It's up to you

Seven

Boa leitura, votem e comentem por favor 🗽

Gosto de quando os sonhos dominam a minha mente pela madrugada, nos sonhos eu posso viver uma vida feliz. Tudo bem que nem todos são maravilhosos, alguns são cheios de ansiedade daquele tipo que apareço na Columbia completamente nu e fico desesperado tentando me esconder de todas as pessoas.

Gosto até de estudar os sonhos, me interesso pela teoria Freudiana, em uma viagem que fiz para Londres visitei a sua última casa, lembro perfeitamente do sentimento que tive enquanto fazia o tour guiado. Uma sensação de que ali viveu um grande homem, inteligente a ponto de descobrir uma parte da nossa mente até então completamente desconhecida, o nosso inconsciente, onde mora os nossos maiores desejos e medos.

Tivemos uma aula básica de introdução à psicologia no primeiro semestre, entretanto foram os anos fazendo análise que me encantei mais pelo assunto. Acabei pedindo recomendação de livros para minha psicóloga, me encanta a forma com que esses profissionais conseguem nos ler com o que contamos a eles, mais do que nós mesmos podemos nos conhecer.

Os sonhos nada mais são do que conteúdos que estão no nosso inconsciente, e que são transformados pelo nosso pré-consciente para aparecerem de forma que o nosso consciente dê conta de lidar com tudo. Por isso, muitas vezes são bem estranhos e confusos, mas podem nos contar muito.

Gosto de anotar quando acordo e levar para as sessões, descobrir um pouco mais do que habita na minha mente perturbada e tentar acessar cada vez mais o Harry de verdade. Por mais que ele possa me causar medo, ele sou eu e é um processo doloroso mas extremamente prazeroso ao mesmo tempo.

Nessa noite sonhei com Louis, vivíamos juntos em uma casa bonita, com um jardim extenso, as minhas flores favoritas faziam parte do belo cenário, posso até sentir o cheiro misturado das outras árvores, um cheiro que remete a um lar.

Um lar, que somente sonhando posso tê-lo, gostaria de voltar a dormir e continuar vivendo aquela vida que parecia tão boa, sem um aperto no peito, com o sorriso bonito do homem com quem dividia aquele lar comigo, me cumprimentando com um beijo de bom dia.

A diferença do significado do lar para uma casa é gritante.

Deve ser por isso que existem palavras específicas para remeter a cada uma delas, uma que não conheço e outra que se trata de paredes que separam cômodos, convivência com pessoas que não são agradáveis e que não me trazem nada além do que repulsa, raiva e descontentamento.

Ao abrir os olhos, reflito se aquele apartamento no Brooklyn também é um lar para Louis. Foi naquele apartamento que fizemos coisas que eu jamais imaginaria fazer com ele. Nos entregamos de uma forma ardente aos nossos desejos, pelo menos ao meu desejo.

O fato de estar me entregando para Louis de diversas maneiras, é como uma montanha russa, em momentos estou com um frio na barriga pronto para encarar uma descida e rodopiar em algum looping e outros estou morrendo de medo, naquele momento de expectativa que o carrinho do brinquedo demora a subir, causando um certo terror do porque decidi que dar uma volta nisso seria uma boa opção.

Essa dualidade de emoções estão presentes o tempo todo, a busca por respostas que poderia trazer certa segurança de que estar com Louis não é errado. Poderia ser um erro quando os momentos são bons? Poderia tudo virar do avesso e depois me arrepender de cada instante em que tive coragem de falar sobre a minha realidade? Poderia tudo se tornar um outro grande trauma?

O sonho de acordar pelado na Universidade é um medo real, de que um dia eu me desfaça de tudo o que me cobre para ele e me enxergue por completo, sem nenhuma máscara, sem nenhuma roupa, sem nenhuma mentira ou omissão, que me veja como nem eu ainda tive coragem ou certa maturidade. E aí quando isso acontecer, ele será a pessoa que irá apontar e rir.