela ligou uma luminária que deixou o ambiente meia luz, havia uma cama de casal com móveis de cabeceira um de cada lado, uma porta enorme de correr de vidro que provavelmente levava a uma sacada, mas estava fechada e coberta por uma cortina blackout clara. Tinha uma televisão grande, notebook, um celular e uma caixinha de som sobre uma mesa, o que me surpreendeu.

Ela me observava enquanto eu analisava o ambiente. Meus olhos pararam nela, sorri vendo seus olhos em mim, o que a fez se aproximar e parar bem na minha frente.

- Se não quiser fazer nada, está tudo bem, viu? - ela disse. Eu nem conseguia pensar direito naquela situação, mas me concentrei para dar uma resposta a ela.

- Eu quero - sussurrei olhando a sua boca e desenhando os seus lábios com o polegar. Valentina fechou os olhos ao sentir meu toque e assentiu.

- Só quero que saiba que se mudar de ideia, se quiser parar, você pode me dizer, em qualquer momento - ela falava numa altura que tornava quase inaudível devido a sua respiração agitada.

- Você vai saber quando eu quiser parar - falei e a empurrei em direção a cama até fazê-la sentar. Agora que cheguei até aqui eu não voltaria mais atrás. 



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