O pânico se instala na hora em que percebo o que está acontecendo e ajo rápido em puxar sua mão fazendo os comprimidos caírem dentro do vaso sanitário, enquanto pego o frasco e sua outra mão.
Puxo a descarda e ela me encara horrorizada.
Meus olhos se movem para o rótulo do frasco, e posso ler as letras pequenas, paracetamol.
O medicamento é de Jacob, ela deve ter pego do armário de remédios dele, sei lá quando.
Deixo o frasco totalmente vazio em cima da pia e a encaro, em pânico.
— Que é merda é essa, Maya? No que é que você está pensando?
Ela sai do banheiro sem me responder, eu a sigo de volta para o quarto.
— Você não pode entrar no meu quarto sem bater. — é o que ela responde.
Eu tenho vontade de rir e até riria se não estivesse tão brava e horrorizada.
— O caralho que não posso. Você perdeu seu direto a privacidade nas últimas semanas, ainda mais depois de tentar tirar a própria vida! — explodo, e é a primeira vez que digo isso em voz alto.
Porra, é real mesmo.
Seus olhos se arregalam levemente e ela cruza os braços, levantando uma muralha.
— Você entende o quão ruim é isso? Você só tem quinze anos, Maya.
Sinto meus olhos começarem a ficar molhados, mas eu seguro as lágrimas.
— Você já pode dar do meu quarto agora.
— Não, eu não vou sair! Você não vai mais ficar sozinha até seu pai chegar e nós levarmos você até a psicóloga! Porque nenhuma garota da sua idade deveria estar tentando acabar com a própria vida, Maya! — não consigo controlar meu tom e acabo gritando com ela.
— Pare de cuidar da minha vida, isso não diz respeito a você! Você não é minha mãe, Natalie! — ela grita de volta.
— Você tem razão, eu não sou sua mãe, porque eu nunca abandonaria meus filhos como sua mãe fez.
Assim que as palavras saem da minha boca eu me arrependo amargamente. Não tenho tempo para pedir desculpa, pois sua mão se choca com a lateral do meu rosto o fazendo virar pelo impacto. Minha boca se abre em choque enquanto levo minha mão até o rosto, sentindo a pele atingida pelo tapa formigar.
Tudo bem, eu mereci.
Assim que volto meus olhos para Maya, a encontro completamente chocada, os olhos arregalados e sua mão cobrindo a boca.
— Ah, meu Deus. — ela sussurra.
E então ela começa a chorar, descontroladamente.
— Me desculpa, Natalie.
O choque passou e eu a envolvi em um abraço, enquanto ela continuava a repetir seus pedidos de desculpas. Seus joelhos se enfraqueceram e não consegui manter nós duas em pé, nos fazendo cair de joelhos.
— Shhh, está tudo bem. — eu recitava enquanto a embalava, Maya continua a chorar desesperadamente, pressionando seus olhos com as mãos.
— Eu sinto muito, me perdoa, por favor. — sussurrou novamente.
— Tudo bem, está tudo bem, está perdoada, shhh.
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Seis Vezes Confusão | 1° Livro Da Saga "The Williams"
Romance"A felicidade aparece quando você menos espera." Após perder tudo do dia pra noite, Natalie Johnson em uma noite de tempestade na Geórgia acaba batendo na porta de um completo desconhecido, que por obra do destino, iria mudar sua vida para sempre. E...
41 _ Psicóloga...
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