violetas

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Oi, gente!!

Tem muita coisa acontecendo na minha vida e tem sido muito difícil escrever. Vou continuar tentando, tá bom? Porque não quero deixar a Marina sem final 🩷

Um beijo!!

••

Marina tem algumas considerações a fazer. Por exemplo, o que uma capivara tem de tão parecido com um porquinho-da-índia?

Por que eles são da mesma família? Qual a diferença? Elas também existem em outros lugares?

São tantas perguntas e nenhuma delas a tia Helena consegue responder.

"Você acha que elas moram em mais lugares pelo mundo?"

"Não sei, Mari, nunca pensei nisso."

"Mas elas são bem grandes, será que se tivessem muitas o rio não ia transbordar?"

"Como assim?"

Marina revira os olhos, os bracinhos cruzados. Esse passeio seria mais proveitoso com a pessoa certa. A Carol, por exemplo. Ela saberia responder tudo, tinha certeza.

"Ué." Ela diz, mas os patos a distraem.

Eles são bem bonitinhos, embora sejam um pouco maiores do que imaginou. E menos amarelos também.

"Por que tem patos de duas cores diferentes?"

"Não sei."

"Tia Helena?" Ela a cutuca.

"Hum?"

"Por que você é uma adulta que não sabe de nada?"

Ela faz uma careta. Ela sempre faz, na verdade. É engraçado, o rosto parece um pãozinho amassado. Mas a pergunta é verdadeira.

Ela está com saudade da mãe Nat e também da Carol e também do vô André, pode ser. Todos eles sabem tudo.

"Eu só não sei essas coisas de nerd, Marina."

"Ainda bem que você não quer ir pra lua, então."

"O quê?"

Elas estão lado a lado, observando os patos.

"É porque tem que ser muito inteligente para ir para a lua."

"Toma, Marina." Um punhado de ração, comprado na porta do parque. "Vai alimentar os patos, vai."

Tem três coisas mais legais do que alimentar patos. Uma delas é saber porque eles são de cores diferentes. Outra, pode ser desenhá-los com as canetinhas que ganhou no aniversário. As mais legais do mundo.

Marina queria conseguir escrever em um caderno assim: coisas para perguntar assim que chegar em casa; coisas para pesquisar na internet junto com a Nat porque ela ainda não sabe digitar muito rápido. Mas não dá. Então, ela continua alimentando os patos, sorrindo, um milhão de pensamentos por minuto.

"Será que a Carol fez panquecas de domingo pra Nat?"

"Ela faz isso, é?"

Por que ela não faria?

"Huhum." Óbvio.

"O que mais vocês fazem juntas?"

"Muitas coisas!" O pato vem muito perto e Marina dá um gritinho. "Ahhh, ele gostou de mim!!"

"É, acho que sim."

"A gente até dorme juntas!" Pensa, de repente. Porque isso sempre a faz sorrir.

um amor de vizinha Onde histórias criam vida. Descubra agora