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|Clarissa|

•2 dias depois•

Depois do Deyvin ter me tirado praticamente a força do lado do meu amor, eu não sabia pensar em mais nada, o meu mundo tinha paralisado e na minha mente a cena dele sendo baleado se repetia por várias e várias vezes me deixando completamente agoniada com tudo isso.

Hoje eu vou ver meu Ruan pela primeira vez depois daquela dia horrível que eu presenciei, eu não sei explicar muito bem o caso dele, só sei que ele está em coma...
Não se tem previsão de quando ele irá acordar, eu penso nele todos os dias e queria ter ido ver ele desde do dia do acontecido, porém não podia ver ele, foram feitas cirurgias das quais eram de risco pela bala ter pegado perto do seu coração e a outra mais próxima da barriga.

Nesse momento eu estou me arrumando pra ir até o hospital daqui do morro em que ele está, obviamente eu não estou nem um pouco bem, eu só preciso ver ele mais uma vez.
Coloco uma calça jeans e uma blusa branca apenas, não irei passar maquiagem nem nada, por mais que minha cara esteja inchada e meus olhos com olheiras eu sei que irei chorar e iria borra tudo.

•••

Entro no hospital vendo a Dona Maria em um canto chorando, o Ph e o Deyvin em um canto afastado, provavelmente me esperando, vou até eles que me olham e percebo o olhar triste deles assim como o meu.

Deyvin:Vai ficar tudo bem- ele me abraça forte me fazendo soltar um choro que eu nem sabia que segurava, só quem viveu isso sabe que você tenta ao máximo ser forte mas as vezes não tem como.

Saio do abraço me aproximando da dona Maria e abraço ela forte vendo ela me retribuir, e agora estamos nós duas chorando pelo meu amor, Ruan...

Maria:eu sabia que isso ia acontecer um dia, mais não podia ser tão rápido assim...- ela falava ainda chorando e eu junto com ela.

- Eu sei que tá doendo dona Maria, pq em mim TB tá, nós temos que ser fortes por ele e não perder a esperança.

Maria:Eu sei disso minha querida, mas só de imaginar o pior dói meu coração.

- a senhora tá se alimentando bem?

María:eu nem tenho tempo pra pensar nisso filha, minha vida nem tem sentido sem meu filho.

- Sei que é difícil, mas a senhora não pode deixar de se cuidar não, vamo comprar uma comida aqui rapidinho vem.- puxo ela até a lanchonete do hospital pra comprar algo pra ela e pra mim, eu falo isso mas TB nem comi nada hoje...

Compro e como junto com ela, nós duas caladas apenas comendo, nossa cabeça passa apenas uma pessoa e se falarmos caímos no choro. Volto pro mesmo lugar com ela.

Ph:a médica vai explicar pra tu direito, e eu quero torcar um papo contigo depois.- apenas confirmo com a cabeça vendo a médica se aproximar de nós três.

Márcia:Com licença, familiares de Ruan Martini de Freitas?

Maria:sim doutora - ela diz e enchuga as lágrimas que escorriam.

Márcia:Bom, o caso dele foi bem complicado por ter sido bem próximo ao coração dele, realizamos uma cirurgia para remoção e felizmente ocorreu tudo bem, o paciente se encontra em coma no momento, não sabemos o certo quando ele irá a acordar, ou se irá acordar. Muitos passam cerca de semanas, meses ou até mesmo anos em coma, depende muito.- ouvia atentamente cada palavra dela.- ele está no quarto 202, entrem apenas um de cada vez, ok?

- Tudo bem, pode ir dona Maria.- falo e ela apenas confirma indo até a sala dele, eu quero muito ver o meu Ruanzinho mas mãe é mãe e ela tem esse direito de ir primeiro que todos nós aqui.

Depois de um certo tempo que eu estou olhando pra um ponto fixo apenas existindo ali, totalmente desligada do mundo ao meu redor, Dona Maria toca meu ombro e eu vejo seu rosto mais vermelho que antes provavelmente por ela ter chorado mais lá dentro, me levanto sabendo que agora eu posso ir ver oque eu tanto quero.

Entro vendo o meu Ruanzinho naquela cama de hospital, cheio de fios em seu corpo enquanto uma máquina mede seus batimentos.
Ao mesmo tempo que estou triste por vê-lo assim, eu estou feliz por pelo menos ele estar vivo ainda comigo, mesmo que ele não possa me responder ou me chamar de pinscher do Ruanzinho...
Me dói muito ver ele assim, seu rosto pálido, sua mão gelada, mas mesmo assim ele continua lindo.
Seguro forte na mão dele deixando as lágrimas escorrerem do meu rosto descontroladas.

-Oi amor, eu tava com muita saudade de você sabia? Eu queria muito que você tivesse aqui comigo...- beijo sua mão sentindo um cheiro bem fraco do seu perfume ainda no seu corpo.

-Você me prometeu que ia voltar lembra? Eu tô te esperando amor... Me desculpa por ter deixado você ir embora, eu deveria ter impedido você sair amor.- abraço seu corpo naquela cama e coloco minha cabeça em seu peito onde não tem fios.

-Eu te amo tanto Ruan... Eu não quero te perder, você sempre alegrou meus dias, por mais que eu tentasse não gostar de você eu falhei miserávelmente. Quando eu precisei você me ajudou muito amor, eu quero te ajudar também...- fungo pelo choro que ainda insiste em descer pelo meu rosto.

-Não me deixa Ruan, por favor não me deixa, eu te amo muito mais do que eu imaginei te amar meu Ruanzinho.- falo chorando muito e na minha cabeça bem os nossos momentos...

-Flashback on-

Martini: tu disse que não tinha anel no teu dedo pô, tá aí, tu sabe que eu não sou muito bom de palavras morena, mas contigo eu tô evoluindo pra caralho e aprendendo a demostrar as paradas que eu guardo pra mim mermo. Eu gosto de tu pra caralho e eu quero tu do meu lado, vai querer ser minha mulher oficialmente agora?

-Claro que eu quero amor, eu não gosto de você não - falo pra ele que franze as sobrancelhas- eu te amo muito- ele me beija todo empolgado e pega o anel colocando em mim, faço o mesmo no anel que tava do lado que era o dele.

Martini:tu tá ligada que eu te amo muito também, só não te disse pq vai que tu não me amava né morena.

-Nunca, eu te amo Ruanzinho, abraço ele e dou um selinho.

-Flashback off -

Abraço ele mais forte querendo que isso tudo seja apenas o pior pesadelo da minha vida. Porém não é, a médica entra no quarto falando que já deu meu tempo, apenas confirmo com uma dor no peito e me despeço do meu amor.

- Eu vou ter que ir agora viu meu amor? Mas eu volto pra te ver... Eu te amo muito, não esquece disso não tá.- dou um selinho nos lábios secos dele e saio de lá limpando minhas lágrimas.









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