Capítulo I - Muito... muito prazer.

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Oi, bem vindo(a)!

Essa é a minha primeira história. Ela é uma mistura do meu eu de 17 anos e do meu eu de agora.
Apesar de já ter a ideia e alguma coisa dela escrita a muito tempo, só agora tive coragem de postar. Algumas coisas foram alteradas, mas não achei justo com a eu de 17 anos que criou a ideia dessa história de mudar tudo. Espero que gostem e gostaria de vocês comentassem qualquer coisa que estão achando pra me darem um feedback rs.

Obrigada e até mais!
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Camila POV

Levantei da cama assustada com o despertador gritando em meus ouvidos anunciando que o cochilo depois do almoço havia chegado ao fim e eu teria 20 minutos para chegar à clínica. Tiro depressa a manta que me prende a cama e logo lembro como não estou acostumada às intensas correntes de calor que resolveram passar por Curitiba neste verão, a cidade não é nada preparada pra isso. Escovei rápido os dentes e apenas prendi o cabelo de forma desajeitada, me contentei com a calça mom jeans e a blusa justa em que eu estava, esperei o elevador impaciente conferindo se havia pegado tudo que eu precisava e fui direto para a garagem, deixando até mesmo de cumprimentar o Sr. Luís na portaria.

Arranquei com o carro procurando em minha cabeça o percurso mais rápido para chegar, pois hoje não seria o melhor dia para me atrasar, minha terapia estava marcada às 18h e eu passava pelas vias movimentadas a fim de conhecer a pessoa que me escutaria pelos próximos meses. Minha terapeuta havia me deixado ao anunciar sua mudança para fora do país, porém, sabendo que nosso trabalho estava longe de acabar, prometeu me encaminhar para alguém igualmente competente, já que eu não havia aceitado continuar com seu atendimento on-line, não me parecia um bom negócio.

Chegando na frente do estabelecimento elegante, vibrei ao encontrar uma vaga logo na frente e caminhei até a entrada, o lugar possuía uma sala de espera ampla, de cores claras, as quais contrastam com alguns detalhes escuros da decoração, resultando em um ambiente sofisticado, reparei em cada detalhe como uma boa estudante de arquitetura e sentei no confortável sofá, optando por ficar de costas a porta principal, observando a de entrada. O lugar parecia recém reformado, cheirava ainda a tinta fresca, de uma marca que a princípio eu não soube dizer mas tentei buscar em minha memória olfativa. Os minutos se passavam arrastados e a ansiedade me tomava aos poucos, o tempo também deu espaço para pensar nos trabalhos que deixei de fazer no lugar do sono, mas disso eu não me arrependia.

A porta se abriu e ouvi uma conversa quase em sussurro para logo depois sair de lá duas mulheres, que ao me verem, cumprimentaram-se em despedida e em seguida a mais velha saiu caminhando para fora do lugar. Me levantei no impulso e encarei a pessoa diante da porta que estava prestes a saber cada detalhe de mim e daquilo que eu chamava de vida.

- Vamos, Camila. – Sua voz soou firme e calma, combinando perfeitamente com o seu rosto delicado e como eu imaginei uma voz para ele.

     Caminhei até a sala de baixa luz e me sentei novamente em um sofá, dessa vez menor, porém não menos confortável, de frente a uma poltrona grande que combinava muito com o ambiente meio iluminado e de cores escuras, o qual contava com tapetes de estampas étnicas ao chão, difícil dizer que se tratava de uma decoração moderna apenas por aquele detalhe, ao lado de onde eu me sentei também foi possível observar uma espécie de sofá cama, que logo identifiquei como sendo o tão famoso divã. Anotei em mente que um dia perguntaria o porquê do contraste tão grande entre os ambientes. Confesso que me senti bem em ficar ali, o cheiro suave de o que achei parecido com canela e baunilha me acalmou de certa forma, acho que esse é um bom começo.

ClinicalWhere stories live. Discover now