Após um longo dia cuidando daquelas crianças, à noite, desfrutamos da surpreendente fonte termal que havia no local. Era quase inacreditável que um orfanato tivesse algo assim. Sinceramente, o dia havia sido um tanto estressante, não exaustivo, mas a experiência na fonte termal tornou tudo válido. Se tivesse que escolher algo de que gostava, talvez fosse isso, embora o pensamento de ter que viajar para tomar banho em um ou usar banheiros públicos lotados fosse desagradável.
Depois de algum tempo refletindo, saí da fonte termal e fui para o salão principal do local. Estava lotado, principalmente com as crianças reunidas, o que me deixou um tanto perplexo. Enquanto eu pensava nisso, percebi novamente que a garotinha estava me encarando. Perguntei a mim mesmo por que ela estava fazendo isso.
Quando me preparei para me dirigir a ela, meus pensamentos foram interrompidos pela voz de Ji-su.
— Oh, aí está você.
— Sim. Por quê?
— Só queria ver um rosto familiar. Passei o dia todo com essas crianças.
Brinquei:
— Então, sentiu saudades?
Ela respondeu rapidamente, em um tom defensivo:
— Nunca.
Enquanto conversávamos, vi três crianças correndo em nossa direção. Ji-su expressou seu desagrado:
— Ah, não.
— O que foi?
— Esses três estão grudados em mim desde cedo. Eu já estou cansada disso. Por que você foi dizer aquilo?
Novamente, respondi com um toque sarcástico:
— Porque minha querida estava tão ansiosa.
Concluí com um sorriso para ela. Ji-su me olhou com indiferença, suspirou e disse:
— Mas pelo menos você está se divertindo?
Antes de responder, pensei sarcasticamente:
"Com certeza."
Em seguida, disse:
— Quem sabe...
— Idiota.
Nossa conversa foi interrompida pela chegada das crianças. Eu, por outro lado, decidi me aproximar daquela garotinha, mas ao notar minha aproximação, ela correu de mim.
— Oh, ela fez isso de novo.
De repente, a senhora se aproximou de mim. Curioso com o que ela disse, perguntei com interesse:
— "De novo"?
— Sim. Ela fez isso uma vez, quando um casal veio aqui para adotar uma das crianças. Ela os encarou o tempo todo, mas eles ficaram assustados com ela e foram embora.
— Sério? Que casal medroso.
— Ou talvez eles tenham usado isso como desculpa, já que nenhuma das crianças aqui os agradou.
Refleti um pouco e então respondi:
— Talvez fosse isso.
— Alguns funcionários têm medo dela também, dizem que ela emana uma "aura sombria".
A senhora riu, talvez para amenizar o tom triste da conversa, e continuou:
— Mas... eu mesma não sei por que ela é assim. Já perguntei a ela, mas ela nunca respondeu. Na verdade, nunca a vi falar.
— Mmm. Entendo.
Mantive uma expressão indiferente diante do que ela disse. Ela riu um pouco sem jeito e concluiu:
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Jornada em Busca da Triste Felicidade
RomanceYori, um homem que passou a vida inteira imerso em um oceano de ódio e apatia, está preso em uma rotina monótona e desprovida de propósito. Cada dia se assemelha ao anterior, levando-o a questionar se algo mudará, embora saiba que é ele mesmo quem d...