Problema (7)

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Pov: Faye

Onde exatamente é Aethera? Por que eu estou aqui? Por que Ize e Yoko estão aqui também? Quem ou oque elas são?

Muitas perguntas como essas se passavam pela minha cabeça enquanto subíamos as escadas para a torre mais alta do castelo, onde o concelho esperava. O que é o concelho? Eu também não sei.

- Se eu ainda tivesse minhas asas, poderia levar você lá para cima em um piscar de olhos. - Yoko falou repentinamente, estávamos as duas pouco atras de Ize que nos guiava pelas escadas intermináveis. a encarei rapidamente, admirando seu perfil, ela estava vestida com coro paladino também, mas sobre pôs a roupa com uma jaqueta de couro marrom com a imagem de asas brancas nas costas, ela é linda.

- Asas? - Perguntei um pouco chocada. vi o momento exato que aquele típico sorrisinho surgiu, fazendo sua covinha levantar.

- Ize não contou nada para você? - Meu olhar voou para minha melhor amiga, ela não parecia nos ouvir, estava absorta em pensamentos, pelo que entendi o fato do concelho a convocar diretamente a abalou bastante. Neguei com a cabeça em resposta de sua pergunta.

- Sou uma cupido. - Ela disse simples. Um riso escapou dos meus lábios de forma espontânea, Yoko arqueou uma sobrancelha em minha direção, então meu sorriso sumiu e eu a olhei de queixo caído.

- É serio? - Por um momento uma risada um pouco histérica me escapou, eu sentia que iria ficar maluca se elas me contassem outra coisa sobre o mundo delas. Yoko apenas assentiu. - Por que você esta sem suas asas?

Seu corpo tensionou levemente, é a primeira vez que eu a vejo demonstrar qualquer emoção além de sarcasmo, desdém e ceticismo. Mas isso durou poucos segundos.

- Eu quebrei muitas regras. - Respondeu despreocupada.

- Tem regras? - Questionei

- Toda sociedade precisa de regras, para não decair em caos. - Após sua resposta me senti um pouco idiota por fazer esse tipo de pergunta.

- Ah... E você e Ize fazem parte da mesma sociedade? - Yoko riu com desgosto do meu questionamento.

- Digamos que fazemos parte do mesmo mundo, mas não somos da mesma raça.

- Você age como se odiasse todo mundo. - observei e Yoko deu de ombros.

- Eu não odeio todo mundo. - Suas mãos foram parar nos bolsos da calça preta que ela usava. - Mas não conheço ninguém aqui, estou rodeada de estranhos.

Ela parecia querer acrescentar algo a mais, vi quando seus lábios entreabriram de leve, mas então ela deu para trás, deixando por isso mesmo.

- Entendo você. - acrescentei.

Yoko me olhou por um bom tempo, e logo sorriu sem mostrar os dentes.

Nosso assunto acabou ali. Yoko não fez questão de retomar a conversa e eu estava ocupada de mais analisando os símbolos desenhados nas paredes da enorme torre.

Ize continuou calada até pararmos em frente a uma enorme porta dupla de madeira vermelha, ela ainda usava aquela armadura de quando acordei. Eu perguntei a ela, antes de subirmos na torre, de onde veio a roupa que eu estava vestindo e acabei descobrindo que é o uniforme dos cadetes em treinamento.

Pelo oque Ize explicou, ela faz parte de um povo chamado paladinos, cavaleiros de grifo, aquele animal enorme que degolou o leão com calda de escorpião. Meu estômago embrulhou ao lembrar daquelas duas feras que me perseguiram pela cidade.

Quem visse de fora ia achar que estou levando tudo numa boa, mas é de certeza que só acordei nua naquele quarto, porque devo ter me urinado depois de ver aquelas criaturas.

Stupid CupidWhere stories live. Discover now