Pausa da sua tristeza

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Vermelho. A cor mais quente existente. Ele representa os sentimentos mais intensos: amor e ódio.

Dizem que eles são opostos. Realmente são, mas também são parecidos. Cada um com sua particularidade, mas também com sua semelhança.

O amor representa carinho, cuidado, afeto, preocupação por alguém. Ele representa a mais pura atenção por alguém, o mais puro sentimento cordial.

O ódio representa dor, falta, rejeição, solidão. Ele transmite o mais puro desgosto por alguém.

Em sua teoria, colocamos eles em oposição, mas, na prática, são extremamente iguais e confusos.

Laranja. A cor da confiança e amizade. Ele ultrapassa as barreiras do amor romântico.

A confiança é entregar tudo de si à alguém sabendo que aquela pessoa cuidará como o bem mais precioso. Ela também é acreditar em si e no seu potencial, acreditar que pode fazer algo.

A amizade é a conexão mais verdadeira que o homem pode provar. Ela vai além de amar romanticamente alguém, ela é a verdadeira preocupação, o encontro de almas, o cuidado entre pessoas que sentem a verdadeira essência do outro.

Amarelo. A cor da alegria e da leveza. Ele mostra o lado mais doce e compreensivo das pessoas.

A alegria é a forma em que o ser humano expressa todos os sentimentos bons que possui. É com ela que os sorrisos mais bonitos e sinceros surgem.

A leveza é a plenitude humana, a forma mais simples de mostrar a paz do corpo e da mente. É a forma como nós podemos nos conectar com as pessoas.

15 de setembro de 1786

Assim, em mais uma manhã, Diego finalizava um quadro. Esse era seu hobbie, pintura. Para ele, seus quadros eram medianos, mas, para distrair-se, em o suficiente.

Um lampião no meio da noite, sua chama espalhava luz por todo o quadro. A Lua estava no fundo, junto de casas e estrelas.

Não pôde evitar relembrar do dia em que viu o sorriso de Amaury e sua pele brilhando abaixo do fogo, precisava registrar algo, mesmo que indiretamente.

— Senhor, — um servo apareceu na porta do estúdio. — há uma carruagem em frente à porta. Está em nome de seu pai.

Diego sentiu um arrepio passar por sua espinha e engoliu em seco.

— Obrigado por avisar. — ele retirou o avental e limpou as mãos.

Assim que chegou na casa de seus pais, foi guiado até o salão principal, onde seu pai se sentava em uma ponta enquanto olhava o filho adentrar o cômodo.

— Pai. — ele tentou manter a voz firme.

— Diego, quando pretendia me contar sobre a manifestação?

— Não tive tempo para contar. Estava muito ocupado com a vinícola. — ele deu passos para traz quando seu pai levantou dando passos em sua direção.

— Eu mandei me informar de tudo que é dito nas reuniões. Não fui claro, por acaso?

— Foi sim, pai, mas eu-

— Não tem "mas", Diego. — Jean o interrompeu chegando perto dele.

Diego tinha uma cara assustada, sabia do que seu pai era capaz.

— Você, Diego Martins, é um imprestável! Eu mandei fazer algo simples e nem isso você fez! — ele gritava chamando a atenção de todos que estavam na casa.

Diego começou a lacrimejar.

— Eu não sou imprestável! Eu faço tudo o que o senhor manda! E você que sai à noite, deixando a mamãe sozinha em casa, enquanto come alguma mulher por aí? — ele falava cada vez mais alto. — O senhor é sujo, é nojen-

Amor e RevoluçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora