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[N/A: Demorei, mas voltei pra essa!]

Steve se mexeu ao seu lado, ainda adormecido, mas a batida persistiu.
“Vossa Alteza, precisamos da sua presença imediata,” uma voz severa ressoou do outro lado da porta.
Natasha franziu o cenho. Alteza? Ela se virou para Steve, cutucando-o com força para que ele acordasse. Outra batida, ainda mais forte. “Alteza!” A porta então se abriu com força, e um homem alto, vestindo um terno escuro, entrou apressadamente no quarto.
“Alteza, a corte está em alvoroço. Temos procurado pelo senhor desde a manhã.”
Foi como se ela fosse parte da mobília. O homem não lhe prestou qualquer atenção, mesmo estando nua sob o lençol que agarrava contra si. Natasha olhou de um para o outro, perplexa. “Espera... Alteza? Do que ele está falando, Steve?”
Steve suspirou, passando a mão pelo rosto, como se estivesse se preparando para uma conversa que não queria ter tão cedo. "Natasha, eu... ia te contar, eventualmente. Eu sou—"
“Príncipe Steven de Dravonia,” o guarda cortou impacientemente. “Precisamos de sua atenção imediata, Alteza.”  Steve segurava o lençol na frente do próprio corpo, não parecendo constrangido por aquele homem, quem quer que fosse, vê-lo quase nu. Aquilo sem dúvidas não estava acontecendo pela primeira vez. O guarda-costas então se virou para Natasha, estendendo um envelope com um papel dentro. “Você vai precisar assinar isso, senhorita.”
Ela pegou o papel, ainda um pouco atordoada, e olhou para Steve, buscando algum tipo de explicação melhor do que o que estava acontecendo. “Espera aí, o quê? Isso aqui é um contrato para eu não falar que... dormi com o príncipe?”
“Sim, se chama um Acordo de Confidencialidade.” O homem respondeu, como se ela fosse uma completa imbecil.
“Eu sei o que um acordo de confidencialidade é, não sou uma prostituta analfabeta!” Ela subiu a voz.
Steve deu um passo à frente, parecendo frustrado. “Natasha, não é assim. É um protocolo. Eu não quis te envolver em nada disso.”
Ela rolou os olhos. “Protocolo? Sério, Steve? Então, deixa eu ver se entendi. Você tem por hábito dar diamantes em drinks para mulheres bonitas e impressionáveis, as quais você faz assinar um acordozinho qualquer e vai embora? Esse é o protocolo?”
“Não é isso...” Steve começou a dizer, mas o guarda, impaciente, interrompeu.
“Precisamos que isso seja tratado o mais rápido possível, Alteza. Já estamos bastante atrasados.”
“Ah sim, desculpe, o príncipe de Caralholândia não pode ser atrasado por uma plebeia qualquer.” Ela jogou o contrato de volta para o guarda, visivelmente irritada.
“Tenha respeito, senhora, é um Príncipe.”
“Não sou súdita de vocês! Vão fazer o que, me prender? Eu nem sabia quem esse imbecil era até dois minutos atrás, você menos ainda.”
Steve se aproximou, as mãos levantadas em um gesto conciliador. “Natasha, por favor. Eu juro que não é assim que eu queria que você descobrisse. Eu só... as coisas são complicadas.”
Ela cruzou os braços, sem esconder o desconforto. “Complicadas? Isso aqui não parece complicado, Steve. Parece bem simples. Você é um príncipe, eu sou uma turista. Foda-se.”
“É só um protocolo para te resguardar.", ele disse, a voz quase desesperada.
Natasha suspirou, as emoções conflitantes finalmente tomando forma. Ela não estava exatamente furiosa, mas a frieza e a formalidade da situação faziam sua paciência se esgotar. “Olha, Steve, ou Alteza, seja lá como devo te chamar agora... não se preocupe. Eu não vou sair por aí espalhando que dormi com o príncipe. Não sou esse tipo de pessoa. Mas essa coisa toda? Isso...” Ela gesticulou para o guarda e o contrato. “...é desrespeitoso com qualquer pessoa, não me interessa quão dono do mundo você seja.”
Steve suspirou, tentando se aproximar novamente. “Natasha...”
Ela ergueu a mão, interrompendo-o. “Eu entendo, tá? Você tem a sua vida, com seus protocolos, e eu tenho a minha. Acho que talvez seja melhor eu ir, antes que essa situação fique mais estranha.”
O guarda deu um passo à frente, aparentemente aliviado por ela estar colaborando. “Precisamos mesmo que—”
“Ah, dá um tempo com isso,” ela o cortou com um olhar irritado. “Eu já disse que não vou falar nada. Agora, me dá licença.” Ela se virou para Steve uma última vez, um meio sorriso de resignação no rosto. “Bom, foi divertido, Steve. Ou Vossa Alteza. Seja lá o que for.” Enquanto falava, jogava o vestido de volta no próprio corpo, forçando o guarda a olhar para o outro lado.
Ela saiu do quarto carregando os sapatos e a bolsa, deixando Steve parado, claramente sem saber o que fazer, enquanto o guarda a observava sair, já voltando a focar no que viria a seguir.

Royals [STEVENAT]Où les histoires vivent. Découvrez maintenant