Bônus 3 - O mundo é nosso outra vez 🔞

524 75 121
                                    

O mundo parou. Por um longo período de tempo ele foi tomado por medo e cheio de restrições, a vida foi interrompida dando espaço ao "novo normal".

Agora, no entanto, com o "antigo normal" de volta, ver um festival do porte do Rock in Rio ser realizado deixava Diego com sentimentos um tanto conflitantes.

Uma tranquilidade por finalmente se sentir livre do medo da pandemia;

Uma ansiedade por trabalhar cobrindo o festival dos seus sonhos;

Uma pilha de nervos, porque em seus desejos parecia muito mais fácil...

E Amaury, coitado, buscava achar a melhor maneira de apoiar o marido. Planejar uma cobertura grande como essa era muito mais difícil do que parecia… Principalmente se desejasse que fosse bem feita, e bem, Diego queria ser impecável neste trabalho.

Mais de uma vez naquela semana, Amaury chegou em casa após seu expediente e o encontrou concentrado no computador, mal piscando, com uma lista de textos para produzir, uma planilha com um cronograma que parecia não ter fim e uma expressão cansada tomando seu rosto.

— Di, vem jantar. — o preto chamou da cozinha.

— Amor, não consigo agora, deixa aí e daqui a pouco eu vou.

Amaury olhou para o relógio e viu que já passava das dez. Sabia que Diego iria dormir sem comer de novo, e sabia também que ele mal estava almoçando, sobrevivendo de delivery porque precisava finalizar um planejamento enorme.

Por esta razão, o preto deixou tudo pronto e foi até ele, que estava sentado no sofá com o computador no colo. Se sentou ali, ao lado do ruivo, decidido a fazê-lo dar uma pausa.

— Meu bem, eu sei o quanto isso é importante, mas você tem que comer. — beijou a bochecha branca cheia de sardas. — Vamos lá rapidinho e você já volta.

O ruivo o olhou, o cansaço estampado em suas feições, mas ainda assim tirou o notebook do colo e abraçou o marido.

— Tô tão cansado. — falou manhoso.

— Eu sei, meu lindo, por isso mesmo você tem que se alimentar. — deu um selinho e levantou, puxando Diego consigo.

— Obrigado pela paciência nesses dias, acho que não tenho sido uma boa companhia, me desculpa.

Ainda de pé no meio da sala, Amaury parou e puxou o marido para perto de si outra vez.

— Você nunca deixa de ser boa companhia, meu anjo. Você é a melhor companhia do mundo pra mim. — beijou os cabelos ruivos. — E eu sei que isso é uma grande realização, tô orgulhoso de você, muito mesmo, só fico preocupado.

Diego passou os braços acima dos ombros largos do marido e beijou lentamente, permitindo-se relaxar um pouco.

De mãos dadas, foram até a cozinha, se sentando para jantar juntos. Alimentado, Diego sentiu o sono bater forte e encostou a cabeça sobre os braços na mesa.

— Pequetito, você devia descansar também... Vai ter um colapso se continuar assim.

— Eu tô com tanto medo, queria parar de pensar nisso só um pouquinho. — estava realizado, mas a ansiedade para que tudo desse certo o enlouquecia.

Amaury levantou, parando diante do marido e abaixando para deixar uma mordida, falando baixinho no ouvido dele:

— Então eu vou te fazer esquecer, vem.

Diego sentiu seu corpo se arrepiar. Se pôs de pé, sentindo os braços de Amaury o segurarem pelas coxas, levando-o no colo para carregá-lo até a cama enquanto espalhava beijos suaves pelo pescoço alvo.

IsolatedDonde viven las historias. Descúbrelo ahora