A Lebre e o Leão

Cap.3

Yuta pulou quando Mikey bateu em sua mesa parecendo selvagem, o lobo branco de Yuta se erguendo em alarme

"Mikey-kuhn?" o menino chamou confuso

Mikey pegou tirou uma pano do bolso, o pano que Light usava para se aninhar quando estavam na escola

"Alguém pegou Light.   ache-o" ele rosnou

Yuta piscou surpreso "light? oh meu deus!" guinchou assustado com a possibilidade de alguém ter feito algo tão tabu "claro claro" ele concordou pegando o pano e oferecendo para a loba,o guardiao encarou Mikey por um momento antes de farejar o pano, logo   ela se afastou acenando para os menino seguirem

os três meninos correram, seguindo o guardiao enquanto os guiavam pela escola, não demorou muito para se encontrarem  atrás da escola, vozes mais velhas soando

"então esse coelhinho é daquele pirralho?" uma voz zombou divertido "ele é tão marrento que eu esperava um ou urso ou algo assim" risadas soaram depois desta afirmação junto com chiados finos que Mikey reconheceu como Light, seu coração apertando no peito

"Hey e o meu pagamento? nao foi facil pegar esse bicho" outra voz disse, essa mais jovem e definitivamente de alguem da sala de Mikey "Mikey vai me matar se descobrir"

"sim sim claro" a voz mais velha zombou

Mikey se sentia flutuando

sua mente em branco enquanto  sangue pulsava em seus ouvidos

as risadas....os chiados de light

Ele nem prestou atenção em Baji dispensando Yuta, muito focado nos guinchos de light, e a visao que o recebeu fez seu sangue quente gelar.

Um cara dois anos mais velho que eles segurava Light pelas orelhas, a lebre negra tentando se soltar de todas as maneiras, guinchos de dor saindo de seu fichinha quando o homem a balançou divertido.

ele conhecia esse babaca

ele havia dado uma surra nele e em seus amigos semana passada

tocar um guardião de alguém que não era próximo era tabu, machucar intencionalmente um guardião? a definição de covardia

suas unhas cegas cravaram em sua palma ele  pode sentir sangue viscoso se acumulando nos dedos

esse merdinha

o que aconteceu depois disso foi um borrão. ele se lembra da sensação de osso quebrando contra seu punho, o sangue quente do nariz do garoto espirrando em seu rosto

os gritos não só do garoto como os de Baji

ele ignorou isso, socando e socando mesmo quando o garoto parou de se mover. um pequeno roedor tentou atacá-lo provavelmente o guardião do menino mas ele foi jogado para longe sem nem ter chances, sem perder o ritmo ele chutou um guaxinim que tentou mordê lo quando ele socou um dos amigos do homem desmaiado, aproveitando sua distração para agarrar sua cabeça e puxá lo para baixo dando uma joelhada em suas costelas, o som junto com o grito dolorido do menino denunciando o osso quebrado, ele repetiu mais duas vezes

ele ignorou os braços de baji tentando afasta lo, em vez disso ele o chutou com força o bastante para sair cambaleando para longe dele caindo no chão com um grunhido dolorido abraçando as próprias costelas

Ele bufou jogando o garoto que ele havia quebrado as costelas contra o próprio guardião, o guaxinim choramingando com o peso repentino em cima dele.  Mikey se voltando para um dos amigos do babaca que começou a chorar quando viu seu olhar pousar nele

o menino estremeceu, uma mancha se formando em sua calça sem suas mãos envolviam algo pequeno e penoso, um canário, o menino abriu as mãos gritando "foge Usuna-arg" chorou quando o pé de Mikey fez contato com seu nariz, sangue espirrando e o derrubando no chão, o garoto continuou a chorar, palavras de desculpas saindo atropeladas de sua garganta, um sentimento estranhamente satisfatório ressoou no âmago do loiro ao ver o puro desespero do menino

a única coisa que o fez sair de seu estupor foi a sensação familiar de dentes cegos porém fortes cravando em seus tornozelos

Mikey fez uma pausa, olhando para baixo

Light, sua pequena luz, tinha os maiores olhos escuros que ele já viu, medo e preocupação queimando  no pequeno animal mordendo seu tornozelo com força o bastante para atravessar sua calça escolar, uma mancha vermelha de sangue em seus dentes

Mikeypiscou,a culpa queimando em seu estômago

ele assustou a pequena luz

com um suspiro resignado ele soltou o garoto inconsciente no chão se abaixando para pegar sua lebre com cuidado, dedos trêmulos acariciando o pelo sem se importar com o sangue que estava espalhando

"desculpe" ele murmurou a abraçando, a pequena bola de calor tremia levemente sob seus bracos e o coração de Mikey apertou com isso ", eu sinto muito. nunca mais ninguém vai machucar você" ele murmurou acariciando suas orelhas com cuidado ao notar o estremecimento do corpo do lebre quando ele tocou na área q o menino apertava "eu juro" murmurou sentindo um nariz felpudo pressionando seu pescoço

Depois disso Mikey raramente deixava o lebre longe de si, usando roupas maiores e moletons grandes para o pequeno lebre se acomodar contra seu pescoço.

ninguém nunca mais tocaria o que é seu