- Eu... - Mordendo os lábios e sentindo a calma que Armin queria transmitir pelo carinho leve que fazia em sua coxa nua, já que o vestido leve que usava deixava suas pernas livres, Cat continua. - Tô nervosa. - Rindo sem graça, ela nega com a cabeça enquanto tenta se acalmar. - É idiota, não é? As pessoas normalmente não se sentem nervosas ao rever a família. E sim animadas, felizes...

- Cada família é diferente. E a última vez que você esteve com a sua, não foi uma experiência muito boa. - A mulher se lembrava da reação do moreno quando contou sobre a última discussão que teve com seu irmão. Discussão essa que ocasionou uma briga com os pais e, no fim, a morena decidiu seguir seu caminho. Armin, que passava horas e mais horas em ligações com seu gêmeo e seus pais, se surpreendeu com a perspectiva de que, para a mulher, a palavra "família" não tinha o mesmo sentido. - Tudo bem estar nervosa.

O sorriso carinhoso, o cuidado que os olhos azuis lhe transmitiam e o carinho leve em sua coxa eram demais. A música calma que tocava e a luz alaranjada que iluminava o rosto dele... Tudo era demais. Cat queria tanto...

- Armin, eu... - Era cedo demais pra dizer aquelas palavras? Porque era exatamente como Cat se sentia. A morena não estava acostumada a sentir aquilo, muito menos sentir vontade de dizer aquelas palavras, mas com Armin, ela queria.

- Tá tudo bem, sei que você tá cansada. Pode dormir um pouco, já tenho o endereço. - Apontando para o GPS, Armin sorri com carinho para a morena e volta a dirigir com atenção.

Cat suspira profundamente. Ela queria dizer. Sentia a necessidade de deixar aquelas três palavrinhas saírem de seus lábios e ver os olhos azuis do homem brilhando em sua direção. Mas, num suspiro, a morena inclina sua cabeça para a janela e cai no sono.

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- Uau, que casarão! - Sendo acordada pela voz surpresa de Armin, Cat boceja enquanto se espreguiça.

- Já chegamos? - Chamando a atenção do homem surpreso, a morena pergunta, coçando os olhos.

- Acabei de estacionar. - Apontando para uma casa grande com cercas brancas, Armin não esconde sua expressão. - Não sabia que seus pais eram tão ricos assim. - Rindo sem graça e dando de ombros, a mulher responde.

- Eles sempre trabalharam muito. Meu pai, sendo piloto de avião, viajava pra vários lugares. E minha mãe, aeromoça, o acompanhava. - Deu de ombros enquanto encarava a casa onde passou várias férias escolares. - Deve ser por isso que eles nunca tinham tempo suficiente pra cuidar dos filhos. - Dando uma risada seca, Cat suspira enquanto passa uma das mãos em seu rosto.

- Tem certeza que não quer ir embora? - O moreno a olhou seriamente. - Eu posso dar meia-volta, a gente volta pro seu apartamento e passa esse final de semana assistindo aquela série que você gosta. - Vendo Cat suspirar e negar com a cabeça, Armin sorri e concorda.

- Preciso fazer isso. - A mulher respira fundo e aperta as mãos tentando tomar coragem. - Preciso dar um ponto final nisso.

- Tudo bem. Mas se qualquer coisa acontecer... - Ele fala num tom sério. - Me liga e eu venho te buscar na hora. - Armin se inclinou levemente e ajudou a morena a tirar o cinto, mesmo que ela pudesse fazer isso sozinha. Sorriu com carinho e beijou de leve seus lábios rosados. - Qualquer coisa, me liga.

Catarine concordou e beijou os lábios do moreno novamente, manchando-os levemente com seu gloss.

- Precisa mesmo ir? - Armin perguntou, não escondendo o sorriso ao tirar os fios de cabelo da nuca da mulher e distribuir alguns beijos molhados ali. - Minhas janelas são escuras. Eu coloco uma música mais romântica e a gente pode... - Recebendo um tapa em seu peito, o moreno deixa um último beijo no pescoço da mulher e abre a porta antes de se afastar. - Não esquece, me liga.

𝗦𝗧𝗥𝗘𝗔𝗠𝗘𝗥 ✥ arminOnde histórias criam vida. Descubra agora