Até agora, Draco tinha sido tão hábil que não seguiu nenhuma das regras de cortejo, e ignorou espetacularmente aquelas que proibiam o toque físico. Porém, o fato de ele já ter dormido com Hermione não foi o que o manteve distraído naquele dia de trabalho – um acontecimento único, porque ele estava sempre concentrado enquanto preparava poções.
O relógio pendurado na parede do laboratório marcava quatro e meia, o que significava que ele mal tinha vinte e cinco minutos para corrigir seu comportamento deplorável.
Ele lançou os feitiços de limpeza no caldeirão agora vazio e foi até a loja, feliz por encontrá-lo vazio, exceto pelo Sr. Corelli, que estava ocupado anotando os novos pedidos no caixa.
— Senhor Corelli?
— Sim?
— Seria um problema se eu fosse agora? Eu terminei as poções.
O bruxo mais velho levantou a cabeça da mesa e olhou para ele para assentir.
— Sim, você pode sair. Claro.
— Obrigado. Vejo você na segunda-feira. — Draco estava com a mão na maçaneta quando lambeu as gengivas e virou-se para encarar o Pocionista novamente. — Por acaso você conhece uma florista? — ele perguntou. — Uma boa.
Corelli colocou a pena sobre a mesa e endireitou-se de costas para olhá-lo com seriedade.
— Quão boa?
— A melhor.
— Deixe-me pensar. — Ele passou os dedos pelo queixo, pensativo. — Il Giardino di Miranda — ele deixou escapar depois de alguns segundos. — Fica na Via dei Della Rocca, rua número 87R.
Via della Rocca, Draco repetiu silenciosamente em sua mente.
— É perto do Ministério, certo?
Corelli baixou a cabeça.
— É preciso caminhar como se fosse para a Piazza della Follia, e a Via della Rocca é a primeira ou segunda rua à esquerda antes da Piazza. Tem uma loja de Quadribol na esquina, você não pode se perder.
— Obrigado, Sr. Corelli.
— Sim, tanto faz. — O bruxo mais velho gesticulou para que ele saísse. — Agora vá, Casanova.
Vinte minutos depois, encostado em uma das colunas do pórtico do Ministério Italiano, Draco pensou que talvez isso não fosse uma boa ideia.
Sem talvez: era uma ideia horrível, e ele era um idiota.
Apesar de seus esforços para passar despercebido, parecia que havia uma força magnética que arrastava todos aqueles que entravam ou saíam do Ministério a fixarem os olhos nele.
Eles devem tê-lo reconhecido. Claro que sim: não havia muitos bruxos com aquele cabelo em Florença. Eles sabiam quem ele era e estavam razoavelmente se perguntando o que Draco Malfoy estava fazendo no Ministério Italiano com um buquê de vinte e uma rosas vermelhas.
Hermione iria matá-lo imediatamente por ter ousado atrair tanta atenção para si mesmo em seu local de trabalho.
O que diabos ele estava pensando?
Mas esse era o problema: ele não estava pensando nada. Era sua maldita educação tradicional que o levou a fazer gestos absolutamente idiotas e antiquados para uma garota que queria manter seu relacionamento em segredo até menos de uma semana atrás.
Em retrospecto, Hermione faria muito pior do que apenas matá-lo. Ela iria terminar com ele, porque ele era incapaz de se comportar como um ser humano normal.
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A Dangerous Collection | Tradução - Dramione
FanfictionOito anos após a derrota de Voldemort, Draco Malfoy deixou a Inglaterra para sempre. Ele se tornou um Pocionista e trabalha em uma Loja de Poções em Florença. Ele acha que o passado acabou, até que um dia uma famosa garota de cachos bagunçados e olh...
Capítulo 20
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