Segredos da Mansão Malfoy

Capítulo 22: Problemas e Soluções

Foi como a revelação de Mark novamente: ele estava plantando evidências de sua interferência no apartamento dela e deixando que ela descobrisse por si mesma.

Hermione não sabia como se sentir sobre isso, ela realmente não sabia. Ela achava que ele se importava com ela. Ele certamente se preocupava com ela. A gentileza e a consideração que ele exibia toda vez que a vestia para dormir e a aconchegava faziam seu coração doer de saudade. Draco estava obviamente tentando cuidar dela de outras maneiras também, mas por que fazer isso pelas costas dela? Por que não dizer diretamente a ela? Ela sabia que era teimosa e independente, mas certamente não era tão teimosa e independente a ponto de recusar as coisas que ele tentava lhe dar.

Ou ela faria? Draco achava que ela iria se firmar e rejeitar as coisas que ele queria fazer? Havia algo mais por trás disso?

Hermione sabia que tinha que pensar sobre isso. Ela não o evitou enquanto fazia isso, porque não sentia mais que poderia ficar longe. Ele havia tirado algo dela que a atraiu para ele como uma mariposa para uma chama, e ela disse a si mesma que tinha muitas oportunidades de considerar a propensão de Draco para o segredo enquanto ela consertava no Playground ou vasculhava a Mansão. Ela tinha certeza de que a oportunidade de falar com ele sobre isso se apresentaria eventualmente, e enquanto esperava por isso, ela o observou observá-la. Era tão reconfortante quanto desconcertante.

Hoje, porém, sua mente estava ocupada com outras coisas: o dia do pagamento.

Ela passou pela Weasley's Wizarding Wheezes e viu uma visão familiar de vermelho na janela. Ela decidiu se abaixar para dar a si mesma mais alguns minutos antes de ter que suportar a situação desconfortável em que se encontraria em breve.

"Oi, Ron!" ela disse.

"Mione!", ele disse surpreso, aproximando-se para abraçá-la. Ela estremeceu um pouco. Ela nunca gostou muito do apelido, mas nunca disse isso a Ron. O fato de ele ainda usá-lo depois que ela terminou com ele e o magoou tanto era gentil, e ela nunca conseguiu explicar que algo sobre isso a irritava.

Querida e princesa provavelmente também me irritariam.

Mas não. Ela amava as coisas que Draco a chamava. Elas pareciam especiais, como se ela pertencesse a ele. Mione sempre se sentiu um pouco preguiçosa, como se Ron simplesmente não quisesse perder tempo dizendo a sílaba extra em seu nome.

"Como vai a loja?"

"É mais fácil nesta época do ano com Hogwarts em sessão", ele disse, enquanto a guiava em direção a algumas coisas novas.

Ele mostrou a ela algumas bombas que faziam confetes explodirem quando explodiam, penas que eram enfeitiçadas para insultar quem estivesse escrevendo com elas ("pegamos isso no Mapa do Maroto") e, finalmente, um pequeno suporte para capas de invisibilidade.

"Cabelo demiguise?" ela perguntou curiosamente.

Ron assentiu. "Sim, com mais alguns feitiços de ocultação e um feitiço anti-invocação e coisas assim. Não acho que George e eu seremos capazes de recriar o de Harry, mas esses são o mais próximo que você pode chegar do que está no mercado."

Hermione teve que admitir que estava impressionada. "Você está certa, essas são bem parecidas", ela disse, enquanto tirava uma e a jogava sobre os ombros e olhava para os pés, que tinham desaparecido. "Não é tão leve quanto o de Harry, mas não dá para ver nada."

Nesse momento o sino tocou e, para surpresa de Hermione, Draco entrou com Blaise e Theo.

"Oh, olá!" ela chamou. Todos os três pararam enquanto a encaravam em confusão. Ron se mexeu muito desconfortavelmente ao lado dela.