|28| Eu não vou te pedir em casamento

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| Alexandre Nero |

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| Alexandre Nero |

O domingo amanheceu preguiçoso, me espalhei como se fosse o dono daquela cama ainda tentando abrir os olhos. Giovanna balbuciou alguma coisa incompreensível quando sentiu a minha movimentação ao seu lado.

Visualizei aquela mulher maravilhosa deitada de bruços, as costas completamente nuas, o lençol branco cobrindo a partir da bunda, não me recordo se ela havia vestido uma calcinha para dormir, mas eu estava doido para descobrir.

Tracei uma trilha de beijos em suas costas fazendo com que ela gemesse em aprovação.

— Huuum! Que delícia.

— Os finais de semana estão me deixando muito mal acostumado, é viciante acordar ao lado de uma gostosa dessa — apertei sua bunda por cima da coberta.

— Não fala assim — respondeu dando uma risada sonolenta se virando enquanto puxava o lençol para cobrir os seios — faz parecer que eu sou uma conquista qualquer que caiu na sua lábia.

— Corrigindo: minha gostosa, minha linda, meu amor — deixei um selinho molhado nos seus lábios — e fui eu que caí na sua lábia, desde a primeira provocação sua através da janela desse mesmo quarto.

— Aquela Giovanna da janela jamais imaginaria estar aqui assim, você é bom, digamos que... caímos na lábia um do outro.

— Aquela Giovanna da janela jamais aceitaria meu pedido de namoro como a minha Giovanna aceitou.

— Que conversa é essa? Você não me pediu em namoro não, bonitão — deu um tapa fraco no meu ombro.

— Ah, é verdade! Foi você quem me pediu... — dei um sorriso sacana já esperando sua retaliação.

— Descarado, eu não pedi nada, eu só... só quis ser prática, já que o pedido não saiu.

— Não se preocupe, hoje eu peço ao seu pai pra namorar você igual o Gabriel pediu pra namorar a Nina.

Ela havia brincado sobre isso de comparar as gerações, realmente o moleque tinha dado de dez a zero em mim nesse quesito.

— Não inventa, Alexandre, eu estava brincando, não precisa disso, sério, não me mata de vergonha na frente da minha família, faz muito tempo que eu não faço isso... apresentar alguém.

O clima de brincadeira e descontração logo foi tomado por uma nuvem de preocupação, duas rugas marcaram sua testa, sua fisionomia ficou seria. Fiz um carinho no seu queixo e cheirei seus cabelos sedosos e desgrenhados devido a dormida.

— Desfaz essa carinha, vai dar tudo certo, já tenho até advogada, qualquer coisa Laurinha me defende.

— Bobo — consegui arrancar meio sorriso do seu rosto.

Ficamos de preguiça o resto da manhã até a hora em que foi necessário levantar da cama ou nos atrasaríamos para o almoço na casa dos seus pais. Passei no meu apartamento apenas para vestir uma roupa mais apropriada e apressar a Nina.

Janela Indiscreta | GNWhere stories live. Discover now