Capítulo 12: O Que Responder?

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Após um longo dia cuidando daquelas crianças, à noite, desfrutamos da surpreendente fonte termal que havia no local. Era quase inacreditável que um orfanato tivesse algo assim. Sinceramente, o dia havia sido um tanto estressante, não exaustivo, mas a experiência na fonte termal tornou tudo válido. Se tivesse que escolher algo de que gostava, talvez fosse isso, embora o pensamento de ter que viajar para tomar banho em um ou usar banheiros públicos lotados fosse desagradável.

Depois de algum tempo refletindo, saí da fonte termal e fui para o salão principal do local. Estava lotado, principalmente com as crianças reunidas, o que me deixou um tanto perplexo. Enquanto eu pensava nisso, percebi novamente que a garotinha estava me encarando. Perguntei a mim mesmo por que ela estava fazendo isso.

Quando me preparei para me dirigir a ela, meus pensamentos foram interrompidos pela voz de Ji-su.

— Oh, aí está você.

— Sim. Por quê?

— Só queria ver um rosto familiar. Passei o dia todo com essas crianças.

Brinquei:

— Então, sentiu saudades?

Ela respondeu rapidamente, em um tom defensivo:

— Nunca.

Enquanto conversávamos, vi três crianças correndo em nossa direção. Ji-su expressou seu desagrado:

— Ah, não.

— O que foi?

— Esses três estão grudados em mim desde cedo. Eu já estou cansada disso. Por que você foi dizer aquilo?

Novamente, respondi com um toque sarcástico:

— Porque minha querida estava tão ansiosa.

Concluí com um sorriso para ela. Ji-su me olhou com indiferença, suspirou e disse:

— Mas pelo menos você está se divertindo?

Antes de responder, pensei sarcasticamente:

"Com certeza."

Em seguida, disse:

— Quem sabe...

— Idiota.

Nossa conversa foi interrompida pela chegada das crianças. Eu, por outro lado, decidi me aproximar daquela garotinha, mas ao notar minha aproximação, ela correu de mim.

— Oh, ela fez isso de novo.

De repente, a senhora se aproximou de mim. Curioso com o que ela disse, perguntei com interesse:

— "De novo"?

— Sim. Ela fez isso uma vez, quando um casal veio aqui para adotar uma das crianças. Ela os encarou o tempo todo, mas eles ficaram assustados com ela e foram embora.

— Sério? Que casal medroso.

— Ou talvez eles tenham usado isso como desculpa, já que nenhuma das crianças aqui os agradou.

Refleti um pouco e então respondi:

— Talvez fosse isso.

— Alguns funcionários têm medo dela também, dizem que ela emana uma "aura sombria".

A senhora riu, talvez para amenizar o tom triste da conversa, e continuou:

— Mas... eu mesma não sei por que ela é assim. Já perguntei a ela, mas ela nunca respondeu. Na verdade, nunca a vi falar.

— Mmm. Entendo.

Mantive uma expressão indiferente diante do que ela disse. Ela riu um pouco sem jeito e concluiu:

A Jornada em Busca da Triste FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora