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Abri os olhos e me vi em minha cama, tentando lembrar como cheguei até ali. A minha cabeça doía um pouco, a porta estava aberta e vi uma pessoa no corredor indo até a sala. Lembrei que estava com o Amaury.

Eu estava muito cansado e com sono, mas me levantei como se uma força me puxasse.

Encontrei Amaury sentado no sofá, a cabeça encostada no encosto traseiro e de olhos fechados.

Me posicionei entre suas pernas e levei uma de minhas mãos para acariciar a sua barba por fazer, sentindo a aspereza em meus dedos.

Ele abriu os olhos lentamente e tentou falar, mas eu encostei meu indicador em seus lábios e neguei com a cabeça.

Eu não sabia muito bem o que estava fazendo, eu só estava me deixando levar.

Me sentei em seu colo e as mãos dele pousaram em minha cintura. Continuei ali o observando e lutando contra o sono.

Meus polegares acariciavam as maçãs do seu rosto com movimentos suaves. Nossos olhos conectados.

Comecei a deslizar os dedos por suas sobrancelhas, seu nariz, e contornando seus lábios, que se abriram um pouco e deixaram um beijo em meu dedo.

As mãos dele soltaram a minha cintura, apenas para poder adentrar por dentro da minha camiseta. Subiu as mãos pelo lateral do meu corpo e descia lentamente.

— Você é tão lindo...

— Xiu!

Não permiti que ele falasse, tampouco eu falaria. Só queria poder senti-lo assim, bem próximo de mim.

Enrolei meus dedos em seus cachos e sorri. Por favor, que ninguém me acorde deste sonho.

Eu queria tocá-lo inteiro. Coloquei as mãos em seus ombros e percorri a extensão de seus braços até chegar em suas mãos por dentro de minha camiseta.

Sem tirar os olhos dele eu tirei minha camiseta e larguei-a no sofá. Encontrei minhas mãos nas dele e fiz o mesmo movimento de antes, só que ao inverso. Quando minhas mãos chegaram em seus ombros, desci o toque para o seu peito nu.

O coração dele batia forte e então não resisti em me aproximar um pouco mais. Rocei os nossos narizes em um carinho e fechei os olhos, aproveitando a proximidade.

Desabotoei os dois últimos botões que ainda estavam fechados em sua camisa verde e por mais que eu não quisesse falar, tive que perguntar sem um suspiro baixo, próximo ao seu ouvido.

— Posso tirar?

Ele confirmou e eu subi minhas mãos pelo seu abdômen, peitoral e ao chegar aos ombros ele ajeitou a postura para frente, para que eu pudesse tirar a camisa por completo.

Me aproximei de seu pescoço e rocei o nariz dali até o ombro, inspirando o seu cheiro. Senti os pelos dos braços dele se arrepiarem. Eu estava despertando aquelas sensações nele, eu, o Diego, sonhei muito com isso.

As mãos grandes dele subiram por minhas costas me inclinando para frente para que nossos corpos se juntassem mais. Eu ainda sentia o seu cheiro, quando a mão dele agarrou o meu pescoço e guiou a minha cabeça para que nossas bocas pudessem se juntar.

Pov Amaury

Eu deixei ele fazer o que quisesse. Estava absorto nas sensações, estava entregue e só pensava que queria que ele me tocasse cada vez mais, sem pressa, sem alvoroço.

Era tão bom sentir o seu toque macio, ele cheirava tão bem. Eu poderia viver sentindo aquele cheiro todos os dias da minha vida, o cheiro combinava tanto com ele. Tinha um leve toque floral, mas não era tão doce e me trazia calma e doçura.

Meu Ébano | Dimaury Where stories live. Discover now