Charlotte A. — Você quer dizer, nossa chefe. Ela ainda é minha chefe também. Huh, se eu souber o paradeiro dela, quanto pretende pagar pela informação? 5555.

Meenaxrina — Pra você, apenas 0,25 baht é tudo que tenho na conta. 5555.
Estou falando sério, preciso falar com ela.

Charlotte A. — Muito pouco, pra uma advogada que ganha muito beeem. Arghhh 555. Ela foi pra casa dela, é tudo que sei. Não me pergunte mais nada. 5555

Meenaxrina — Eu até ia perguntar o porquê ela estava na sua casa, mas o que tenho roa falar com ela é urgente. Depois você e eu falaremos disso, não fuja!

Charlotte A. — 555555 okay!!

[MENSAGEM OFF]

Charlotte iria ser borbadeada de perguntas cedo ou tarde, ela sabia disso. Mas outra coisa, chamou sua atenção. Ela se perguntava o que Meena queria falar de tão urgente com Engfa, parecendo tão preocupada. Charlotte terminou de tomar café da manhã e foi lavar seus pratos, logo guardando todos em seus devidos lugares.

Depois ela foi tomar um banho e trocar de roupa, se sentindo mais relaxada. Ela sentou no sofá, e se pôs a lembrar da noite passada. Um sorriso, um não... Mas vários sorrisos foram despertando enquanto se lembrava de cada detalhe de ontem com Engfa. Charlotte não tinha mais dúvidas, havia encontrado o amor da sua vida.

Naquele dia, era não ia para Siam University, porque não teria aula. Mas isso, não significava que Charlotte iria ficar parada durante o dia, ela organizou toda sua casa, fazendo uma grande faxina. Até que seu celular tocou, ela desejava que fosse qualquer pessoa menos, Benz. Não porque não o considerava, mas ela sabia que devia uma resposta ele. E embora, ela sempre soubesse qual era a sua resposta, não havia encontrado momento para dizer.

[LIGAÇÃO ON]

— Benz. — disse Charlotte ao atendê-lo na ligação.

— Char. Fiquei preocupado, não deu notícias nesses dois dias. Você está bem? — perguntou Benz, suspiro na ligação.

— Estou sim, muito bem... E você? — perguntou Charlotte, pausando — Eu fui para o Festival das Estrelas Sagradas, no templo. Durou dois dias.

— Oh sério? Porque não me chamou? Eu teria amado ir, deve ter sido bem legal. Como foi lá? — perguntou Benz, curioso mas se sentindo desapontado por ela não ter chamado.

— Maravilhoso. Eu nunca tinha visto nada igual, na verdade sim... Mas enfim, a sensação é sempre incrível — respondeu Charlotte, ignorando a outra pergunta.

— Eu acredito que sim. O que vai fazer hoje? — perguntou Benz na ligação.

— Vou trabalhar daqui a pouco, eu ia de tarde. Mas decidir ir mais cedo, inclusive preciso me preparar. Nos falamos depois, Benz — respondeu Charlotte, encerrando a ligação.

[LIGAÇÃO OFF]

Charlotte realmente decidiu ir trabalhar mais cedo naquele dia, isso porque sentia falta de Engfa, a mulher que não fazia nem muito tempo que foi embora de sua casa. E que também havia dormido com ela, agarradinhas. Ela se aprontou para ir para Waraha Enterprise Group.

••

Bangkok, Tailândia.
Waraha Enterprise Group.

No 20° andar, mas especificamente no escritório de Engfa, se havia vozes alteradas vinda de dentro. Engfa discutia com seu pai, Nawat. Na presença de Sun, que havia entrado na sala a pouco instante, numa tentativa de fazê-los de acalmarem. Mas Sun falhava ao se envolver, isso porque Engfa estava determinada a bater de frente com seu pai naquela manhã.

— Então, o senhor não vai admitir que está me colocando numa saia justa, com Sr. Saengchai e o Sr. Suriya? É isso mesmo? — perguntou Engfa, olhando furiosa para o homem mais velho, suspiro.

— Porque você quer me culpar de algo, quando eu só estou tentando te fazer sair ganhando com isso? — perguntou Nawat, olhando sério e indignado para ela, — Eu sou o seu pai, se alguém aqui sabe o melhor para você, sou eu. Devia me agradecer.
— Te agradecer? Quem está ganhando aqui é você, mesmo eu não sabendo o que pretende ainda com isso — retrucou Engfa, suspiro fundo — Sabe ao menos como me sinto com tudo isso? Com o pescoço numa corda. Esperando quem vai terminar com isso rápido.

— Não diga besteiras. Ninguém está tentando te destruir. Basta você fazer a coisa certa, diga a ela. Vamos Sun, ela ao menos te escuta — disse Nawat, olhando para o seu filho, sério.

— Não envolva P'Sun nisso, porque nem ele poderá me salvar se eu estiver na forca — disse Engfa, alterando o tom de voz para seu pai.

— Você só tem que escolher o melhor investigador para seguir com o seu trabalho, em Nong Suwan. Não sei porque tanto drama, quanta rebeldia — disse Nawat, balançando os ombros com desdém.

— E o que você vai ganhar com isso, huh? Você certamente vai ganhar alguma coisa, primeiro me faz aceitar o acordo com Sr. Suriya sobre aquela comunidade Nong Suwan, agora me joga o Sr. Saengchai — questionou Engfa, olhando incrédula e furiosa para ele.

— Ora! Se você ganha alguma coisa, eu também ganho. Então não é só eu que sairia ganhando. Já disse isso — respondeu Nawat, pisando firme no chão ao dar alguns passos.

Sun ficou atentou aos passos de seu pai, Nawat, na direção de sua irmã Engfa que o encarava com tanta fúria que parecia seu maior inimigo na sua frente. Sun estava preocupado com Engfa, que a qualquer momento poderia fraquejar devido sua saúde. Ele chamou pela secretaria para se certificar de que Charlotte estava na empresa. Com medo de que o pior acontecesse com sua irmã.

— Eu te mimei demais, esse foi o meu erro. Você enche seu pulmão de ar, para apontar o dedo na cara de seu pai, quando eu só quero te ajudar... — disse Nawat com voz alterada e furioso, ao olhar para ela — Você não merece um pai como eu. Que sempre te deu tudo.

Engfa sentiu em seu rosto a queimação, aquele tapa acabado de ser dado por seu pai, Nawat. Ela levou sua mão ao seu rosto, engolindo a seco qualquer demonstração de emoção, assim como engoliu a seco seu choro, ela não demonstraria fraqueza já frente dele. Sun imediatamente foi pra cima do homem mais velho, o puxando para fora do escritório, expulsando seu pai pelo o que ele acabará de fazer. Perdendo a razão com sua filha, Engfa.

Naquele momento, Engfa não disse uma palavra. Apenas suspiros eram ouvidos, quando Charlotte apareceu entrando no seu escritório, sem entender o que estava acontecendo. Ela apenas olhou para sua amada, Engfa. E correu para abraçá-la, sem questionar nada. Charlotte notou o rosto de Engfa vermelho, como se acabará de receber um tapa, e realmente era isso.

Ela recebeu um tapa de mão cheia, de seu pai. O homem que ela sempre admirou apesar das pequenas desavenças que tinham. O Sr. Nawat nunca havia levantando a mão para tocar na sua filha, aquela foi a primeira vez. Deixando o próprio arrependido, mas já era tarde demais.









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