Os outros jogadores do time da Grifinória já estavam no vestiário. Wood era o único que parecia realmente acordado. Fred e Jorge estavam sentados, os olhos inchados e os cabelos despenteados, ao lado de uma quartanista, Alícia Spinnet, que parecia estar cabeceando contra a parede em que se encostara. As outras artilheiras suas companheiras, Katie Bell e Angelina Johnson, bocejavam lado a lado de frente para eles.
– Até que enfim, Harry, por que demorou? – perguntou Wood eficiente. – Agora, eu queria ter uma conversinha com vocês antes de irmos para o campo, porque passei o verão imaginando um programa de treinamento completamente novo, que acho que vai fazer toda a diferença...
Wood ergueu um grande diagrama de um campo de quadribol, em que estavam desenhadas muitas linhas, setas e cruzes em tinta de cores diversas. Depois, puxou a varinha, deu uma batidinha no desenho e as flechas começaram a se deslocar pelo diagrama como lagartas. Quando Wood deslanchou um
discurso sobre as novas táticas, a cabeça de Fred Weasley despencou no ombro de Alícia Spinnet e ele começou a roncar.O primeiro quadro levou quase vinte minutos para ser explicado, mas havia outro por baixo daquele, e um terceiro por baixo do segundo. mergulhei num estupor durante a falação interminável de Wood.
– Então – disse Wood, finalmente,me arrancando de uma irrealizável fantasia sobre o que estaria comendo no café da manhã, naquele instante, no castelo. – Ficou claro? Alguma pergunta?
– Tenho uma pergunta, Olívio – disse Jorge, que acordara assustado. – Você não podia ter explicado tudo isso ontem quando a gente estava acordado?
Wood não gostou.
– Agora, ouçam aqui, vocês todos – disse, amarrando a cara. – Nós devíamos ter ganhado a taça de quadribol no ano passado. Somos sem favor nenhum o melhor time da escola. Mas, infelizmente, devido a circunstâncias fora do nosso controle...
Wood esperou um instante para recuperar o próprio controle. A última derrota, visivelmente, continuava a torturá-lo.
– Então, este ano, vamos treinar mais do que jamais treinamos... Muito bem, vamos colocar as nossas teorias em prática! – gritou Wood, agarrando a vassoura e saindo do vestiário. Com as pernas dormentes e ainda bocejando, o time o acompanhou.Tinham passado tanto tempo no vestiário que o sol já estava todo de fora, embora ainda se vissem restos de névoa sobre o gramado do estádio. Quando entrei em campo, vi Ronald e Hermione sentados nas arquibancadas.
– Vocês ainda não acabaram? – gritou Ronald surpreso.E eu fingi não ouvir
Eu montei na vassoura, meti o pé no chão para dar impulso e sai voando, admito que estava ansioso para testa lá.
O ar frio da manhã bateu no meu rosto,me acordando com muito mais eficiência do que a longa conversa de Wood. Era uma sensação maravilhosa estar de volta a um campo de quadribol. Eu sobrevoei o estádio a toda velocidade, apostando corrida com Fred e Jorge.
—Nossa Harry!— falou Jorge
—Onde arrumou essa belezinha?— exclamou Fred, com um enorme sorriso.
— Eu ah vi em uma vitrine e comprei, — expliquei distraido. Ao ouvir um barulho.
– Que clique-clique esquisito é esse? – gritou Fred enquanto faziam uma volta rápida.
Procureia nas arquibancadas. Colin estava sentado em um dos lugares mais altos, a máquina fotográfica levantada, tirando fotos seguidas, o som estranhamente ampliado no estádio deserto.
– Olhe para cá, Harry! Para cá! – gritava se esganiçando.
– Quem é aquele? – perguntou Fred.
– Que é que está acontecendo? – perguntou Wood, franzindo a testa, enquanto cortava o ar em direção a eles. – Por que aquele aluninho de primeiro ano está tirando fotos? Não gosto disto. Pode ser um espião da Sonserina, tentando descobrir o nosso novo programa de treinamento.
– Ele é da Grifinória – informei.
– E o pessoal da Sonserina não precisa de espião, Olívio – acrescentou Jorge.
– Por que você está dizendo isso? – perguntou Wood irritado.
– Porque eles vieram pessoalmente – respondeu Jorge apontando.
Vários alunos de vestes verdes estavam entrando em campo, de vassouras na mão.
– Eu não acredito! – sibilou Wood indignado. – Reservei o campo para hoje! Vamos cuidar disso.
Wood mergulhou até o chão, aterrissando em sua raiva, com muito mais força do que pretendia, e
cambaleou um pouco ao desmontar. Eu, Fred e Jorge o acompanhamos logo em seguida.
– Flint! – berrou Wood para o capitão da Sonserina. – Está na hora do nosso treino! Levantamos
especialmente para isso! Pode ir dando o fora!
Marcos Flint era ainda mais corpulento do que Wood. Tinha uma expressão de trasgo astucioso quando
respondeu:
– Tem bastante espaço para todos nós, Wood.
Angelina, Alícia e Katie tinham se aproximado também. Não havia mulheres no time da Sonserina,
para ficarem, ombro a ombro, com ar de desdém, encarando os jogadores da Grifinória.
