The New Band: Um Sonho Por Acaso

18 - Dúvidas, Escolhas e a Dificuldade de chegar num consenso

ミ★ #𝘈𝘴𝘊𝘩𝘶𝘤𝘩𝘶𝘴 ★彡

Terça-feira, 09 de maio de 2023.
Colégio Elite KR - Dormitório MoHyo || 07h30 da manhã

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Momo acordou com seu despertador, sabendo que em 30 minutos deveria estar dentro da sala de aula. Se permitiu ficar mais uns dois minutos na cama, que era o tempo que precisava para ganhar a coragem de se levantar de vez. Se sentou, respirou fundo, coçou os olhos, e então, os abriu, levando uns segundos para enxergar tudo com clareza após embaçar sua vista ao esfregar o olho.

Geralmente, Jihyo já estava arrumada, dentro do banheiro escovando os dentes ou até mesmo já colocando o tênis. Não era de se atrasar, acordava cedo e antes mesmo do sinal bater, já estava dentro da sala de aula. Mas hoje não. Hoje Momo acordou e Jihyo ainda estava na cama, deitada e de pijamas. Estranhou, mas não falou nada. Entrou no banheiro, fez suas necessidades, e em menos de 15 minutos, já estava devidamente pronta. Não costumava tomar banho pela manhã e muito menos se empipocar de acessórios e maquiagens, então era tudo muito rápido e prático para ela.

Mas Jihyo ainda estava na cama, e isso preocupou um pouquinho a vocalista.

— Não vai se arrumar? São 07h44 — perguntou, mas não recebeu respostas. Park estava deitada com a cabeça virada para o lado oposto da janela do quarto, mas Momo sabia que ela estava acordada. — Jihyo — cutucou a garota, que fez um "não" com a cabeça como resposta. — Vai faltar? — acenou. — Não vai não, levanta.

Tentou puxar a amiga, mas ela não deixou. Apenas se sentou e ficou encarando o nada.

— Vou pegar seu uniforme — se levantou, caçando no armário da outra um conjunto para lhe entregar. Jogou em seu colo, mas a mais nova nem se mexeu. — Quer que eu te troque? — Jihyo soltou uma risadinha, negando. — Então se arruma. A aula vai começar já, já.

— Não sei se vou.

— Por quê? — perguntou, e apenas com o olhar cansado de Jihyo, Momo já entendeu o que rolou. — Ah... Não dormiu?

— Não consegui — se jogou na cama de novo, segurando as lágrimas que queriam descer só de lembrar do dia anterior.

Sentiu o peso da de franjas em cima de si, suspirando fundo e dando um pequeno sorriso ao sentir um beijinho sendo deixado em sua nuca.

— Vem cá — puxou-a para um abraço, e como qualquer um ao ser abraçado num momento vulnerável, Jihyo chorou. Algumas lágrimas saíram, mas Momo não se importou de estarem molhando sua camisa. — Surpresa, né?

— Era tão óbvio — fungou. — Como que a gente nunca percebeu?

— Eu também não sei, vida — respondeu, rindo em seguida. — Agora eu fico lembrando das coisas e tudo faz sentido, tipo... realmente sempre esteve na cara.

— Quero bater nela, se ela tivesse dito antes!

— Ei, sem hiprocrisia! Você também passou todos esses anos calada, não tem direito algum de ficar brava.

— E eu com isso? — deu de ombros, fazendo beiço quando Momo a repreendeu.

Jihyo suspirou fundo, parecia pensar em algo.

— Eu acho que eu não quero olhar pra Tzuyu nunca mais.

Momo riu, disse que não precisava disso tudo.

— Ai, eu tô... Que vontade de sumir — choramingou. — Me diz como que eu vou olhar pra cara dela agora e agir como se eu não soubesse de nada, me diz??? Só de pensar, dá vontade de chorar e me deixa com raiva, imagina quando eu estiver com ela!