𝐀 𝐏𝐎𝐃𝐑𝐈𝐃Ã𝐎 𝐃𝐎𝐒 𝐕É𝐔𝐒
Eu temo o que os outros desejam, corro daquilo que eles procuram e escondo-me do que eles caçam. Por anos, eu não sabia o que era ceder à alguém. Hoje, especificamente hoje, eu não sei mais o que é conseguir enfrent...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Alemanha, - cidade desconhecida,- 1619
A̶ ̶P̶O̶D̶R̶I̶D̶Ã̶O̶ ̶D̶O̶S̶ ̶V̶É̶U̶S̶
ᖇᗴᗴᑎᑕᗩᖇᑎᗩçãᗝ
8. 000 palavras
Boa leitura, meus 𝙂𝙖𝙨𝙥𝙖𝙧𝙯𝙞𝙣𝙝𝙤s
POR FAVOR, VOTEM!!
Sinto-me como se estivesse acordando de um longo pesadelo medonho.
O meu falho e dormente campo de visão encontra-se embaçado com a revelação que acabo de adquirir com o meu passado apagado. As cenas passam-se na minha cabeça de uma maneira rápida e enfileirada, mas elas possuem a habilidade de mostrar-me devagar, uma de cada vez, o quanto eu estava errada em relação ao Kaemon Chapelle. Acredito que eu esteja apedrejando a minha existência com tijolos feitos palavras amaldiçoadas, porque quando reforço-me que a minha vida parece um enorme ilusão, ela manifesta agitadamente e expõe suas grandes presas, indicando que pode ser muito pior que isso, muito mais cruel, como uma floresta esverdeada, como a extensa e fria floresta esverdeada onde eu nasci na primeira vida, onde eu encontrei o homem que alterou o destino, enfrentou o universo e derrubou criaturas, apenas para atualmente, ser o meu companheiro. Ele virou-se contra o seu próprio pai por mim. Eu não lembro, mas eu sinto.
Sinto, sinto, sinto. Ultimamente estou apenas sentindo.
Eu não o quero, eu não desejo essa ligação, mas aceito que não posso fugir. Eu aprovei meu vínculo com o Waldschrate na minha vida mais antiga, quando aceitei a proposta das bruxas e resolvi criá-lo. Minha carne tinha consciência na época, ela sabia do risco que estava correndo, porque lembro-me perfeitamente de uma delas receosa, enquanto fazíamos o que não deveríamos estar fazendo, dizendo:
— Mamãe não vai gostar disso, Adhara. Ele vai persegui-la, é impossível esconder um ser deste porte. — A garota mais nova respira com dificuldade. — Não vamos conseguir controlá-lo por muito tempo, sabe disso.
— A ideia foi sua. — Rebato. — Você disse que estava preocupada com o fanatismo da nossa mãe. Estamos criando-o para que ele possa moderar o desejo que ela tem de ser a bruxa mais poderosa. Ela está passando dos limites, Nashira. Está criando coisas que não pode criar.
— Eu sei, eu sei. — Expressa, pressionando os dedos da mão esquerda. A garota alta de pele castanha, cabelo escuro e olhos mais sombrios ainda está amedrontada com a nossa criadora. — Estou com medo.