– Mas eu reservei o campo! – disse Wood, praticamente cuspindo de raiva. – Eu reservei!
– Ah, mas tenho um papel aqui assinado pelo Prof. Snape. “Eu, Prof. Snape, dei ao time da Sonserina
permissão para praticar hoje no campo de quadribol, face à necessidade de treinarem o seu novo
apanhador.”
– Vocês têm um novo apanhador? – perguntou Wood, distraído. – Onde?
E por trás dos seis jogadores grandalhões surgiu diante deles um sétimo, menor, com um sorriso que se
irradiava por todo o rosto pálido e fino. Era Draco Malfoy, meu Dray, eu havia me esquecido disso também.
– Você não é o filho do Lúcio Malfoy? – perguntou Fred, olhando Draco com ar de desagrado.
– Engraçado você mencionar o pai do Draco – disse Flint enquanto o time inteiro da Sonserina sorria
com mais prazer. – Deixe eu mostrar a vocês o presente generoso que ele deu ao time da Sonserina.
Os sete mostraram as vassouras. Sete cabos polidos, novos em folha, e sete conjuntos de letras
douradas, formando as palavras Nimbus 2001, reluziam sob os narizes dos jogadores da Grifinória, ao sol do amanhecer.
– Último modelo. Saiu no mês passado – disse Flint displicente, tirando um grão de poeira da ponta de sua vassoura com um peteleco. – Acho que bate de longe a série antiga das 2000. Quanto às velhas Cleansweep – e sorriu de modo desagradável para Fred e Jorge, que seguravam esse tipo de vassoura –,
varram o placar com elas.
Nenhum dos jogadores da Grifinória conseguiu pensar em nada para dizer naquele instante, eu era o único do time que exibia uma 2001.Draco exibia um sorriso tão grande que seus olhos frios estavam reduzidos a fendas.
– Ah, olha ali – disse Flint. – Uma invasão de campo.Ronald e Hermione vinham atravessando o gramado para ver o que estava acontecendo.
– Que é que está havendo? – perguntou Ronald olhando para mim. – Por que vocês não estão jogando? Harry onde conseguiu essa vassoura ?E que é que ele está fazendo aqui?
Olhava para Draco, reparando nas vestes de quadribol com as cores da Sonserina que o garoto usava.
– Sou o novo apanhador da Sonserina, Weasley – disse Draco, presunçoso. – O pessoal aqui está admirando as vassouras que meu pai comprou para o nosso time.
Ronald olhou, boquiaberto, as sete magníficas vassouras diante dele.
– Boas, não são? – disse Draco com a voz macia. – Mas quem sabe o time da Grifinória pode levantar um ourinho e comprar vassouras novas, também. Você podia fazer uma rifa dessas Cleansweep 5; imagino que um museu talvez queira comprá-las.
O time da Sonserina dava gargalhadas.
– Pelo menos ninguém do time da Grifinória teve de pagar para entrar – disse Mione com aspereza. – Entraram por puro talento.
O ar presunçoso de Draco pareceu oscilar.
– Ninguém pediu sua opinião, sua sujeitinha de sangue ruim – xingou ele.
Percebi na última hora o que Draco dissera, em segundos houve um tumulto instantâneo em seguida às suas palavras. Flint teve que mergulhar na frente de Draco para impedir que
Fred e Jorge se atirassem contra ele. Alícia gritou com voz aguda:
– Como é que você se atreve! – E Ronald mergulhou a mão nas vestes, puxou a varinha e gritou:
– Você vai me pagar! – E apontou a varinha, furioso, para a cara e Draco, por baixo do braço de Flint.
Um estrondo muito forte ecoou pelo estádio, e um jorro de luz verde saiu da ponta oposta da varinha de Ronald, atingiu-o na barriga e o atirou de costas na grama.
– Rony! Rony! Você está bem? – gritou Hermione.
Ronald abriu a boca para falar, mas não saiu nada. Em vez disso, ele soltou um poderoso arroto e várias lesmas caíram de sua boca para o colo.
Eu e o time da Sonserina ficanos paralisados de tanto rir. Flint, dobrado pela cintura, tentava se apoiar na vassoura nova. Draco caíra de quatro, dando murros no chão. Os alunos da Grifinória agrupavam-se em torno de Rony, que não parava de arrotar lesmas enormes. Ninguém parecia querer tocar nele.
– É melhor levarmos o Rony para a casa de Hagrid, é mais perto – disse Hermione olhando para mim, enquanto eu tentava disfacar o riso, com tosses, ela tentou arrastalo pelos braços, enquanto eu olhei para o Dray e pisquei com um sorrisinho de lado.Obrigado pela atenção 😊🙂
Beijo 😙😘
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Harry Potter: E Se a Morte Fosse Apenas o Começo?
FanfictionEscrito por Monkey D. Sally "Um vilão é apenas uma vítima cuja a história não foi contada" Quem é Harry Potter? [...] o problema Mione, é que ninguém sabe quem é Harry Potter de verdade, eles só sabem o que os livros e as histórias contadas pelas pe...
Sangue ruim.
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