Maraisa chegou eufórica ao apartamento onde estava hospedada temporariamente. Fora um milagre conseguir aluga-lo sem um prazo longo ou específico. Tratou logo de telefonar para uma transportadora e combinou a mudança para a primeira hora da manhã. Tendo combinado tudo tratou de ligar para sua mãe, a fim de dar a boa notícia.
- Olá, madre. - Saudou feliz.
- Olá, mi hijá. Que alegria é essa que você está transparecendo na voz apenas com um 'olá'? - Perguntou curiosa.
- Eu consegui o emprego, madre. - Vibrou - Finalmente estou pressentindo que vamos ter paz.
- Madre de Díos, filha que felicidade. Você merece isso, mi hijá. Merece finalmente ter paz para criar Alícia. - Comemorou.
Conversaram por mais um tempo e combinaram a volta dela e de Alícia para dali a uma semana e meia. Não chegou a falar com a filha que já estava dormindo em função do fuso horário. Estava ansiosa para ter seu bebê novamente junto dela.
Na manhã seguinte o caminhão chegou cedo, conforme haviam combinado e carregaram as poucas coisas que a latina possuía, sendo a grande maioria de sua filha.
Chegou ao Rancho Mendonça perto das onze da manhã e foi direto falar com Gustavo a fim de pegar as chaves da casa que seria seu lar dali para a frente. O moreno na mesma hora se ofereceu para ajuda-la a acomodar as caixas dentro da casa, o que foi aceito de bom grado por Maraisa.
Com a ajuda de Mioto as caixas foram colocadas mais rapidamente nos cômodos onde seus respectivos conteúdos seriam acomodados. Marília escolheu o quarto mais iluminado para Alícia e seria o primeiro a ter a devida arrumação para receber sua filha.
Estava sozinha distraída arrumando alguns brinquedos e não percebeu a aproximação da figura loira, que por alguns instantes ficou observando o esmero com que arrumava os pertences da criança que logo habitaria o local. Virou-se para pegar mais alguns ursos dentro de uma das caixas e se deparou com Marília a observando atentamente, levando um pequeno susto.
- Me desculpe. Não foi minha intensão assustá-la. Só vim ver se estava tudo bem e se não precisa de ajuda com nada. - Ofereceu-se cordialmente.
- Não precisa se desculpar, eu só estava
distraída. - Falou e logo completou - Não precisa se preocupar, está tudo em ordem. Só estou colocando algumas coisas no lugar. Gustavo já meajudou a carregar as caixas mais pesadas para
seus respectivos lugares.- Mioto é bastante prestativo, ainda mais com mulheres bonitas como você. - Disse passeando os olhos pelo corpo da latina, que vestia apenas um short bem curto e uma regata que deixava bem evidente os seios avantajados.
-Huuumm, obrigada... eu acho. Mas não se preocupe, não costumo me envolver com colegas de trabalho. - Esclareceu a fim de evitar qualquer tipo de mal entendido que viesse a lhe prejudicar futuramente.
- Não estou preocupada. - Disse, tentando ser discreta ao devorar o corpo da latina com os olhos - A vida é sua e você se envolve com quiser, desde que não prejudique seu desempenho no trabalho.
- Volto a repetir que não costumo me envolver com colegas de trabalho.
- Bom saber. - Disse afinal e rapidamente completou - Bom, já vou indo. Desculpe por entrar assim, mas bati e você não deve ter ouvido.
- Não tem problemas, a casa é sua afinal. - Tentou soar casual, mas a simples presença de Marília tirava sua concentração.
- Enquanto você morar aqui a casa é sua e não entrarei sem ser convidada.
Com aquelas palavras Marília deu um leve aceno de despedida e saiu. Estava no seu limite do controle, ver a morena naqueles trajes havia quase feito com que se descontrolasse e a possuísse ali mesmo, entre os brinquedos da filha. Sentia o volume entre suas pernas querendo tomar vida e seria bastante constrangedor agir como uma adolescente em frente a sua nova empregada, ainda mais no primeiro dia.
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Meu Lar
RomanceCarla Maraisa é uma médica veterinária que busca desesperadamente um emprego a fim de poder sustentar e bem cuidar de sua filha de dois anos e meio. Marília Mendonça é uma grande empresária dona de um rancho onde se dedica a criar cavalos de raça e...