— Ela pode ser uma Praticante, e teria motivos para matá-lo. — Deu de ombros.
— É bom palpite — Anila disse olhando dele, para Nilo. — E você? Nardo estava no casamento, tem um álibi muito forte.
Ele pensou, mudando de um pé para o outro bem mais nervoso que Oleandro. Demorou mais para achar uma resposta também.
— Eu não sei, talvez a família toda esteja envolvida nisso, ou o pai dele seja cúmplice. Os dois não pareceram tão abalados com a morte de Floren, claro que não podemos medir como cada um vai reagir, mas eles foram bem… frios.
— Também é um bom palpite.
— E no que você acredita? — Nilo perguntou se apoiando na mesa.
— Não vou dizer. Tenho algumas suspeitas, mas vou falar com Dálian primeiro. Quando ela chega?
— Se negou a vir, disse estar doente — Nilo revelou.
— Confirmaram? — perguntou deixando os papéis sobre a mesa e indo até uma cômoda ao lado.
— Não senhora.
— Então irei até ela. Continuem analisando os dados. Quando eu voltar vamos à casa de Floren analisar as coisas dele. — Eles assentiram. Anila abriu a gaveta e pegou um rifle mágico.
— Posso ir com você? — Nilo perguntou, esperançoso. Anila negou, guardando o rifle no cinto nas costas. Nilo fez bico, mas não a questionou.
A floricultura onde Dálian trabalhava carregava a mesma temática do resto da cidade, com cores harmônicas e o amarelo se sobressaindo nos telhados de madeira e nos detalhes.
Anila entrou na floricultura, perguntando sobre Dálian, mas sua patroa contou que ela não se sentia bem naquele dia e ficou em casa. Dálian morava em cima da floricultura, então Anila subiu direto para lá.
Bateu na porta, ninguém disse nada. Bateu novamente.
— Dálian, sou da Guarda, você foi convocada para um depoimento, por favor, abra a porta.
Nada.
Anila suspirou, com as mãos atadas às costas começou a caminhar com passos fracos pela varanda, parou em frente a uma das janelas e a empurrou levemente. Não estava trancada. Suas íris adquiriam um tom de verde água mais luminoso, e o elemento do vento foi invocado. Anila suspendeu a mão, desenhando uma runa do ar e a empurrou contra a janela, que com uma rajada de vento se abriu.
Lá dentro, Dálian deu um pulo alto, os olhos se arregalando e metade do chá pulando para fora da xícara em seu casaco verde. Anila pulou a janela, a fechando atrás de si calmamente.
— Não pode invadir a minha casa!
— Você foi intimada pela Guarda, duas vezes. A terceira é obrigatória.
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A morte do noivo
FantasyCrimes são comuns na cidade de Luft, por isso, a detetive real, Anila, não se impressiona quando recebe mais um caso para resolver: um homem morto em um beco. Porém, se surpreende ao descobrir que ele vestia roupas matrimoniais e que a pouco tempo h...
A amante
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