O Garoto do Expresso Astral ( Honkai Starrail ) [PAUSADA]

✮4

À medida que nos aproximávamos da imensa árvore corrompida pelo Stellaron, a tensão no ar aumentava. Cada um de nós estava alerta, ciente de que a qualquer momento poderíamos enfrentar algum perigo oculto na floresta mutante. Liora liderava o grupo, seus olhos verdes atentos a qualquer movimento suspeito. De repente, o silêncio da clareira foi quebrado por um som profundo e gutural. Era um rugido que avançava através das árvores e do solo, fazendo com que as folhas cintilantes tremessem e os cristais negros emitissem um brilho mais intenso.

- Vocês ouviram isso? - perguntou Sete de Março com sua voz carregada de preocupação.

- Fiquem alertas! - Respondeu Dan Heng, já empunhando sua lança com firmeza.

Eu senti um calafrio percorrer minha espinha. O som estava ficando mais alto, mais próximo. De repente, da escuridão entre as árvores, emergiu uma criatura gigantesca. Era um híbrido grotesco, um amálgama de um animal local e o Stellaron. A criatura tinha a forma básica de um felino gigantesco, mas suas características naturais haviam sido distorcidas e corrompidas. Sua pele estava coberta por uma armadura de cristal negro, pulsante com a energia do Stellaron. Seus olhos, anteriormente vivos, agora brilhavam com uma luz fria e alienígena. As garras, enormes e afiadas, eram uma mistura de matéria orgânica e cristais brilhantes, capazes de rasgar qualquer coisa em seu caminho.

- Isso é terrível... - Sussurrei, observando a monstruosidade com uma mistura de horror e fascínio.

A criatura rosnou, expondo dentes que pareciam lâminas de cristal. De suas costas emergiam tentáculos que se moviam com uma vida própria, buscando algo ou alguém para agarrar. Liora, mantendo a calma, avaliou rapidamente a situação.

- Temos que ser cuidadosos. Esse híbrido é perigoso e claramente hostil. Precisamos encontrar uma maneira de contê-lo sem nos expormos demais. - Disse ela, sua voz firme mas calma.

Sete de Março recuou um passo, preparando seu arco e flecha para qualquer eventualidade, enquanto Dan Heng avançava ligeiramente, posicionando-se de forma estratégica.

- Cealus, precisamos pensar rápido. Se ele nos atacar, podemos estar em sérios apuros. - Disse Dan Heng, seus olhos fixos na criatura.

Eu balancei a cabeça em concordância com meu coração batendo rápido, mas minha mente focada.

- Certo. Precisamos estar prontos para qualquer coisa. Sete, mantenha-se atrás e contra ataque se necessário. Liora, fique de olho em qualquer abertura para conter essa coisa. Dan Heng, vamos nos preparar para o pior.

A criatura rosnou novamente, suas garras rasgando o solo à medida que se aproximava lentamente, cada passo fazendo o chão tremer ligeiramente. Estávamos cercados por uma sensação de perigo iminente, sabendo que a batalha poderia começar a qualquer momento. Cada um de nós estava em posição, preparados para enfrentar a ameaça que o Stellaron havia criado. A tensão estava no auge, e o destino de Elara dependia de nossa habilidade de conter essa abominação híbrida. Esperamos pelo próximo movimento, prontos para reagir. A criatura híbrida avançou com um rugido ensurdecedor, e a batalha começou de forma explosiva. Dan Heng foi o primeiro a atacar, brandindo sua lança com precisão letal. Ele golpeou uma das patas da criatura, sua arma emitindo um brilho azulado ao cortar através da armadura cristalina. Mas a criatura não recuou; em vez disso, lançou um de seus tentáculos contra ele, arremessando-o para trás com uma força brutal. Eu não hesitei. Empunhei minha espada flamejante, um presente de um AEON, e avancei. As chamas envolveram a lâmina, rugindo em um calor intenso enquanto eu desferia um golpe contra o flanco da criatura. O cheiro de carne queimada e cristal estilhaçado encheu o ar, mas a criatura retaliou, me atingindo com uma de suas garras. Fui lançado ao chão, sentindo a dor irradiar por meu corpo.
Sete de Março, de uma posição mais segura, puxou a corda de seu arco, disparando flechas precisas que brilhavam com uma energia luminosa. As flechas encontraram seu alvo, cravando-se nas juntas e nos pontos mais vulneráveis da criatura. No entanto, cada golpe parecia apenas enfurecê-la mais. Um tentáculo se esticou e agarrou Sete, puxando-a violentamente. Ela lutou, usando uma flecha para cortar o tentáculo e libertar-se, mas não sem sofrer cortes profundos em seus braços.
Liora, empunhando seu bumerangue com lâminas, lançou a arma com uma precisão devastadora. O bumerangue cortou através do ar e atingiu a cabeça da criatura, causando um corte profundo antes de retornar para as mãos de Aria.

