Capítulo 67 - Rachaduras

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Finalmente o dia está chegando, sem aquela mulher, meu plano irá dar certo. A lua fingindo apenas ser um satélite normal, claro que alguns jogadores estranharam por ela não ter cara nesses anos quem conhece realmente o jogo original. Para a alegria deles...

O sorriso da lua apareceu lentamente.

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O dia seguinte chegou, fui acordada pela Zig, ela ainda está em forma humana para poder cuidar de mim melhor, ela abriu a cortina e me balançou um pouco. Agora só tem nós duas, numa casa de árvore vazia.
É estranho ver Zig bem quieta, não reclamo, ainda estou no momento de vulnerabilidade e ela é bem cuidadosa comigo. Ainda estou desanimada, deprimida.

- Yukiri, quer que eu faça o café da manhã para você? Não precisa se levantar na cama - Ela pergunta com aquela voz aveludada.

Eu olho para ela e balanço a cabeça sendo um "sim", muito agoniante eu não falar nada, minhas cordas vocais parecem que foram arrancadas de mim.
Ela desceu e fiquei esperando ela já que perdi meu sono, quer dizer, eu perdi ele quando tive um sonho com a Amaya, aquele que eu tive uma alucinação quando tomei o lírio dourado, meus olhos estavam inchados pois eu chorei, quanto tempo eu estou nesse inferno? Sento já cama e olho para meu pulso direito, a ausência da minha mão é uma estranheza mas também assustadora de ter visto bem na minha frente, uma cena horrorosa que eu senti. Me arrependo de ter conhecido o vendedor de máscara.

- meu estômago está doendo, toda aquela emoção sem comer...meu ácido deve está agitado

Fungo meu nariz e fico encarando o quarto esperando Zig. Minutos depois, vejo ela subindo segurando uma bandeja com o café da manhã bem diversos de nutrientes que preciso ter, frutas vermelhas com mirtilo, granola, torradas com ovos, chá de gengibre e pequenas bisnagas com geléia de laranja. Era tão colorido que dei até um sorrisinho.

- Espero que come tudo, depois eu te passo alguns remédios

Pego uma bisnaga e como sentindo a geleia em minha língua, meu estômago começa a funcionar, Zig agora me esperava até eu comer tudo, eu comia com prazer pois está muito bom, foi feito com tanto carinho. Fico feliz que ela se importa comigo e cuida tão bem, a fada não merece viver nesse lugar.

- Como está? Está se sentindo melhor?

Eu olho para ela e com a minha mão esquerda faço um sinal de "mais ou menos", ela sorri gentilmente e arruma meu cabelo para alguns fios não encostar na comida. Como a torrada com ovos que está bem fresco, acho que essa forma física da fada é para casos de emergência como agora. Falando em fadas...

- preciso ver a Trixie...

- Você precisa descansar Yuki - Olho para ela surpresa. - Sim, eu posso ler a sua mente mas é temporário

- testando...número...sete!

- Por que os seres humanos sempre escolhem o sete?

Tomo meu chá desviando o olhar, talvez o Ben programou alguma coisa para a Zig conversar comigo enquanto estou sem voz, aquele imbecil. Quero usar a Thunderspear contra ele.

- Senhorita Konaho se acalme, você está tremendo pode derrubar o chá

A linguagem do meu corpo dá vários sinais de que ainda estou com raiva, ela tira delicadamente a xícara de chá da minha única mão e fico mordiscando várias frutas. Hoje eu realmente não estou querendo fazer nada, ao não ser escrever o meu diário, mas pro meu azar eu sou destra e não sei escrever com a mão esquerda. Até nisso preciso da ajuda da Zig. Fiquei tanto tempo naquele casarão que é muito estranho está na minha própria casa e saber que posso sair na hora que eu quiser.
O que os outros faziam? Sally com certeza era um pesadelo de ficar no mesmo teto que aquele criminoso do tio dela, espero que ele esteja no inferno. O meu único erro foi não ter falado que fui eu que matei aquele desgraçado, será que mudaria o destino? Amaya estaria viva e ainda ajudar Sally a sair daqui. Eu fui inútil e matei todos indiretamente.

Secret's Dive // Ben DrownedWhere stories live. Discover now