Chalé

conhecer novamente

Regina -sim, se não me engano ele se chama....-foi cortada pela mulher.

L- Rafael?-regina a encarou abismada.

Regina- sim, Rafael. Nem vou me surpreender mais com essa bizarrice.

L-ele...como...como eles..digo, como eles se tratam? Ela parece gostar dele?

Regina-Nao sei, mas acho que o fato dela ter visto um certo beijo entre um certo casal.... talvez faça ela gostar mais um pouquinho, hum...o que acha?

Louise tencionou, e um resquício de raiva tomou conta de seu olhar.
L-Não foi um beijo, e...eu já resolvi tudo com roberto.-falou cabisbaixa.

Regina-ei eu estou brincando, ele chegou com um buquê para ela, era visível o desconforto dela.-falou quando viu que exagerou na brincadeira.

L- isso não muda o fato dela ainda ser noiva dele.-suspirou.

Regina- não acho que o noivado vai continuar, afinal ele tem um caso com o seu....-arregalou os olhos quando se deu conta do que ia falar.

L-com o que? Espera ele tem um caso?? Ela só ficou em coma seis meses, mais que cretino.

Regina- com..com..nada! Tenho que ir e o Roberto virá te falar sobre como vamos continuar com seu tratamento, para que seu corpo volte logo ao normal, sim? Tchau minha amiga.-saiu praticamente correndo.

Louise balançou a cabeça em negação e sorriu do jeito destrambelhado da amiga.
Minutos depois Roberto chegou e assim explicou para ela, que os membros de seu corpo não iriam saber como se movimentar. Pelo tempo passado as pernas dela teriam que se acostumar com o peso do corpo e seu cérebro saber que ela já não estava mais em coma.

L- obrigado Roberto, você acha que eu conseguiria me sentar? Numa cadeira?- Roberto sabia do por que Louise queria se sentar e sabia mais ainda aonde ela queria ir.

R-você está querendo fazer arte dona Louise?-falou indo em direção ao cômodo onde ficava a cadeira de rodas- vou te levar até o quarto dela, venha vou te pegar no colo, tudo bem?

Louise sorriu e fez que sim com a cabeça.
Entre conversas foram lentamente em direção ao outro andar.. chegando perto da porta ouviram risadas animadas e Louise não sabia que assim como seu coração estava apertado o de Roberto também, afinal ele conhecia bem aquela risada.

Roberto olhou para louise pedindo permissão para bater na porta e a mesma deu, depois de dois toques ouviu a voz de Giovanna permitindo a entrada.

Ao ver Louise, Giovanna abriu um sorriso singelo, mesmo brava com a mulher seu coração se enchia de alegria por vê-la.
Mas a mulher não estava com uma cara nada boa, ficou encarando aquela cena que estava a tirando de órbita. Aquela aproximação de Giovanna e Rafael fez seu estômago embrulhar.
Roberto notando o desconforto da mesmo limpou a garganta e se pôs a falar.

Roberto- Olá Giovanna, como está hoje?-olhou de relance para Rafael o que não passou despercebido por giovanna.-ola rafael.-se limitou a dizer.

Rafael-ola Roberto.-dessa vez foi Louise quem se impressionou com o jeito de Rafael falar. Havia algo nas entrelinhas daqueles oi's.

G- estou bem e você Dr?-falou ignorando o olhar tenebroso de Louise.

Roberto-estou bem, obrigada.

L- atrapalhamos algo?-falou com ironia-.

G- Não, pelo menos não como eu lhe atrapalhei na noite passada.-falou com ácides.

Roberto e Rafael se olharam, Rafael sem saber o que estava acontecendo e Roberto por saber demais.
Estava tenso pois sabia que uma hora sairia o assunto do suposto beijo, e Roberto havia agido sem pensar.

