O corpo serpentino de Astaroth ondulou e meu olhar se escureceu. Começamos a subir cada vez mais, em direção a Sansaya e Ayvah que vinham mergulhando. O peito de Astaroth tremeu, seu corpo se aqueceu, e enquanto eu encarava o dragão branco vendo que ambos tiveram a mesma ideia, fogo contra fogo se chocou e desviei, ciente que ela podia fazer aquela coisa de sumir e aparecer de novo. Astaroth ficou tenso e em alerta e quando a vimos, não perdemos nem mesmo um único segundo para desviar e atacar com novas chamas.

Ayvah se encolheu e Sansaya se virou de lado para proteger sua cavaleira. Astaroth esticou as garras bem aberta, fogo foi lançado e Astaroth girou no ar assim como Sansaya.

Essas duas eram duras na queda! E pareciam que estavam apenas começando. A colisão contra Astaroth nós estremeceu, e novamente, em um piscar de olhos, onde Sansaya estava, não havia nada. Ela estava a nossa direita, chocando suas patas no troco de Astaroth que rugiu pela sensação de suas escamas sendo arranhadas. Soltei minhas fivelas, aproveitando a proximidade e me lancei para a asa do dragão. Me agarrando as escamas e ela ficou furiosa, soltando Astaroth.

Ergui minha cabeça para sua cavaleira, mas encontrei nada mais do que uma sela vazia. O impacto em meu próprio corpo me amassou contra a asa. Ayvah estava em minhas costas, me dando uma chave de braço brutal para uma garota. E escorregamos para fora do corpo do dragão agora ambos caindo em queda livre.

Segurei o braço entorno de meu pescoço. Pernas envolveram meu tronco.

— Até que você não foi nada mal, Eron. – ela sussurrou contra minha orelha. O vento assobiando enquanto caímos.

Consegui soltar seu braço de meu pescoço e lutei para me virar, mas suas pernas envolta de meu corpo eram um aperto ainda mais letal. Ela me empurrou de repente, e girei para agarra-la, e garras lilás brilhosas e peroladas envolveram a cavaleira.

Sansaya a levou embora em segurança enquanto eu caia. Me virei abruptamente, abrindo meus braços para diminuir o tempo da queda. Astaroth passou e me agarrei a lateral de seu corpo e escalei contra o vento opressor por suas escamas até me instalar na sela.

Astaroth abriu as asas, amortecendo a queda e pousamos no chão em um impacto seco que nós estremeceu. Eu não tinha me dado conta que estávamos tão perto do chão. Sansaya pousou, balançando suas asas e lançando rajadas vendo pelo prado.

Olhos estavam arregalados olhando para nós, bocas abertas. Mas eu coração estava saindo pela boca e minhas mãos tremendo. Ayvah deslizou pela asa daquele jeito habitual que já tinha a visto fazer. Ela caminhou em nossa direção com um olhar indecifrável, parando diante de Astaroth que abaixou a cabeça, a deixando rente ao chão para a olhar diretamente. E para minha surpresa, Ayvah afagou as escamas de meu dragão.

— Muito bem, Astaroth! Estou impressionada!

Ótimo! Agora que temos um ponto com a feiticeira, você pode descer, e vê se não treme as pernas quando caminhar. – Astaroth resmungou em minha mente. E engoli em seco – E eu gostei dela!

Escorri pela asa de Astaroth e o chão amorteceu meus pés. Uma estranha sensação de formigamento em meu corpo. Adrenalina pulsante abaixando vagarosamente. Me ergui, olhando para os outros ainda boquiabertos e atravessei por baixo de Astaroth, e ele ergueu o pescoço me deixando a visão de Ayvah o admirando.

— Então esse é o nível de um cavaleiro do Esquadrão de Fogo.

— Gostaria de dizer que sim. Mas não! Estávamos apenas brincando, Eron. – ela arqueia a sobrancelha e afundo meus pés no chão.

Ela não está mentindo, Eron. Se quisermos ir para o Esquadrão com elas, teremos que nós esforçar mais a partir de hoje.

Ayvah se virou de lado para Sansaya e arqueou a sobrancelha. A dragão deve ter feito algum comentário impossível de acessar para mim. Mas sua cavaleira sorriu sutilmente, voltando seus olhos para mim.

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