4

464 67 206
                                    

Caminhei até o sofá tocando os meus lábios. Eu tive coragem de beijá-lo e não estava acreditando no que fiz. Por sorte, fui correspondido e aquele foi o melhor beijo da minha vida. Como pode Amaury ter uma boca tão gostosa e macia, uma língua habilidosa que deslizou sedutoramente pela minha, foi perfeito e eu queria mais.

Fiquei deitado em meu sofá, sonhando acordado. Meia hora depois que Amaury saiu, a minha campainha tocou. Já eram quase dez horas da noite. Eu não esperava ninguém e o interfone não tocou, achei estranho, mas abri a porta. Poderia ser algum vizinho precisando de algo, mas não era.

— Oi denovo... você esqueceu alguma coisa?

— Sim. Na verdade, não. — Sorriu. Quis dizer que esqueceu de dar mais beijos em Diego, mas ele realmente teve um imprevisto. — O meu carro deu problema logo que saí daqui, acionei a seguradora então ele só ficará pronto amanhã pela manhã.

— Aí você achou melhor voltar aqui pra casa...

— Desculpa, não sei onde eu estava com a cabeça. Eu vou chamar um carro e ir para um hotel.

Ele se virou de costas e antes que ele desse qualquer passo a frente, eu o puxei para dentro do apartamento. Ele parecia um pouco sem graça, mas o tranquilizei dizendo que eu estava feliz por ter ele ali, eu realmente estava, apenas não sabia onde ele iria dormir.

Voltamos a nos sentar no sofá, e em dado momento ele colocou a cabeça em meu colo.

MEU DEUS EU ESTAVA FAZENDO CAFUNÉ NOS CACHINHOS DELE.

É de se imaginar que eu surtava por dentro. Eu já poderia considerar ele como o meu namorado, não é? Eu já o beijei duas vezes, ele já veio na minha casa duas vezes. Acho que estou namorando sim, só esqueci de perguntar se ele também pensava igual.

Eu só ficava olhando para o rostinho dele dormindo ali em meu colo, alisava seus cachos e deixava um carinho leve em seu rosto, quando de repente ele se mexe bruscamente e acorda. Acho que ele estava sonhando que caia ou algo assim.

Amaury me perguntou a hora e em seguida pediu para tomar um banho antes de dormir. Eu o levei até o banheiro e disse que arrumaria algo que servisse para ele vestir.

Enquanto ele estava no banheiro, troquei os lençóis da cama e separei alguns junto com um travesseiro para levar ao sofá, onde eu decidi que iria dormir. Eu deixaria ele na minha cama e dormiria no chão se precisasse. Decidi ficar no sofá para deixar ele com mais privacidade e mais confortável, tudo pelo meu homem.

Deixei a roupa em cima da cama e fui levar o que havia separado para arrumar o sofá.

O Amaury Lorenzo simplesmente entrou pela minha sala usando apenas uma toalha branca amarrada na cintura. Eu que estava em pé, imediatamente me sentei no sofá. Minha pressão estava caindo, a vista escurecendo. Eu queria ficar de olhos abertos, não queria perder a visão dele daquele jeito.

Pov Amaury

Eu fui atrás de Diego para saber onde estavam as roupas.

Quando cheguei à sala ele simplesmente ficou muito branco, estava pálido e se sentou no sofá. Eu corri até ele para saber se ele estava bem, ele suava frio. Não queria que ele desmaiasse novamente, estava começando a ficar assustado com essa reação que eu causava sob ele.

Corri até a cozinha, peguei uma pitada de sal e fiz ele colocar embaixo da língua. Depois o deitei no sofá e elevei a suas pernas, minha mãe me dizia que isso ajudava e eu precisava que Diego ficasse melhor.

Meu Ébano | Dimaury Donde viven las historias. Descúbrelo ahora