L- se tivesse ficado um pouco mais lá teria visto que não estava atrapalhando coisa alguma.-falou travando a mandíbula.-desculpe, mas dr Roberto é permitido que visitantes fiquem montados nos leitos dessa maneira?-falou erguendo uma sobrancelha.

Roberto numa saia justa, coçou a garganta.
Roberto- Rafael, sugiro que desça da cama por gentileza, acho que as pacientes tem algumas pendências a resolver.

Rafael desceu rapidamente da cama e em pé colocou-se a alinhar sua roupa.
Roberto, claramente com ciúmes de Rafael mal o olhou novamente, e Rafael sabia exatamente o por que.

Rafael- já que elas tem pendências a resolver, me acompanha para um café?-falou ficando vermelho.
Mal percebeu que Giovanna encarava a situação.

Quando estavam saindo do quarto Giovanna falou.

G- Rafael?-ele virou e a olhou.-como eu disse, você será incrível..vocês, no caso.-piscou para ele.
Roberto percebeu do que se tratava e sorriu para a menina, caiu por terra o ciúmes bobo que sentiu momentos atrás. Com um menear de cabeça agradeceu silenciosamente a Giovanna.

Louise estava tão pocessa que não percebeu o que estava acontecendo ali.
Acordou de seu transe quando ouviu Giovanna pigarrear.

G- e então? Posso te ajudar com alguma coisa?-giovanna já não estava mais com raiva mas estava com ciúmes e não poderia evitar.

L-eu...eu... aquilo que você viu. Não é o que está pensando.

G- vem cá, mais perto.-louise foi vagarosamente com a cadeira.-você retribuiu?

Louise a olhou confusa..
G- o beijo Louise, você retribuiu?-perguntou sem paciência.

L-Não...-falou num sussurro, os olhos escuros a deixava desconcertada.

G- hm...-num rompante Giovanna começou a rir, a rir muito e Louise pensou que a menina estava tendo uma síncope.

L- do que está rindo?

G- você não vê?-continuou rindo. E Louise mais uma vez estava sem entender.-nao vê que eu estou com ciúmes do seu marido? Eu...eu que..nós que nem acontecemos de verdade.- em meio a risadas lágrimas brotavam de seus olhos.

L-giovanna...ei..eu..giovanna.-tocou a face da menina, que pareceu acordar de seu surto momentâneo.
Giovanna a encarou, olhou para seus olhos, logo para seus lábios.

G- céus, como você é linda.-beijou a mão da mulher que estava em seu rosto.

L- para mim aconteceu, nós acontecemos.-sussurou.

G- e se estivermos loucas?-perguntou, agora seus dedos estavam passando lentamente sobre os lábios de Louise.

L-Enlouqueceremos juntas meu bem.-fechou os olhos sentindo o toque gentil em seus lábios.

G- nós... nós podemos nos conhecer novamente?-falou absorvida pela sensação incrível que era estar na presença da dona de seus sonhos e devaneios.

L- quantas vezes forem preciso meu bem, todas, absolutamente todas eu irei voltar para você. E caso eu não consiga, sei que vais até mim.

Ouviram um soluço, nem sequer notaram quando alguém entrou no quarto.
As olhando chorando estavam as quatro pessoas que faziam parte de suas vidas.
Emma chorava segurando a mão de Regina e a mesma, mesmo tentando ser durona não conseguiu segurar as lágrimas que desciam em sua face, logo Emma secou completamente gentileza, acarinhando a bochecha de Regina.
Do lado delas estavam Roberto e Rafael, com os olhos cheio de lágrimas e também de mãos dadas.
Louise se surpreendeu mas nada falou, apenas sorriu e fez um movimento com a cabeça para que todos se aproximassem.

N/A: achei meio coco esse capítulo, mas é o que temos para hoje.
Um cheiro minhas beldades.❤️

Gente... A autora que aqui vos fala está sofrendo, e não é só pela doença do meu nonno. Meu coração está um tanto quanto bagunçado.
Tenham paciência para comigo, sim?!
Até a próxima.