+18|
A única missão que Faye tem se mantém bem fresca em sua cabeça: Escoltar e proteger a filha do maior mafioso italiano, mesmo que à força, pois a segurança dela agora é sua maior prioridade.
Só que com o passar dos dias, Faye percebe que apesar...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Tive uma semana complicada na delegacia. Ao todo foram sete casos fechados, mas ao mesmo tempo que me sinto satisfeita com meu trabalho, também estou permitindo o cansaço predominar. Estou treinando tanto que meu corpo já não aguenta mais tanto esforço físico, parece que nunca está bom, mas estou com tanta raiva da vida que preciso descontar em alguma coisa de quiser me concentrar no meu próprio trabalho. Ultimamente só consigo pensar em meus pais, toda hora ligo pra eles para me certificar de que tudo está bem e que Big não fez nada com eles. Eles não entendem quando ligo, provavelmente devem achar que eu enlouqueci por estar ligando tanto assim pra eles... mas sério, não consigo ficar em paz com tudo isso acontecendo.
Não sei se Big ainda está atrás da minha família, mas desde o dia que Yoko voltou pra casa dela, ele nunca mais me ligou ou mandou mensagem. Acho que eles desistiram disso, mas eu ainda assim não consigo ficar em paz sabendo que eles estão por aí e podem querer se vingar por eu ter abrigado Yoko na minha casa.
E por falar nela, ela nunca mais apareceu na minha frente... e eu realmente acho que vai ser melhor assim. Yoko ainda é uma garota nova, entendo as reações dela, ela ainda está aprendendo a viver... enquanto eu tenho experiências o bastante para saber que não preciso de um relacionamento na minha vida. Já vi muitas pessoas próximas sofrendo por amor, e por mais que eu tenha consciência de que cada um tem sua própria vida e experiências diferentes, não quero isso. Eu não quero me relacionar com ninguém.
— Amanhã é nossa folga, precisamos sair hoje pra comemorarmos — Engfa bate no meu ombro ao passar na minha bancada. Me encosto na cadeira e fecho meus olhos, tão cansada que sinceramente dormiria aqui mesmo — quase nunca temos um dia de descanso, Faye! Bora, você precisa reagir um pouco.
— Eu só quero ir pra casa, tomar banho e dormir até meio dia, Engfa. Pode ir comemorar sozinha, não tô afim de sair.
— Faye, qual foi! Você já foi muito mais animada, o que está acontecendo?
— Nada, porra. Só estou cansada! — empurro uma caneta pra longe do balcão para que eu consiga encostar meus cotovelos e resmungo — tem noção do que é acordar às quatro da manhã e ir dormir só meia noite? Eu estou moída, Engfa.
— Está acordando esse horário porque é uma idiota, sabe que não precisa disso.
— Eu quero me destacar outra vez, fiquei muito tempo longe da delegacia, quero voltar a minha rotina normal.
— E voltar a ser uma alienada do caralho que só sabe trabalhar e nem sequer olha ao redor para curtir a vida, Faye? Nem fodendo. Você vai comigo na festa que eu te falei, e não quero ouvir reclamações.
Ela pega a chave do carro, apaga a luz da sala e sai sem me dar a chance de falar alguma coisa. Respiro fundo, sabendo que lutar contra ela será uma tarefa muitíssimo complicada, mais complicada até que ir a tal festa, então prefiro apenas ir e depois voltar pra casa quando sentir que não aguento mais. Quando chegamos no carro dela, quase me deito no banco de tão cansada que estou, mas mantenho o corpo sentado para não acabar dormindo aqui.
