Crise, apartamento e notificação

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                  DE VOLTA ao presente, isso era aliviante e desesperador

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DE VOLTA ao presente, isso era aliviante e desesperador. Minha mente vibra em informações e pensamentos saindo e voltando dela, olho ao redor mesmo não focando em nada, tentando apenas deixar minha mente mais clara e silenciosa.

Eu olhava fixamente para o relógio diante a mim, olhando distraidamente para os números nele. O som do relógio, as conversas abafadas que estavam acontecendo no andar debaixo e a luz do sol entrando pelas janelas do meu quarto misturavam-se em um turbilhão indistinto. A terapia deveria ser uma oportunidade para resolver questões do passado, mas, em vez disso, eu sentia o peso esmagador de anos de sentimentos não resolvidos.

De repente, tudo ao meu redor começou a fechar. O som do relógio parecia aumentar, cada voz soava como um grito, o ar parecia mais pesado, e a luz solar machucava a minha pele. Meu coração começou a bater descontroladamente, e senti uma onda de pânico subir pelo peito, apertando seus pulmões. Era difícil respirar, cada inspiração parecia um esforço monumental.

Tentei focar mais uma vez no relógio, mas minha visão estava turva. Minhas mãos tremiam incontrolavelmente e uma sensação de vertigem tomou conta. Meu peito apertou, como se uma mão invisível estivesse esmagando meu coração.

O som do relógio desapareceu completamente, substituído por um zumbido ensurdecedor em meus ouvidos. Levantei de repente. O movimento brusco fez o quarto girar violentamente ao meu redor. Cambaleei, tentando encontrar um ponto de apoio.

Tudo que eu queria era tentar escapar daquela sensação esmagadora. Meu peito ardia, e a minha mente corria descontrolada, lançando memórias e medos. Precisava sair dali, precisava de ar, precisava...

Me guiei para fora do quarto, mantendo um braço firme encostado nas paredes, desci a escada rapidamente e sai correndo pela porta da frente. Do lado de fora, o ar fresco bateu no meu rosto, mas a minha sensação de sufocamento persistia. Me sento na grama, tentando respirar profundamente. Fuma agora estava em meu lado, falando calmamente, mas as palavras eram difíceis de processar.

Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, a minha respiração começou a se estabilizar. O mundo ao redor começou a se tornar mais claro novamente, e o som dos pássaros e da minha família ao meu redor voltou lentamente. Olhei para Fuma, com meus olhos ainda arregalados de medo, mas começando a focar novamente.

— Eu... sinto muito. — Consegui sussurrar, a voz rouca e trêmula. — Eu só... não consegui...

Minha mãe balançou a cabeça, o rosto cheio de preocupação e compreensão.

— Está tudo bem, Harua. Você não precisa se desculpar. Vamos, sentar um pouco.

Fuma e meu pai me ajudaram entrar na propriedade novamente.

Respirei fundo, sentindo o ar encher meus pulmões de forma mais controlada. A presença de minha família, a firmeza de seus toques, auxiliavam a me ancorar de volta à realidade. O ataque de pânico estava diminuindo, mas a sensação de vulnerabilidade permanecia.

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⏰ Última atualização: Sep 03, 2024 ⏰

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