18+
Eu passei a mão pelas costas nuas da minha mulher ouvindo o seu resmungo preguiçoso, me fazendo sorrir encarando o tabuleiro de xadrez caído no chão com todas as peças espalhadas pelo tapete.
Ela tinha vindo até mim mais cedo querendo jogar algo que lhe tirasse do tédio e na sua primeira mordida de lábio e tática de me dar um xeque mate com a sua rainha, o tabuleiro estava no chão e nossos corpos rolando pelo sofá enquanto nossas roupas eram arrancadas às pressas. A minha fome por aquela mulher era insaciável e enquanto eu a fodia com as suas pernas penduradas no meu ombro, eu me via completamente perdido sabendo que aquilo não era o suficiente, principalmente quando seus olhos cheios de desejo me devoraram e ela pulou em mim nos derrubando no tapete da sala onde me cavalgou até desmaiar.
A coloquei no sofá e a deixei descansar até o fim da tarde. Iríamos embora amanhã, para longe dessa bolha que construímos, mas as coisas não iriam mudar. Rosé logo ia perceber que éramos bons juntos e iria aceitar a sua nova vida. Ela só precisava parar de me atacar e pensar no passado. Não importa quais foram as circunstâncias que a trouxeram até mim, mas sim o que faremos de agora em diante.
— O que está pensando? — Eu ouvi a sua voz sonolenta e curiosa.
Olhei para a mulher que apoiava a cabeça na mão, me observando com sono.
— Na nossa volta para casa. — Contornei os seus lábios volumosos com o polegar.
Eles estavam vermelhos e inchados tanto pelas suas próprias mordidas quanto pelas minhas.
— Estou com preguiça de voltar, sabia? Podemos vir aqui mais vezes? — Ela resmungou.
— Podemos voltar quando quiser, querida.
Rosé forçou um sorriso olhando para a minha mão que acariciava o seu rosto.
— As coisas vão mudar quando voltarmos para a mansão?
— Nada vai mudar.
— Eu não vou mais ficar trancada? — Perguntou ansiosa.
Afastei a minha mão dela sabendo que aquele não era um assunto que ela iria gostar.
— Para a sua segurança é melhor que não saia da mansão.
— Segurança de que? — Disse, ficando na defensiva.
— Os seus irmãos estão à solta procurando por você, querida.
— Eles não podem me levar de volta, eu tenho um acordo com você, lembra?
— Eu não quero ter que chegar ao ponto de machucar a sua família, por isso, quero que se mantenha afastada deles, de todos.
Rosé respirou fundo e se sentou no sofá não se importando com a sua nudez. Eu também não me importava, ela poderia andar por aí sem roupa todos os dias que iria me agradar.