- Continuem atacando! - Gritou Liora, seus olhos verdes ardendo com determinação. - Não deixem que ela se recupere!

A criatura rugiu de dor e fúria, seus movimentos tornando-se mais frenéticos e imprevisíveis. Um tentáculo chicoteou no ar, atingindo Liora e lançando-a contra uma árvore. Ela caiu ao chão, ofegante, mas ainda determinada a lutar. Dan Heng, recuperando-se do golpe inicial, correu para o lado da criatura, sua lança brilhando intensamente. Ele desferiu uma série de golpes rápidos, cada um encontrando uma junta ou um ponto vulnerável. A criatura gritou, suas defesas finalmente começando a falhar.

- Cealus, agora! - Gritou ele, enquanto recuava brevemente.

Com a espada flamejante em mãos, concentrei toda a minha energia e avancei. Saltei, girando no ar, e desferi um golpe devastador na cabeça da criatura. As chamas da espada explodiram em um brilho intenso, consumindo a carne e o cristal em um instante. A criatura estremeceu, um último rugido de agonia escapando de suas mandíbulas antes de cair ao chão com um estrondo. Sete de Março, com flechas prontas, disparou as últimas em uma salva final, garantindo que a criatura estivesse completamente neutralizada. Liora lançou seu bumerangue uma última vez, cortando os tentáculos remanescentes e impedindo qualquer possibilidade de regeneração.
Respirávamos pesadamente, nossos corpos marcados por cortes, hematomas e queimaduras. O silêncio voltou à clareira, apenas o som de nossas respirações preenchendo o ar.

- Conseguimos... - Murmurei, ainda incrédulo no chão me apoiando em minha espada.

- Foi uma luta e tanto, mas conseguimos... - Disse Dan Heng, ajudando Liora a se levantar.

Sete de Março limpava o sangue de seus braços, mas seu sorriso era de pura determinação.

- Nunca mais subestimarei um híbrido de Stellaron. - Disse ela, rindo nervosamente.

Liora se aproximou, seus olhos ainda brilhando com a intensidade da batalha.

- Vocês foram incríveis. Elara deve sua sobrevivência a vocês. - Disse ela, sua voz cheia de gratidão.

Enquanto nos recuperávamos, sentíamos a vitória amarga e doce ao mesmo tempo. Havíamos enfrentado uma batalha brutal, mas juntos, conseguimos vencer. Sabíamos que a luta contra o Stellaron não terminava ali, mas aquele momento de triunfo nos deu a força e a esperança de que poderíamos proteger Elara e qualquer outro mundo que precisasse de nós. Com a criatura finalmente caída, todos nós respirávamos pesadamente, exaustos e feridos. Eu olhei ao redor, vendo meus amigos machucados, e percebi que precisávamos cuidar de nossos ferimentos antes de nos aproximarmos mais da árvore corrompida.

- Precisamos fazer curativos antes de nos aproximarmos da árvore. - Sugeri, ainda ofegante. - Eu tenho um Stellaron dentro de mim, então posso ser mais resistente a seus efeitos. Mas vocês não têm essa proteção. Precisamos garantir que todos estejam seguros.

Liora ficou visivelmente assustada ao ouvir isso.

- Um Stellaron dentro de você? Como isso é possível? - Ela perguntou, surpresa e preocupada.

Sete de Março, sempre rápida para esclarecer as coisas, interveio.

- Cealus foi despertado com um Stellaron selado dentro dele por Kafka, uma caçadora de Stellaron. É uma longa história, mas essencialmente ele tem alguma resistência aos seus efeitos. - Explicou ela, pegando a mochila com suprimentos médicos.

Eu comecei a retirar os suprimentos da mochila, preparando-me para tratar os ferimentos. Sete de Março, que tinha cortes profundos nos braços, foi a primeira.

- Vamos começar com você, Sete. - Eu disse, pegando bandagens e um antisséptico.

Ela assentiu, estendendo os braços.