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Notas: Este capítulo tem exatamente 4.145 palavras. Se vocês deixarem ele flopar, só volto depois das minhas provas (lembrando que faço duas faculdades). Então, por favor, comentem muito e não queiram me matar! Beijos, boa leitura!

p.s: talvez eu tenha me perdido na quantidade de dias que ela ficou na casa do Colin em relação a data do noivado, erros acontecem, mas não vai atrapalhar ou mudar em nada no decorrer da história.

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  Quando Colin finalmente reconheceu Penélope encolhida, seu coração murchou completamente em seu peito. A inquietação inexplicável que o dominava se transformou em uma onda esmagadora de preocupação e culpa. Ele nunca a imaginara ali, naquele lugar, tão vulnerável, e a visão dela, tentando desesperadamente cobrir-se, o atingiu com força.

Sem pensar duas vezes, Colin atravessou a multidão, abrindo caminho com firmeza. A raiva que ele sentira mais cedo evaporou, substituída por um profundo sentimento de dor e proteção. Ele parou diante dela, os olhos percorrendo seu rosto em busca de algum sinal de que ela estava bem. Sua voz, geralmente carregada de ironia, agora estava suavizada por uma preocupação sincera.

— Penélope... — Colin disse, agachando-se levemente para ficar no nível dela, sua mão hesitante estendendo-se em direção ao braço dela, como se temesse que um toque pudesse quebrá-la. — Ele a machucou?

A suavidade em sua voz parecia quebrar a tensão que pairava no ar. Penélope, ainda em choque, ergueu os olhos para ele, e o coração de Colin apertou-se ao ver a dor e o medo que ela tentava esconder. Ele sentiu uma culpa profunda por tudo que havia dito e feito. Como ele havia deixado a situação chegar a esse ponto?

Com cuidado, Colin removeu o próprio casaco e o envolveu delicadamente ao redor de Penélope, como se quisesse protegê-la de tudo ao redor, até mesmo de seus próprios erros. Seus dedos roçaram de leve o ombro dela, num gesto que combinava conforto e remorso.

— Me perdoe — sussurrou ele, sua voz falhando levemente. — Eu nunca deveria ter deixado isso acontecer... nunca deveria ter lhe deixado sozinha.

Os olhos de Colin estavam cheios de um carinho genuíno, um sentimento que ele tentara esconder, mas que agora emergia com força. Ele não se importava com as circunstâncias em que estavam. Tudo o que importava era ela, naquele momento.

— Conhece esta mulher, Colin? — Madame Cordélia perguntou enquanto a multidão, que havia se aglomerado para assistir ao triste espetáculo, começava a dispersar e voltar aos seus afazeres.

— Sim, é Penélope. — Colin respondeu, apertando-a com firmeza em seu abraço. Ela não chorava, mas seu corpo tremia e estava gelado, o que preocupava Colin ainda mais.

— Ah, Penélope é a senhorita? — Madame Cordélia se dirigiu à jovem ruiva, que ergueu os olhos, começando lentamente a recobrar a consciência do que acontecia ao seu redor.

Colin fez um pequeno movimento com a cabeça, pedindo que Cordélia se calasse. Ela entendeu prontamente que aquele não era o momento adequado para mais palavras.

Com facilidade, ele a ergueu em seus braços, mantendo-a junto ao calor de seu corpo, desejando protegê-la de tudo. Queria voltar no tempo, curar todas as suas dores — tanto as antigas quanto as mais recentes.

Ao chegarem à carruagem, Colin a colocou cuidadosamente em um dos bancos e deu-lhe um leve beijo na testa. Penélope piscou repetidamente, surpresa e confusa com o gesto inesperado.

— Colin, me perdoa... Eu não devia ter te seguido... fui tão estúpida... — começou Penélope, mas ele interrompeu, tocando-lhe delicadamente os lábios com o dedo. Em seguida, ajustou o casaco quente sobre seu corpo, mostrando preocupação com o frio que a atingia.

w a n t o n • polinWhere stories live. Discover now