Against All Odds - Simone Biles & Rebeca Andrade

Guilty As Sin (Interlúdio: Rebeca) Pt. II

Eu sei, demorou, mas finalmente saiu. Culpa da Rebeca que não queria sair de cena e deixou esse capítulo com quase 7 mil palavras. Aviso: tem hot
Tô muito feliz com esse cap, então espero que vocês também gostem. No próximo, voltamos pra o POV da Sisi.

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These fatal fantasies
Giving way to labored breath
Taking all of me
We've already done it in my head
If it's make believe
Why does it feel like a vow
We'll both uphold somehow?

5. Paris, 2024

Após o final da trave e do solo, Rebeca havia gravado seu telefone no celular de Simone.

Ela não achava que o número seria utilizado; as Olímpiadas haviam oficialmente acabado para as ginastas, e em breve Rebeca estaria indo embora de Paris, de volta para a normalidade, para uma rotina de treinos e eventos em uma realidade da qual Simone não fazia parte - ao menos não ao seu lado .

Não era que ela não quisesse que Simone fizesse parte disso. Em sua mente, Rebeca justificava que esse era o principal motivo pelo qual tinha tirado o aparelho da mão da outra mulher quando elas estavam sozinhas no vestiário e tinha digitado os treze números de seu contato, na remota hipótese de que talvez elas pudessem ser no mínimo amigas depois de tudo que tinham vivido.

Ainda que amizade não fosse bem o que Rebeca procurava - especialmente não depois de acordar com o corpo de Simone praticamente fundido contra o seu em uma cama que deveria ser anti-sexo - ela também não era tola o suficiente para ignorar os fatos: Simone era casada. Simone morava em outro país. Quando ela entrasse no avião de volta para os Estados Unidos, Paris seria apenas uma lembrança regada de medalhas de ouro e uma mulher que estava disposta a lhe oferecer o mundo sem demandar nada em retorno.

Rebeca não se arrependia.

A ideia de que algum dia sequer poderia reconsiderar os momentos que passou com Simone era absurda, mas, ao mesmo tempo, Rebeca tinha plena consciência de que o tempo que elas tinham era limitado. Por mais que quisesse acreditar que os sentimentos que havia desenvolvido - ignorando completamente seu bom senso - fossem mútuos, a realidade era que sua história com Simone tinha tido um começo inusitado, um meio digno de conto de fadas e, infelizmente, um fim.

Elas eram adultas; elas poderiam lidar com os acontecimentos, deixando que se tornassem apenas uma doce lembrança de um momento em que se permitiram viver algo que ambas sabiam ter um prazo de validade.

E então Simone tinha lhe surpreendido mais uma vez.

A mensagem havia chegado quando ela estava se preparando para ver alguns jogos do Time Brasil, e de repente Rebeca se viu em um quarto de hotel que era do tamanho da sua casa, os lábios de Simone contra o seu em um plot twist que a fez ter esperanças de que talvez, apenas talvez, a história que estavam construindo não tinha chegado ao fim.

A sensação de ter a pele nua de Simone pressionada ao longo da sua era nova e familiar ao mesmo tempo. Rebeca sentia como se já tivesse tido a oportunidade de mapear todas as curvas e detalhes do corpo da americana, apenas para se perder novamente em um sinal que não havia notado ou a maneira como Simone arfava debaixo de seu toque, seus lábios partindo enquanto um gemido estrangulado escapava de sua boca.

Rebeca não podia evitar; provocar Simone tinha se tornado seu passatempo favorito.

Da primeira vez não tinha sido intencional. Rebeca era uma pessoa naturalmente curiosa, e ali estava Simone, um mistério pronto para ser desvendado. Mas, além disso, Rebeca era uma pessoa dedicada. Não bastava apenas descobrir as maneiras como Simone reagia a cada toque de seus dedos ou de seus lábios, ela queria ser a pessoa responsável por causar as reações mais animalescas em sua parceira. Queria que, naquele quarto, nada mais existisse além do desejo que sentiam uma pela outra, em sua forma mais pura e primitiva.