— Tai, você pode entrar e sentar. — Jackie diz ao se aproximar da mulher e fecha a porta do seu escritório. — E me desculpa a bagunça, eu ainda estou ajeitando a minha sala.

Tai apenas continuava de boca aberta enquanto encarava Jackie.

Jackie juntos as mãos em frente ao corpo e se balançou no lugar, apenas esperando alguma reação de Tai.

— Tai, você está começando a me preocupar. — Jackie ri sem jeito depois de olhar o relógio na parede da sala e perceber que Tai estava de boca aberta a quase três minutos.

— Que porra é essa Jackie?! — É a primeira coisa que Tai consegue falar. — O que você está fazendo aqui?

— Eu tenho uma reunião com você.

— Não fode Jackie. — Tai fala, quase que sem paciência. — O que você está fazendo na sala do seu pai e, mais importante, por que você está de volta?

— O motivo de eu estar de volta é justamente o motivo de eu estar na sala do meu pai. — Jackie apontou para uma das cadeiras em frente a sua mesa enquanto caminhava em direção a sua própria cadeira. — Eu vou assumir a empresa e, esse é um dos motivos de você estar aqui.

— Você voltou para assumir a empresa do seu pai? — Tai pergunta ainda em choque, recebendo de Jackie um aceno com a cabeça. — E mandou me chamar?

— O prédio que você já entrou com uma ação contra a empresa do meu pai. — Jackie respira fundo. — Não precisa mais da ação, vamos dizer ao juiz que chegamos a um acordo.

E então Tai começou a rir alto.

Jackie apenas esperou que a amiga terminasse de rir, não sabendo se Tai estava rindo por ela estar de volta ou de alívio por não precisar mais mover uma ação contra o pai dela.

— Você terminou ou quer uma água? — Jackie pergunta depois de um tempo e revira os olhos quando Tai volta a rir ainda mais alto.

— Ai, desculpa. — Tai pede enquanto tenta controlar a risada. — Você, Jackie Taylor, de volta do nada e assumindo a empresa do pai, dando ordens é algo engraçado.

Jackie revirou os olhos.

— Olha, se você quer continuar com a ação inútil é só me falar e meus advogados vão resolver tudo. — Jackie fala, perdendo a paciência rapidamente. — E pode ir embora se for isso que você quer, eu estou aqui falando sério.

— Certo, desculpa. — Tai fala tentando controlar um sorriso que queria nascer em seus lábios. — Por que eu largaria a ação que estou movendo contra a sua empresa?

— Porque eu vou mandar reformar o prédio para ser um local de moradia digno para aqueles que precisam. — Jackie fala como se fosse óbvio. — Nós duas sabemos que, apesar da ação que você está movendo, o prédio precisa de boas reformas para que ele não desabe com pessoas lá dentro.

Certo, agora Tai estava realmente chocada com Jackie. A sua antiga amiga nem bem havia voltado e já estava fazendo um trabalho melhor que o pai dela.

— Uau. — É tudo o que Tai consegue falar. — Você simplesmente... uau.

— E então, podemos discutir sobre como vamos fazer para arranjar um outro lugar para as pessoas que estão ocupando o prédio ou você prefere voltar a rir?

...

Ter uma namorada rica era incrível e Nat nunca iria reclamar disso.

Ela amava Lottie e amava o quanto ela a apoiava, mas ainda existia aquela parte de Nat que queria poder ser mais. Ser mais para ela e ser mais para a namorada.

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