— Me desculpe. — Tara colocou a mão na cabeça e respirou fundo. — Sinto que ainda quero dormir.

— Eu vou deixar vocês a sós um pouco, tenho que ir em algumas lojas com Danny. — Sam sorriu para nós duas. — Até mais.

— Até, Sam! — Tara acenou e virou o seu corpo em minha direção. — Bom dia.

— Bom dia. — Ri baixo, acariciando os seus cabelos. — Você está bem?

— Sim, eu acho. — Tara suspirou e finalmente se levantou da cama. Eu me sentei, observando a garota.

— Dor de cabeça? — Questionei. — Enjôo ou alguma coisa?

— Não se preocupe. — Tara riu, se aproximando novamente e se acomodando ao meu lado na cama. — Acho que preciso te agradecer, certo?

— Pelo que? — Levantei a sobrancelha.

— Por ontem.

— Tara, você não precisa agradecer as pessoas por fazerem o mínimo. — Encolhi os ombros, arrastando minha mão pela minha calça jeans.

— Você poderia simplesmente ter me deixado lá, entende? — Tara me olhou, eu conseguia entender ela pelo olhar e, dessa vez, parecia que aquilo não era apenas um agradecimento, algo aconteceu no passado para ela fazer essas suposições.

— Nunca. — Falei firmemente. — Ninguém faria isso, Tara, é desumano.

Tara desviou o olhar, provavelmente pensativa em relação a algo. Ela inclinou a cabeça em minha direção e apoiou em meu ombro, meu braço foi para suas costas, pousando em seu estômago.

Tara colocou a sua mão por cima, acariciando levemente. Nós duas permanecemos dessa forma, curtindo a presença uma da outra sem precisar dizer nada.

— Aprecio ter alguém como você ao meu lado, espero que saiba. — Tara me disse, olhando fixamente para a parede.

Pisquei inúmeras vezes, raciocinando se foi realmente isso que acabara de escutar. Aquilo saiu dos lábios de Tara Carpenter, a garota que fui apaixonada desde a infância.

— Eu amo estar com você. — Depositei um beijo no topo de sua cabeça. — Se sente melhor?

— Muito melhor. — Tara suspirou, ficando mais alguns minutos sentada, até se levantar da cama. — Eu irei tomar um banho rápido.

— Tudo bem.

[...]

Eu saí do quarto, aguardando o retorno da Carpenter. Aproveitei para ir à cozinha e preparar algo para comer, meu estômago estava roncando.

— Uau, bom dia! — Chad me olhou, fingindo estar surpreso. É, lá vem alguma piada.

— Bom dia, Chad. — Sorri fraco, indo em direção a garrafa de café. Senti somente com o peso que havia acabado e resolvi fazer mais para beber.

— Então, o que achou da festa? — Ele se sentou na mesa, me observando. — Eu amei, apesar do que aconteceu para ela acabar.

— Falando nisso, tem notícias de Noah?

— Hum, sim. — Chad sorriu. — Algumas garotas e alguns garotos se juntaram e deram uma bela surra nele.

question...? (tamber)Onde histórias criam vida. Descubra agora