BÔNUS ✨

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O sol estava no topo, mas felizmente eram protegidos pelo carro. Nesse dia, Diego era quem dirigia, depois de alguns momentos de discussão com Amaury ao lado de fora do veículo, quando as malas do casal, de Larissa, Bruno e Lennon já estavam guardadas.

“Um dia você vai ter que me deixar pegar nesse seu precioso carro!”

Diego praticamente batia o pé ao falar.

“Vou, mas não vai ser na sua primeira vez dirigindo em uma estrada.”

Rebatia o mais velho, com a mão encostada na porta fechada do motorista, como se isso fosse impedir o ruivo de entrar.

“Amaury, nem é tão longe!”

Argumentava, com a voz subindo um tom.

“Eu conheço o caminho e você vai estar do meu lado o tempo todo.”

“Você não conhece o caminho, foi lá só uma vez!”

Se inclinava para frente, fazendo uma expressão de desdém para o seu namorado.

“Pelo amor de Deus vocês dois!”

Larissa, que já estava dentro do carro, abaixou o vidro e gritou para fora da janela.

“Amaury, para de ser um cuzão e deixa logo o Diego dirigir! Me deixa dirigir! Leva o carro nas costas, não me importa, mas vamos!”

Era uma ordem, basicamente. Subiu o vidro de volta, colocou seus óculos escuros e cruzou os braços, estressada. Diego revirou os olhos para ela, indignado, mas logo voltou a encarar o namorado, também cruzando os braços e fazendo um bico contrariado.

“Chefão?”

Agora era Lennon quem chamava.

“Deixa ele dirigir logo. Vamos perder o dia assim.”

Quando Amaury voltou a negar com a cabeça, foi a vez de Bruno aparecer pela janela.

“Que tal ele dirigir só por meia hora? Depois você pega o carro de novo.”

Diego olhou de Bruno para Amaury, esperançoso, e deu três palminhas e pulinhos quando viu o ombro do maior cair e estender a mão, com as chaves do carro. Entrou às pressas, antes que o namorado reconsiderasse e ligou o carro.

“Tenta não matar a gente, patroa.”

Disse, Lennon.

“Que bom que você superou a fase que batia carros por aí.”

Larissa resmungou, com os olhos fechados e braços ainda cruzados.

“O QUÊ?”

Gritou Amaury, que entrou no carro exatamente nesse momento.

“Nada, amor, nada. Coisa besta.”

O ruivo se inclinou na direção do namorado, depositando um beijo rápido na bochecha barbuda e voltou a sua posição.

“Coloquem os cintos que a patroa tá no volante!”

Foram suas últimas palavras antes de sair com o carro, aos risos e empolgado.

Já havia passado do tempo estipulado, da meia hora combinada, e Diego continuava a dirigir. O preto realmente pensou em pedir para que parassem e trocassem quando o cronômetro bateu, mas notou que não fazia sentido. Ele estava indo bem, a estrada estava tranquila, e o sorriso empolgado, junto com o corpo quase colado no volante - já que teve que puxar o banco para frente por conta das pernas curtas -, eram adoráveis demais.

Além disso, tinha algo a mais, mais adorável ainda. O sol reluzia nos cabelos ruivos, a boca rosada cantarolava uma música qualquer da rádio - mesmo que ele abaixasse o volume na hora das curvas -, e um anel que brilhava em seu dedo anelar da mão direita, a aliança de compromisso, fina e prateada.

work hard, love harder Where stories live. Discover now