Estamos vivos. Três dias e meio andando pela floresta não me enlouqueceram. Eu tenho conversado com Major sobre o tempo (provavelmente irá chover hoje), o que vamos comer na próxima refeição e por que eu nunca namorei. Quer dizer, ele nunca me perguntou sobre isso e me surpreenderia se uma hora ele falasse, mas eu quis dizer.Acabei de acordar, dormimos numa clareira. Eu já alimentei o cavalo, então agora estou sentado no chão mordendo algumas nozes, um pedaço de queijo branco e pão seco. Bebo água da bolsa de água de couro que trouxe. Ela é grande, mas já está acabando, o que significa que se hoje eu não encontrar algum lago ou rio, estou ferrado.
Pego o mapa. Se eu continuar seguindo o norte, talvez hoje mesmo encontro um rio. Sim, isso que irei fazer. Espero que dê certo. Guardo tudo na bolsa e coloco presa na sela de Major. Vamos andando lado a lado. No meio do dia, eu já estou cansado da caminhada, mas tenho fome e avisto uma macieira. Isso me lembra Jeno, que me lembra meus pais e a hospedaria e tudo que estou lutando. Não sei, não tenho a mínima ideia se um dia encontrarei um unicórnio e não sei se eu teria coragem de matá-lo. Eu nunca matei animais maiores que meu braço inteiro, então seria novo para mim.
Puxo a bolsa de Major e deixo ele ao lado de uma arbustos. Da bolsa arranco uma faca, pois quero arrancar um galho inteiro para não precisar me preocupar com o que eu e Major iremos comer. E eu sei subir em árvore. As botas que Salli me arranjou se provam muito eficazes em me ajudar a subir na árvore. Além dela, estou usando um colete de couro e uma capa azul-marinho que fiz questão de tirar para subir. Com a faca entre os dentes, eu alcanço o galho perfeito para cortar. Só preciso de esticar e...
O relinchar de Major quase me faz cair. Uma movimentação lépida permeia a floresta ao redor de mim. Assim que o galho cai com as maçãs, eu desço o mais rápido que consigo sem cair e me machucar. Quando olho ao redor, não faço ideia de onde Major está. Se não tinha ninguém ao redor, porque eu chequei e não tinha, foi algo que o assustou para longe. Essa ideia me deixa arrepiado. Eu preciso encontrar um unicórnio e dar o fora daqui o mais rápido possível.
Meus pés estão doendo de tanto andar. Se hoje deixei Major descansar, também me afundei. Ele se assustou com algo e saiu correndo e não consegui achá-lo em lugar algum. Não sei se Major sobreviverá sem mim. Não sei se eu sobreviverei sem ele.
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lágrimas de unicórnios ★ chensung
Fanfiction« a coexistência de humanos e unicórnios era algo claramente impossível. no entanto, por algum motivo, o véu que separava ambas dimensões se rompeu, forçando ambas espécies conviverem no mesmo espaço. agora dane-se o ouro ou o diamante ou qualquer q...
Capítulo Seis
Começar do início