XIV.

303 38 79
                                    

Harry o segue silenciosamente pelo escritório, parecendo um cachorrinho, olhando para todos os lados. A ironia da situação faz Louis sorrir debochadamente, por sorte, não há ninguém por perto para notar.

A secretária se levanta no momento em que os vê, ajeita seus óculos e aponta para o corredor.

— Boa tarde, sr. Tomlinson, sr. Styles, podem me acompanhar — diz ela educadamente antes de se virar e entrar no corredor.

Ao chegarem, Louis assente em agradecimento, ao passo que Harry murmura um "obrigado", sua primeira palavra desde que deixaram a cobertura.

— Boa tarde, como vão? Obrigada por virem tão em cima da hora — disse Taylor se levantando para os cumprimentar, primeiro ela aperta a mão de Harry, depois a de Louis.

— Sou eu que agradeço — diz Louis segurando a mão dela por alguns segundos a mais. — Não esperava que a gente tivesse notícias tão cedo — adiciona, esperando que ela note o quão agradecido ele está.

— Vamos logo com isso? — Interrompe Harry — tenho mais o que fazer — adiciona.

Louis ri. Harry com algo para fazer? Essa é boa.

— Como o quê? Ir ao shopping? Ao pilates? — Diz Louis ironicamente, se virando na direção dele.

— Para a sua informação — começa Harry estufando o peito e se aproximando de Louis —, eu tenho um encontro.

— Com quem? — Questiona ele e assim que Harry abre a boca para responder, adiciona: — vou passar o contato dele para Taylor, ele vai precisar.

Harry tem a ousadia de parecer ofendido, seu sorriso convencido desaparecendo na hora, e Taylor parece ter achado engraçado, mas é difícil dizer, porque Louis mantém toda a sua atenção em Harry.

— Porque se você conseguiu enganar até a mim, imagina esse pobre coitado — adiciona Louis, sem saber o motivo de ter achado razoável continuar provocando Harry.

Talvez ele goste de como os olhos verdes faíscam em sua direção, com o cenho franzido e um beicinho nos lábios.

A expressão facial de Harry muda e ele sorri maliciosamente, como se estivesse rindo de uma piada que ele só ele sabe.

— Vou levar isso como um elogio — retruca Harry aproximando-se por mais um centímetro.

— Leve como quiser, mas nós dois sabemos que você é apenas a marionete de alguém — adicionou Louis sorrindo maliciosamente.

Antes que Harry possa responder, Taylor os interrompe.

— Isso! — Exclama ela — alguém, estamos aqui para falar sobre esse alguém.

— Preciso ir ao banheiro antes — informa Harry se afastando de Louis, deixando a sala.

Louis fica observando a porta da qual ele saiu por alguns segundos, sem nada em específico passando por sua mente, apenas a conversa que acabaram de ter.

— Ok, isso foi intenso — comenta Taylor fechando a porta e, consequentemente, tirando Louis de seus pensamentos. — Eu precisava mesmo conversar com você a sós.

Ele não quer pensar sobre o uso da palavra "intenso", então assente e se vira para ocupar uma das cadeiras em frente à mesa de Taylor.

— A boa notícia, é que descobrimos quem registrou a patente — começa ela se sentando —, a má notícia é que não consegui localizar o sócio fundador.

— Capital aberto? — Questionou Louis e ela assentiu.

— Não só isso, o conselho é composto por empresários aleatórios, que atuam em outros ramos, tentei contato com alguns deles, mas ninguém sabe me informar nada sobre a empresa, entraram porque "o negócio era bom".

Love, indubitably Where stories live. Discover now